Gabriela Sá Pessoa
SÃO PAULO
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “só tem chance de sair da cadeia se a gente assumir o poder e organizar a carga. Botar juiz para voltar para a caixinha dele, botar o Ministério Público para voltar para a caixinha dele e restaurar a autoridade do poder político”, afirmou o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, em entrevista a uma TV do Maranhão, no dia 16 de julho.
A jornalistas nesta quinta (26), durante convenção estadual do PDT na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), disse que o que queria dizer com essa declaração é “simples”: “A liberdade do Lula só será restaurada com a restauração do estado de direito democrático que perdemos na esteira de um golpe. Mas não é a liberdade do Lula, é a regularidade do império da Lei”.
Durante evento com empresários, em São Paulo, Ciro comentava o pedido de investigação feito pelo Ministério Público por ter chamado o vereador Fernando Holiday (DEM-SP) de "capitãozinho do mato" quando disse: Agora um promotor aqui de São Paulo resolveu me processar por injúria racial. E pronto. Um filho da puta desse faz isso e pronto. Ele que cuide de gastar os restinhos das atribuições dele. Se eu for presidente essa mamata vai acabar. Ninguém pode viver autonomamente, a lei está acima de todos nós. A responsável pelo caso, porém, é uma mulher /Adriano Machado - 04.jul.2018/Reuters
Ciro criticou a execução da pena após condenação em segunda instância, considerando a previsão de que um réu possa recorrer em quatro instâncias do judiciário.
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Disse, também, que se considerava um prodígio por ter feito a imprensa requentar uma entrevista que concedeu há 12 dias a um “modesto repórter do Maranhão”.
“O resto é intriga. Esses jornalões acham que vão me intrigar porque uma parte do baronato que eles frequentam é hostil ao Lula. E eu sou antagônico ao Lula também. Sou candidato, contra o candidato do PT e tenho sido alvo do PT. Mas eu defendo a verdade”, afirmou, e logo encerrou a entrevista coletiva aos jornalistas.
Minutos antes, o presidenciável tinha criticado supersalários de juízes e o auxílio-moradia que a categoria recebe. Ele respondia a uma pergunta sobre mudanças que faria na Constituição, caso fosse eleito. Afirmou que pretende alterar o texto para empreender uma reforma fiscal, “redesenhar o pacto federativo e recompor as instituições”.
Ciro Gomes esteve em São Paulo para a convenção que anunciou o apoio de seu partido à reeleição do governador Márcio França (PSB), cortejado para um apoio nacional a sua candidatura.
Desencontrou-se de França na Assembleia, mas comentou que esteve recentemente com o governador no Bandeirantes, onde almoçaram.
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