Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, afirma que o União Brasil "está fazendo uma afronta" ao indicar Rubinho Nunes (União) para disputar a presidência da Câmara Municipal neste mês. A escolha foi feita pela bancada de vereadores na segunda-feira (1º).
"São da base e estão agindo como oposição", diz o prefeito ao Painel. "Vi com surpresa [a indicação], ano passado o partido falava em expulsar ele e agora vira o nome do partido", afirma o emedebista.
O prefeito faz referência à eleição municipal do ano passado, quando Rubinho, integrante da base de apoio de Nunes na época, decidiu apoiar Pablo Marçal (PRTB). Desde então, o vereador passou a ser visto como seu desafeto.
Na época, Milton Leite, presidente do diretório municipal do União Brasil, disse que cortaria o fundo eleitoral de Rubinho e analisaria "possível expulsão".
Leite diz ao Painel que não há afronta na indicação, que Rubinho é um vereador que apoia projetos do prefeito e ajuda na gestão municipal. Ele afirma, além disso, que o vereador está comprometido a seguir apoiando o prefeito e que não é razoável que alguém que não faz parte do União Brasil, como Nunes, queira interferir nas dinâmicas internas da sigla.
Ricardo Nunes defende a reeleição do atual presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União). Na noite de segunda-feira, a bancada de vereadores debateu a possível suspensão da filiação de Teixeira ao partido por supostamente desrespeitar acerto fechado no ano passado segundo o qual haveria rodízio de vereadores do União Brasil no comando da Câmara.
Ex-presidente da Câmara e presidente do diretório municipal, Milton Leite tem defendido o cumprimento do acerto e, portanto, a substituição de Teixeira.
O acordo que garante ao União Brasil o comando da Câmara Municipal de São Paulo por quatro anos foi fechado no ano passado com Nunes e os partidos de sua base durante a campanha eleitoral, em troca de apoio ao prefeito em sua busca pela reeleição.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo reverteu, na quinta-feira (27), decisão que havia cassado o mandato de Rubinho por divulgar laudo falso envolvendo o então candidato a prefeito e hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência Guilherme Boulos (PSOL).


Nenhum comentário:
Postar um comentário