Os bloqueios em rodovias por bolsonaristas que protestam contra o resultados das urnas na votação de domingo (30) para a Presidência da República entraram no segundo dia nesta terça-feira (1º). Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), governadores começaram a mandar a PM agir para liberar as vias (leia mais abaixo).
Balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desta manhã indicava 271 pontos com vias federais obstruídas. Segundo o g1 apurou, por volta de 11h40 havia mais de 460 bloqueios, somando rodovias federais e estaduais, em 22 estados e no Distrito Federal.
A PM chegou a usar bomba de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes, como ocorreu em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre. No Rio Grande do Norte, houve uso de spray de pimenta. Em Campo Grande, a Tropa de Choque da PRF usou balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar protesto.
Na segunda-feira, os bloqueios haviam ocorrido em ao menos 23 estados e no DF, em 338 pontos. Houve ataque a carros por manifestantes, incluindo vidros quebrados, e itens como pneu e papelão queimados nas vias, que também foram tomadas por terra em algumas localidades.
Ainda na madrugada de terça, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria para confirmar a decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, que determinou à PRF e às polícias militares dos estados o desbloqueio das rodovias. Em seguida, em outra decisão, Moraes reforçou que as polícias militares, dos estados, podem desobstruir inclusive as estradas federais, não apenas as estaduais. Depois disso, governadores começaram a exigir ação da PM.
A PRF informou, no fim desta manhã, já ter desfeito 306 manifestações em rodovias federais.
Na segunda-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) publicou uma nota de repúdio aos protestos e os classificou de "ação antidemocrática".
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