O Santos veio jogar em Porto Alegre e o menino entrou no segundo tempo. Eu gostaria de dizer que identifiquei logo o gênio, mas não seria verdade. Só me impressionei com a sua pouca idade, ele parecia ainda não ter físico para jogar com gente grande.
Como o resto do Brasil, descobri que Pelé era um fenômeno apenas na Copa de 58. Quando morei no Rio de Janeiro, eu ia ao Maracanã ver o Pelé jogar. O Maracanã enchia para ver o Pelé jogar, não importava contra quem. Um caso raro no mundo de jogador que tinha sua torcida particular, muito maior do que a torcida do seu clube.
Ele era brilhante. Mas nunca se viu ele fazer uma brilhatura só pela brilhatura. A jogada espetacular do Pelé era sempre um meio para chegar mais rapidamente ao fim, que era o gol. Se para chegar no gol adversário ele ia reinventando o futebol pelo caminho, melhor para nós.
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