quinta-feira, 31 de março de 2016

casamento mal-arranjado, Por José Roberto de Toledo , in OESP


José Roberto de Toledo
O impeachment de Dilma Rousseff segue favorito na Câmara, apesar do regateio do PP e assemelhados com o PT por cargos e verbas. Mas o otimismo sobre o que pode ser o pós-Dilma parece estar em refluxo. A perspectiva de interinidade demorada de Michel Temer até o julgamento final da presidente pelo Senado, a chance de cassação de ambos pelo TSE e, principalmente, o cheiro de pizza no ar - para safar a cúpula do PMDB na Lava Jato - sugerem meses de crise política e econômica, agora sob nova administração.
Não é apenas aos olhos de atores políticos que o pós-Dilma está ganhando tons de cinza. A população em geral não está propriamente entusiasmada com a ideia de um governo Temer - embora apoie por ampla maioria o impedimento de Dilma pelo Congresso. É o que mostra pesquisa inédita feita pelo Ideia Inteligência na segunda e terça-feiras, e que será divulgada hoje durante debate promovido pelo Brazil Institute, no Wilson Center, em Washington (EUA).
A maioria absoluta dos entrevistados (51%) espera uma gestão apenas “regular” por parte do atual vice. Entre os demais, o pessimismo é quatro vezes maior do que o otimismo: 39% preveem um governo ruim ou péssimo. Só 10% acreditam que, com o PMDB à frente da administração federal, a gestão será boa ou ótima. Ainda mais relevante, 55% dizem preferir novas eleições a um governo Temer (12%) - um a cada três não soube responder. O Ideia entrevistou 10 mil pessoas, pelo telefone, em 82 cidades.
O resultado é compreensível se levarmos em conta o histórico. Afinal, o PMDB tem sido sócio e avalista da gestão petista desde 2004. Daquele ano até 2012, a fatia peemedebista na administração federal só cresceu, inclusive na Petrobrás - a vaca leiteira que amamentou os esquemas de corrupção revelados pela Lava Jato. Foi em 2007 que o PMDB encontrou sua chance de ouro para engordar sua fatia de poder na gestão da estatal.
Em novembro daquele ano, o governo Lula se comprometeu a patrocinar a entrada da Venezuela no Mercosul. Mas a ratificação do acordo empacou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. O PMDB aproveitou para barganhar: trocou a entrada da Venezuela no bloco econômico pela nomeação de Jorge Luiz Zelada para a Diretoria Internacional da Petrobrás. Oito anos depois, Zelada seria condenado a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro enquanto exercia o cargo.
Apesar dos conflitos inerentes à relação entre os dois maiores partidos políticos brasileiros, a parceria PMDB-PT vicejou durante anos. O auge ocorreu em 2010, quando o próprio Lula arranjou Temer como vice de Dilma na chapa à Presidência. Foi o ex-presidente que abençoou a união dos dois. Após a eleição, a relação presidente e vice nunca deixou de ser fria. As tensões aumentaram após a “faxina” de Dilma no seu ministério em 2011. E viraram conflito durante as eleições municipais de 2012.
O PMDB se convenceu de que enquanto o PT ganhava eleitoralmente com a parceria, a sigla encolhia. Petistas e peemedebistas protagonizaram o maior número de coligações nas eleições de prefeito de 2012 e - ao mesmo tempo - o maior número de confrontos diretos entre dois partidos. Como resultado, o PT saiu das urnas maior do que entrou, e o PMDB, menor.
A ressaca veio em 2013. À eleição de Eduardo Cunha como líder do PMDB na Câmara em fevereiro seguiu-se o soluço da economia e a avalanche de manifestações de junho que solapou a popularidade do governo petista. Nem a renovação dos votos de casamento de Dilma e Temer na eleição de 2014 conseguiu salvar a relação.
Há mais de um ano que segmentos cada vez mais numerosos do PMDB trabalham pela separação litigiosa de Dilma e do PT. Esta semana, simularam sair de casa, mas, na verdade, estão é empurrando o cônjuge para fora. Jamais largariam o poder.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Felicidade no trabalho, do Blog do Nalini


