BRASIL
A probabilidade de uma criança subir socialmente e ter uma renda maior que a de seus pais pode variar enormemente no Brasil, a depender do local onde ela nasceu. E, na média, as chances de mudar a situação são pequenas.
Segundo um levantamento, uma criança nascida entre os 20% mais pobres da população tem apenas 2,5% de chances de chegar aos 20% mais ricos.
A situação varia bastante. Em Belém (PA), por exemplo, a chance de um filho de uma família com renda abaixo da média brasileira se manter na mesma faixa ao chegar à idade adulta é de 63%. Já em Florianópolis (SC), esse número cai para 11%.
- As cidades do Centro-Sul, no geral, têm melhores resultados que as do Norte e Nordeste. Em especial, municípios do interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Qual o fator determinante? Pelas pistas iniciais, educação é a principal chave da mobilidade. Porém, infraestrutura, economia e segurança pública também desempenham um papel fundamental.
O estudo também reforça as diferenças segundo gênero e etnia. Mulheres tendem a alcançar 14 degraus a menos que homens. Pessoas brancas, por sua vez, alcançam 7 degraus a mais que não-brancos da mesma faixa de renda.
Falando em subir na vida...
Nos EUA, um estudo mostrou que, para crianças pobres, viver em um lugar onde as pessoas têm mais amizades que superam as classes sociais aumenta significativamente o quanto elas ganham na idade adulta.
Só pra ter ideia, essas interações tiveram um impacto mais forte do que a qualidade do ensino, a estrutura familiar ou a disponibilidade de emprego de uma comunidade.
Entre outras explicações, segundo os pesquisadores, as pessoas que você conhece podem acabar abrindo oportunidades para a sua vida profissional.
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