domingo, 18 de dezembro de 2022

‘Golpe da mão fantasma’ no celular faz vítima ver seu dinheiro sendo roubado; veja como evitar, OESP

 Golpes a celulares têm crescido exponencialmente no País - e estão cada vez mais sofisticados. Nesta semana, a Polícia Federal e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alertaram para um novo tipo de ataque chamado de “mão fantasma”, onde a vítima é induzida a instalar um malware, software que dá acesso ao celular para que os fraudadores consigam vasculhar o aparelho para encontrar senhas e utilizar os aplicativos de bancos para cometer fraudes.

Os criminosos se passam por funcionários dos bancos e contam com gravações que simulam uma central telefônica, por exemplo, em que vários integrantes da quadrilha atuam para convencer as vítimas numa mesma ligação. As quadrilhas informam que a conta foi invadida ou que foi identificado movimentações suspeitas, e que vão encaminhar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar o problema. Se o cliente instalar o aplicativo, o criminoso terá acesso a todos os dados que estão no celular.

Eles ganham a confiança das pessoas através de uma ligação convincente e confirmação de diversos dados. Com fala equilibrada, bom português e mostrando que conhecem a pessoa, eles ganham a confiança e passam a ter um certo nível de relacionamento que gera intimidade. A vulnerabilidade é a inocência e desconhecimento”

Edson Sivieri, CTO do Grupo IAUDIT

Os criminosos também utilizam de phishing, técnica que envia e-mails ou mensagens de texto falsas com mensagens de atualização de segurança do aplicativo do banco ou do celular com links que induzem a pessoa a clicar e baixar os programas maliciosos.

Com acesso ao aparelho, os fraudadores pesquisam por senhas armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites e, dessa forma, conseguem ter acesso aos aplicativos de bancos para realizar as transações fraudulentas, como transferências, pagamento de contas e boletos e solicitação de empréstimos. A estimativa da Polícia Federal é que cerca de 40 mil pessoas podem ter caído no golpe no País.

Em nota, a Febraban esclarece que os aplicativos dos bancos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas e que não há registro de violação da segurança desses aplicativos.

“O banco nunca liga para o cliente pedindo para que ele instale nenhum tipo de aplicativo em seu celular. Também nunca liga pedindo senha nem o número do cartão ou ainda para que o cliente faça uma transferência ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar um problema na conta”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da entidade.

Como se proteger?

1) A primeira dica é não acreditar que quem está do outro lado é bom. Os bancos não entram em contato para pedir a instalação de aplicativos. Na dúvida, entre em contato com o banco ou vá até a sua agência;

2) Nunca forneça acesso ao seu celular, nem instale aplicativos que você não conhece em seu aparelho (aqueles que vêm por WhatsApp, mensagens, e-mail) ou que venham de fora da loja oficial do seu celular;

3) Tenha cuidado com suas senhas e informações importantes, nunca as deixe expostas em mensagens ou em aplicativos como bloco de notas, WhatsApp e outros aplicativos;

4) Monitore a sua conta corrente e troque a senha de sites, aplicativos, bancos com frequência. Nunca utilize a mesma senha em sites de compra, bancos ou qualquer outro aplicativo que possa facilitar a atuação dos criminosos;

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5) Sempre utilize recursos disponíveis nos bancos para confirmação de transações (autenticação de dupla checagem) e também tenha o cuidado de ativar, em seu WhatsApp, a confirmação de senha para acesso às mensagens;

6) Mantenha o celular sempre atualizado e tenha um software antivírus no seu aparelho. Sivieri, da IAUDIT, reforça que existem softwares que funcionam como cofres digitais que podem auxiliar o usuário a deixar seus dados mais protegidos. Alguns sistemas operacionais de celulares, também, já possuem recursos de pastas seguras, utilize este recurso, instalando softwares de banco por ali. Procure no site do fabricante as instruções de instalação e de uso;

7) Denuncie para as autoridades se já tiver sido vítima do “golpe da mão fantasma” ou qualquer outra fraude.

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