O filósofo australiano Roman Krznaric, autor do livro “Encontrar o Trabalho de Sua Vida“, constatou que a vida laboral é uma das questões que causam mais insatisfação e inquietação no mundo contemporâneo. Para a maioria das pessoas, a maior razão de satisfação no trabalho não é o dinheiro, mas a autonomia. Fazer o que agrada. Trabalhar com o que se gosta. O pensador é um dos criadores da chamada “Escola da Vida“, que funciona na Inglaterra. Seu sonho é criar o “Museu da Empatia“, um lugar em que se poderá entrar e conversar com pessoas não conhecidas. Assim como se empresta livro de uma biblioteca, o projeto é emprestar pessoas para conhecer. Ele lançou um vídeo com a ideia e recebeu mais de 500 mil visualizações. Há muitas pessoas se oferecendo para ajudá-lo a concretizar o plano. Conhecer o outro, interessar-se pelo outro, é a verdadeira revolução. Focar as raízes das relações humanas e desmontar ignorâncias e preconceitos faria com que o mundo fosse melhor.
Já funciona algo parecido na “School of Life” (A Escola da Vida). É a chamada “conversa-refeição“. Estranhos se sentam à mesma mesa e, em lugar de um menu gastronômico, recebem um cardápio de ideais. Questões sobre a vida, como “De que maneira o amor mudou sua história? Como ser mais corajoso? Como ter mais satisfação no trabalho?” O trabalho sempre foi considerado um castigo. A civilização cristã enfatizou que “tirar o sustento do suor do próprio rosto” foi a retribuição ao homem que pretendeu igualar-se ao Criador. Mas hoje a concepção difere. O emprego é o espaço em que os talentos podem se manifestar, onde se pode atuar com paixão. O segredo é encontrar a ocupação que me faça sentir valioso e pleno de significados.
Tudo ganha um colorido especial se você aplicar seus valores pessoais na prática, se usar seus talentos no trabalho. Como é que eu posso fazer com que o meu trabalho seja mais prazeroso? Temos de ir para o emprego – e queira Deus que todos estejam empregados – com alegria, com disposição, ânimo e entusiasmo. E extrair dele a maior satisfação que pudermos extrair dessa ocupação. Só quem está desempregado e não encontra colocação é que tem condições reais de avaliar o que é não ter o que fazer a cada dia.
Fonte: Diário de S. Paulo | Data: 18/02/2016
JOSÉ RENATO NALINI é secretário da Educação do Estado de São Paulo. E-mail:imprensanalini@gmail.com.

Esqueçam-me!, do Blog do Nalini


Na verdade, ninguém fala “esqueçam-me!”. Usa-se o “me esqueçam”, pois a gramática não prevalece na linguagem coloquial. Mas a reflexão é a propósito da permanência de notícias que podem nos incomodar, preservadas na memória eletrônica ou guardadas na “nuvem” que hoje comanda nossa vida.
O todo poderoso “Google”, arquivo polivalente e polimorfo, que permite a localização de coisas que sequer imaginávamos ainda estivessem disponíveis, tem sido atormentado, no mundo inteiro, por pessoas que querem a retirada de informações pessoais irrelevantes ou comprometedoras.
Há quase dois anos o Tribunal de Justiça da União Europeia reconheceu o direito dos cidadãos de serem “esquecidos” na internet. Isso legitima a pretensão de requerer que Google e outros buscadores retirem os links e informações que, a critério do interessado, o prejudiquem.
O Brasil é o líder em pedidos de retirada de conteúdo do Google. No ano de 2013, foram 697 solicitações, enquanto que os Estados Unidos, em segundo lugar, teve 262 pedidos. O Marco Civil da Internet garante que provedores de serviço como Google e Facebook só devem retirar conteúdo do ar mediante ordem judicial.
Se a jurisprudência da comunidade europeia alivia os molestados, por outro lado ela interfere na inovação que o setor sempre ostentou.
O presidente do Google salientou que essa diretriz de privacidade inibe principalmente as empresas menores, enquanto que a sua gigantesca empresa não enfrentaria dificuldades maiores em cumprir a ordem do juiz.
O avanço na disseminação dos dados e informes é um fenômeno que ainda renderá muito assunto para a mente humana, desacostumada de administrar essa inflação que pode até ocasionar moléstias mentais nos destinatários.
Já tenho observado que a privacidade levou a pior no seu embate com a transparência, considerada valor republicano e alavancada por uma cultura do exibicionismo, em que cada qual quer se mostrar mais do que o outro, o tempo todo, ininterruptamente.
Não é mais possível se esconder e a facilidade com que se recupera texto, foto ou vídeo vai provar que nem o passado é certo neste globo cada vez mais complicado.
Fonte: Jornal de Jundiaí | Data: 27/03/2016
JOSÉ RENATO NALINI é secretário da Educação do Estado de São Paulo. E-mail:imprensanalini@gmail.com.

Novo Procedimento de cobrança de Taxa Condominial, do JusBrasil


Medidas eficientes do Síndico quanto à cobrança! Qual o procedimento judicial, prazo para pagamento e os riscos do devedor?

Publicado por Michel Monteiro - 1 dia atrás
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Introdução:

novo Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº 13.105/2015, alterou, substancialmente, o procedimento judicial de cobrança da taxa condominial em atraso, que, por seu turno, será mais incisivo que o procedimento anterior à nova lei. Ou seja, o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, consoante a nova lei, tem natureza de título executivo extrajudicial. (art. 784, X).
Isso significa que o Síndico poderá utilizar de um instrumento jurídico mais eficiente para satisfação do crédito em favor do Condomínio, capaz de diminuir, expressivamente, a inadimplência condominial.
Este novo procedimento reforça a disposição do art. 12§ 2º, da Lei nº 4.591/1964, o qual, ao tratar das despesas condominiais, prevê: “cabe ao síndico arrecadar as contribuições competindo-lhe promover, por via executiva, a cobrança judicial das quotas atrasadas” (Primeiros Comentários ao Novo Código de Processo Civil – Artigo por Artigo / Coordenação Teresa Arruda Alvim Wambier – 1ª Edição, Ed. Revista dos Tribunais, 2015. Pág. 1134).

Do Novo Procedimento e Consequências Jurídicas:

- Execução de Título Extrajudicial, Prazo para Pagamento
Com a propositura da ação judicial, o devedor será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contados da data do efetivo recebimento da respectiva citação, sob pena de penhora de seus bens.
- Penhora de Bens
A constrição judicial sobre o patrimônio do devedor poderá recair sobre os seus ativos financeiros, automóveis, ou até mesmo, sobre o próprio imóvel do conjunto condominial, ainda que seja configurado como “bem de família”.
A título de informação, o bem de família é o nome dado ao único bem imóvel da família, utilizado para sua moradia e protegido pela impenhorabilidade, nos termos do artigo  da Lei 8009/90. Contudo, o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, faz a supressão da referida blindagem patrimonial, permitindo-se a penhora do bem de família em razão da dívida de condomínio.
- Acréscimo à Dívida Condominial
O juiz, após receber a petição da execução da dívida condominial, fixará os honorários advocatícios de 10% (dez por cento) sobre o saldo devedor, a serem pagos pelo condômino inadimplente.
O acréscimo dos honorários advocatícios, poderá ser reduzido pela metade em caso de pagamento integral da dívida, desde que seja realizado no prazo de três dias da citação.
Não obstante, o devedor ficará suscetível a outros encargos, como por exemplo: i) acréscimo das despesas e custas processuais; ii)inclusão do nome ao cadastro dos órgãos de proteção ao crédito;iii) averbação da execução no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, etc.
Conclui-se que, o devedor não terá o mesmo fôlego que anteriormente lhe permitia a instrução probatória do processo de conhecimento, cuja natureza procedimental dava condições ao condômino de priorizar o pagamento de outras dívidas, ao contrário do processo executivo instituído pelo Novo Código de Processo Civil, que, sem dúvida, colocará a dívida condominial em primeiro plano.
Michel Monteiro – Advogado atuante na área de Direito Civil, especialista em Direito Imobiliário e Registral; Pós Graduado em Direito Imobiliário pela PUC/SP; sócio do Escritório Monteiro Porto Advogados.
michel@monteiroporto.com.br

Paranapiacaba passa por restauro, por DGABC



A Vila de Paranapiacaba, em Santo André, passa por processo de restauração desde fevereiro. Por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Cidades Históricas, programa do Governo Federal que disponibilizou R$ 41 milhões, serão reparadas casas, a estação de trem e até estabelecimentos comerciais. 

O Diário foi até a vila e acompanhou o andamento das obras. Equipes de arqueologia e restauração da PSC Restauro, empresa responsável pelo processo, realizam o trabalho de prospecção (intervenções no subsolo) e monitoramento arqueológico. 

As mudanças já estão visíveis aos visitantes. Oito das 242 casas de alvenaria da parte baixa da vila que passam por restauração estão praticamente prontas. A estimativa é que todas as intervenções sejam finalizadas até 2018. 

Conforme o secretário de gestão dos recursos naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense Ricardo Di Giorgio, as famílias foram avisadas em 2013 sobre as mudanças, quando o projeto foi apresentado. “Um dos detalhes mais importantes é recuperar a volumetria original desses imóveis, ou seja, fazer com que fique sem nenhum tipo de anexo irregular. Com todo esse tempo de abandono, muitos puxadinhos foram construídos e isso tudo será retirado. Essa fase é uma das mais trabalhosas, porque cada casa tem um projeto exclusivo, de acordo com a necessidade de cada família.” 

Pelo projeto, a estação de trem que vai receber os passageiros do Expresso Turístico vai ficar o mais próximo possível da antiga Estação Alto da Serra, construída pelos ingleses em 1867. Todos os tijolos danificados estão sendo substituídos por próteses. 

A casa de apoio aos turistas, que conta com informativos e banheiros, já está pronta. “O restauro é um algo detalhado. Primeiro, definimos o processo que vai ser feito, a utilização dos materiais e, depois, começamos a produzir. Por exemplo, para chegar às cores da época, precisamos misturar mais de 13 tons diferentes”, explicou o coordenador da equipe de arqueologia David Lugli Turtera. 

Os galpões onde funcionavam as oficinas dos trens também fazem parte do projeto de restauração. Um deles deve abrigar exposição temporária e servir de área de convivência. 

O famoso Bar da Zilda também vai ficar de cara nova. o estabelecimento será transferido para um galpão que funcionava como almoxarifado da rodovia e a área do atual prédio vai se transformar em deck de madeira. “Aquela construção é fora de padrão e visualmente ela agride a vila. Já o almoxarifado, ficava escondido atrás dele e é muito bonito. São paredes rústicas, características da época”, disse o secretário. 

A previsão é que um dos galpões, o novo Bar da Zilda e a casa de apoio ao Expresso Turístico estejam prontos até o fim do semestre. 

ACHADOS – Durante as escavações, que devem durar até julho, alguns objetos que contam um pouco da história de Paranapiacaba foram encontrados. Entre eles, estão uma xícara produzida na antiga fábrica da Porcelanas Mauá, datada da década de 1940, uma seringa de vidro do período pós Segunda Guerra Mundial, entre outros. 

Alguns objetos vão precisar de estudo mais detalhado para serem identificados. O período pode ser datado de séculos passados. “Nessa etapa, nós procuramos as áreas de potenciais arqueológicos e também conversamos com os moradores. A partir daí abrimos um espaço”, contou o geógrafo e membro da equipe de arqueologia André Felipe Alves. 

Os objetos serão analisados na Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Presidente Prudente, no Interior do Estado, e, posteriormente, ficarão no acervo do MAI (Museu de Arqueologia de Iepê). 

Fonte: Diário do Grande ABC
Publicada em:: 28/03/2016

Obras da Linha 6-Laranja abrirão dez frentes de trabalho até o fim deste ano



A construção da Linha 6-Laranja de metrô já emprega mais de 2 mil pessoas. Atualmente, o Consórcio Expresso Linha 6 – contratado pela Move São Paulo para construir a nova linha – já abriu 11 frentes de trabalho. Até o final de 2016 serão 20 frentes e mais de 5,5 mil novos postos de trabalho. Todos trabalhando na construção dessa importante obra de mobilidade que vai ligar Brasilândia (zona noroeste) a região central da cidade. 

A Concessionária Move São Paulo, responsável pela construção, operação e manutenção da Linha 6-Laranja de metrô assumiu o compromisso de contribuir com a mobilidade urbana na cidade de São Paulo. Quando entrar em operação a nova linha vai beneficiar mais de 633 mil passageiros por dia e reduzir significativamente o tempo de deslocamento das pessoas. 


Fonte: In Press Porter Novelli Assessoria de Comunicação
Publicada em:: 29/03/2016

VLI inaugura dois novos terminais intermodais no Tocantins, RF


A VLI, empresa especializada em operações logísticas que integram terminais, ferrovias e portos, inaugura, na manhã desta terça-feira (29), dois novos terminais intermodais no Tocantins. Com investimento de R$ 264 milhões, os ativos destinados ao transbordo e armazenagem de grãos estão localizados nas cidades de Porto Nacional e Palmeirante e fazem parte da estratégia da companhia para alavancar o crescimento do corredor logístico Centro-Norte, uma importante fronteira de produção agrícola, que engloba os estados do Tocantins e Maranhão.

Juntos, os novos empreendimentos terão capacidade para movimentar por ano cerca de 6 milhões de toneladas de produtos como soja, milho e farelo, adicionando mais capacidade de movimentação para o corredor Centro-Norte e representando uma alternativa de escoamento em larga escala para a produção agrícola brasileira. As unidades seguem o modelo dos terminais integradores implantados pela VLI em outras regiões do Brasil e funcionam como polos concentradores de carga, aumentando a agilidade do escoamento de produtos pela ferrovia até o porto.

As cargas - originárias nas regiões produtoras do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além do Mato Grosso, Goiás e Pará - chegam de caminhão até os terminais. Nas unidades, realiza-se a descarga dos caminhões, o armazenamento e o transbordo dos grãos para os trens. Os vagões carregados seguem pela Ferrovia Norte Sul (FNS), também controlada pela VLI, para o Porto do Itaqui localizado em São Luís, com destino à exportação.

Rota agrícola e crescimento
A construção do Terminal Integrador (TI) Porto Nacional e do Terminal Integrador (TI) Palmeirante visa atender à demanda crescente por alternativas para o transporte e exportação de grãos na região Norte e Nordeste, colaborando para a redução dos gargalos logísticos na cadeia nacional. Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que, embora os Estados do Mato Grosso, Goiás, Pará, Tocantins, Maranhão, Bahia e Piauí produzam juntos mais da metade da produção nacional de soja e milho, menos de 20% dos grãos provenientes dessas regiões são escoados e exportados pela infraestrutura dos portos do Norte e Nordeste.

Todo o excedente da produção, ou seja, mais de 80% ainda utiliza a infraestrutura do Sul e Sudeste do país. Desse modo, as transformações que a VLI vem realizando no Corredor Centro-Norte dão suporte ao crescimento da produção, oferecendo uma infraestrutura viável e eficiente.

O plano de negócios da VLI prevê investimentos robustos no corredor Centro-Norte, impulsionado pelo desenvolvimento da região e pela demanda de transporte ferroviário, principalmente, para grãos. Além da inauguração dos novos terminais, a empresa também investiu na construção do ramal ferroviário de acesso ao Tegram. O montante que gira em torno de R$ 1,7 bilhão de reais ainda inclui a aquisição de novas locomotivas e vagões, a construção e ampliação de pátios de cruzamento de trens ao longo da FNS e a construção de uma oficina de manutenção ferroviária no Maranhão.

TI Porto Nacional e TI Palmeirante

O posicionamento geográfico dos empreendimentos favorece o fluxo constante dos produtos pela ferrovia. As unidades possuem sistemas automatizados de recepção, pesagem e carregamento, garantindo alta produtividade e segurança operacional.

Os empreendimentos contam com uma pera ferroviária interligada à malha da Ferrovia Norte Sul e tulha de carregamento com capacidade para carregar um trem de 80 vagões em 4h30min. Trata-se de uma moderna e arrojada solução logística em formato circular que possibilita o transbordo das cargas sem necessidade de desmembrar o trem, aumentando a eficiência das manobras de entrada e saída dos terminais.

O TI Porto Nacional tem capacidade para armazenar até 60 mil toneladas de grãos e movimentar 2,6 milhões de toneladas do produto por ano. Já o TI Palmeirante possui um armazém de 90 mil toneladas, que já é considerada a maior estrutura de armazenagem do Tocantins, e pode expedir até 3,4 milhões de toneladas anualmente. Com equipamentos de alta tecnologia e controle automatizado das estruturas, os terminais possuem ainda silo pulmão, balanças rodoviárias e ferroviárias, tombadores para caminhões, tulha ferroviária para carregamento de dois vagões simultaneamente, prédio para classificação de grãos e área administrativa.

Além de incrementarem a infraestrutura logística, os empreendimentos contribuem para o desenvolvimento local. Durante a construção, foram gerados em torno de 600 empregos em cada uma das obras e com o início das operações cerca de 200 postos de trabalho foram criados por terminal.

Sobre a VLI

A VLI tem o compromisso de apoiar a transformação da logística no País, por meio da integração de serviços em portos, ferrovias e terminais. A empresa engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). A VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Os terminais em números

Terminal Integrador Porto Nacional

Investimento de R$ 129 milhões
Armazenagem de 60 mil toneladas de grãos
Capacidade de movimentação de 2,6 milhões de toneladas do produto por ano
3 tombadores de caminhões
Tulha para carregamento de 2 vagões simultâneos, com capacidade de expedição de 1.800 toneladas por hora. Carrega 80 vagões em 4h30min
Pera ferroviária

Terminal Integrador Palmeirante

Investimento de R$ 135 milhões
Armazenagem de 90 mil toneladas de grãos (maior armazém do Tocantins)
Capacidade de movimentação de 3,4 milhões de toneladas do produto/ano
4 tombadores de caminhões
Tulha para carregamento de 2 vagões simultâneos, com capacidade de expedição de 1.800 toneladas por hora. Carrega 80 vagões em 4h30min
Pera ferroviária


Fonte: VLI
Publicada em:: 29/03/2016

Safra de grãos fica mais competitiva com o Arco Norte


Os dois terminais do Porto de Santarém, no Pará, que serão leiloados no dia 31, e mais outro terminal no porto de Vila do Conde, no município paraense de Barcarena, somam investimentos totais de R$ 985,85 milhões a serem realizados pelos vencedores da disputa ao longo dos 25 anos dos contratos de concessão previstos no edital. Juntos, eles representarão um aumento de 10,2 milhões de toneladas anuais na capacidade de movimentação de grãos dos dois portos e de 1,2 milhão de toneladas anuais na movimentação de fertilizantes em Santarém. 

Os investimentos previstos serão distribuídos entre as obras de construção dos terminais (R$ 799,65) e os valores a serem pagos a título de arrendamento. Segundo Tadeu Vino, superintendente comercial da Kepler Weber, uma das principais fornecedoras de sistemas operacionais para as instalações portuárias da região, todas as grandes empresas que operam na produção e exportação de grãos nas regiões Centro-Oeste e Norte deverão entrar na disputa, mas como as inscrições só terminam hoje, as participações ainda não estavam definidas quando do fechamento desta edição. 

"Estamos construindo um ambiente favorável ao investimento. A alternativa do Arco Norte está consolidada e é seguramente o caminho para o desenvolvimento da nossa economia", disse o ministro da Secretaria dos Portos (SEP), o paraense Helder Barbalho. Em evento sobre as perspectivas dos leilões realizado no dia 24 de fevereiro, em São Paulo, o diretor de portos da Cargill, Clythio van Buggenhout, chegou a admitir que a empresa estava "olhando arrendamentos no leilão", segundo informações fornecidas pela SEP. Procurada agora, a empresa não se manifestou. 

A Cargill já opera terminais em Santarém e em Porto Velho (RO). Juntamente com o grupo Maggi, a multinacional é uma das pioneiras no escoamento de produtos agrícolas pelo sistema fluvial e portuário da região Norte, considerado pelos especialistas do setor como a grande alternativa para a expansão do cultivo de grãos no Brasil. Segundo Vino, da Kepler Weber, o conjunto dos portos da região já responde pelo escoamento de aproximadamente 20 milhões de toneladas e ele considera provável que em "seis a oito anos" esse número possa chegar a 50 milhões. 

De acordo com o executivo, a competitividade da soja do Centro-Oeste e do Norte brasileiros está intimamente relacionada com o avanço da capacidade de movimentação do produto nos terminais de região. Segundo ele, o produto do Mato Grosso, por exemplo, ganha "brincando" entre US$ 20 e US$ 30 por tonelada no custo logístico se escoado pelo Norte e não portos do Sul-Sudeste do país. 

Vino afirmou que a Kepler Weber forneceu cerca da metade dos sistemas operacionais atualmente operando no chamado Eixo Norte e previu que, dada a competitividade da região como porta de saída para o agronegócio, nem as incertezas geradas pelo atual momento econômico e político do país devem barrar os avanços previstos. 

O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) Adalberto Tokarski também tem uma avaliação otimista sobre as perspectivas do leilão: "A minha expectativa, independentemente do momento, é de que tenhamos uma concorrência acirrada principalmente em Outeiro (terminal do Porto de Belém, que também será leiloado). Em relação às outras áreas, há também bom interesse, pois se tratam de locais que proporcionam logísticas diferenciadas. Entendo que a Secretaria de Portos acertou em disponibilizar essas áreas conjuntamente, porque há estratégias diferentes das empresas que atuam com a exportação de grãos", disse por e-mail. 

Santarém, localizada no encontro das águas do rio Tapajós com o rio Amazonas, fica na extremidade norte da BR-163 (Cuiabá-Santarém) e vem sendo um dos portos mais procurados pelos exportadores de grãos, especialmente a partir de 2009, quando foi decidido o asfaltamento total da rodovia, obra ainda não concluída. 

Já o porto de Vila do Conde, no município de Barcarena, com acesso a Belém tanto por hidrovia como por rodovia, já representa uma alternativa para o agronegócio pelo acesso fluvial, mas pode tornar-se ainda mais estratégico caso seja concretizada a construção do trecho de 457 quilômetros ligando o porto paraense a Açailândia, no Maranhão, integrando Vila do Conde à ferrovia Norte-Sul.

Dos dois terminais de Santarém que serão leiloados no dia 31, um será para a movimentação de até 5,1 milhões de toneladas anuais de grãos e o outro está projetado para movimentar 1,2 milhão de toneladas de fertilizantes por ano, produto destinado às plantações de grãos do Centro-Oeste. O terminal de Vila do Conde também será destinado à movimentação de grãos, com a mesma capacidade de 5,1 milhão de toneladas/ano prevista para o de Santarém.

Fonte: Valor Econômico
Publicada em:: 29/03/2016

Hyundai-Rotem investe no futuro da mobilidade urbana, RF



Excesso de veículos nas ruas, trânsito parado, ônibus lotados e cidadãos levando cada vez mais tempo para chegar em casa ou no trabalho. Nesse cenário, o transporte ferroviário de passageiros é apontado como uma importante alternativa para resolver o problema da mobilidade urbana nas grandes cidades. 

É com a proposta de fazer parte dessa solução que a Hyundai-Rotem Brasil – uma empresa do Grupo Hyundai Motors, com sede na Coreia do Sul – vai inaugurar oficialmente sua fábrica de trens e composições ferroviárias em Araraquara (SP), nesta quarta-feira (30/03). O evento já tem as presenças confirmadas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Jeong-gwan Lee, do CEO mundial da Hyundai-Rotem, Seung-tack Kim, e do prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri. 

Segundo Sungha Jun, presidente da Hyundai-Rotem Brasil, foram investidos R$ 100 milhões na instalação da fábrica que já está funcionando com capacidade para produzir até 200 carros (trens) por ano. A unidade – que recebeu apoio da Investe São Paulo, agência de promoção de investimento e exportações ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo - foi construída em uma área total de 150 mil metros quadrados, na Rodovia Antônio Machado Sant’Anna, com 21 mil metros quadrados de área construída. Cerca de 300 empregos estão sendo gerados em Araraquara e região. “O transporte ferroviário de passageiros é fundamental para o futuro da mobilidade urbana e o Brasil possui um grande potencial nesse sentido. A Hyundai-Rotem chega com todo seu know how na produção de trens modernos, confortáveis e eficientes, em benefício da qualidade de vida das pessoas”, afirma. 

Ainda segundo o presidente, em termos logísticos, Araraquara oferece uma localização estratégica. “Nossa unidade, aqui no interior paulista, vai atender não apenas as demandas do Brasil mas também de toda a América Latina”, explica Sungha Jun. 

Atualmente a Hyundai-Rotem Brasil está produzindo trens para a CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos), em São Paulo, e para a Linha 2, do transporte público de Salvador (BA). 


Fonte: Núcleo da Notícia Comunicação Corporativa
Publicada em:: 29/03/2016

terça-feira, 29 de março de 2016

Polícia Civil realiza 2ª fase da operação contra fraude na merenda em SP, do G1


Sete foram presos em Bebedouro, Barretos, Severínia, Campinas e na capital.
Esquema envolvia pagamento de propina a servidores e deputados paulistas.

Do G1 Ribeirão e Franca
A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual realizam na manhã desta terça-feira (29) a segunda fase da Operação Alba Branca, que investiga a suspeita de fraude em licitações da merenda escolar em 22 cidades paulistas nos últimos dois anos.
Em nota, a Delegacia Seccional de Bebedouro (SP), sede da operação, informou que sete mandados de prisão e dez de busca e apreensão foram cumpridos desde às 6h em Bebedouro, Barretos (SP), Severínia (SP), Campinas (SP) e na capital paulista.
“O ponto central desse trabalho de investigação vem sendo focado nos integrantes e também em colaboradores da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que, conforme as investigações já evidenciaram, vinham fraudando tais procedimentos que visavam à venda e compra de itens que integram a merenda escolar de escolas da rede pública municipal e estadual, causando ainda, prejuízos para pequenos agricultores associados”, diz a nota.
O caso
O esquema começou a ser investigado no segundo semestre do ano passado. Em 19 de janeiro, seis suspeitos foram presos: o presidente da Coaf, Carlos Alberto Santana da Silva, o ex-presidente Cássio Chebabi, o diretor Carlos Luciano Lopes e os funcionários Adriano Gilberto Mauro, Caio Pereira Chaves e César Bertholino. Após acordo de delação, todos foram soltos.
Ainda de acordo com os interrogados, as propinas variavam entre 10% e 30% do total do contrato que seria firmado entre a Coaf e a prefeitura, e esse valor era acrescido no preço final, o que ocasionava um superfaturamento dos produtos negociados.
O delegado seccional de Bebedouro, José Eduardo Vasconcelos, explicou que a investigação do caso teve início após um ex-funcionário da Coaf procurar o 1º Distrito Policial da cidade para denunciar o suposto esquema.

domingo, 27 de março de 2016

O Lixo - Luis Fernando Veríssimo, 2008


Gosto muito de Luis Fernando Veríssimo, como escritor, humorista e leio as sua crónicas sempre a sorrir, senão a gargalhar. Costumava acompanhá-las no Expresso e tenho alguns livros que reunem diversas crónicas e histórias que satirizam o quotidiano. Julgo que o humor é uma forma sublime de entendimento.
Aqui fica um texto retirado do seu livro "O analista de Bagé", apenas para partilhar uma leitura.

«O Lixo -
Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é...
- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
- É que eu estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha?
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.- No seu lixo ou no meu?»