Na quinta-feira, o Facebook perdeu US$ 120 bilhões (R$ 445 bilhões) em valor de mercado após anunciar resultados aquém do esperado no segundo trimestre de 2018. Foi a maior queda da história de Wall Street.
Na mesma ocasião, em medida que teve menos repercussão diante da grandeza do derretimento, a empresa de Mark Zuckerberg anunciou uma mudança na maneira de contabilizar o número de usuários.
Agora, não se divulgará mais quantas pessoas passaram por dia ou mês no Facebook, no Instagram, no Whatsapp e no Messenger separadamente, mas apenas uma genérica “audiência em nossa família de apps”.
Segundo o último número, são impressionantes 2,5 bilhões de usuários.
O que se esconde por trás da maquiagem contábil é simples: parou de crescer e começa a cair o número de pessoas que usam o Facebook. Nos mercados avançados, diminuiu (Europa) ou estagnou (EUA e Canadá). A compensação ainda vem dos emergentes como América Latina.
Ou seja, o Primeiro Mundo percebe antes de nós a absoluta perda de tempo de gastar preciosos minutos de dias cada vez mais curtos assistindo a vídeos de cachorrinhos lambendo gatinhos e lendo textões mal-escritos, com poucos argumentos e muito adjetivos, dos imbecis de plantão.
Mas Zuckerberg não desistiu. Na última semana, também, o jornal “The New York Times” descobriu que o Facebook avançou nas tentativas de colocar seu pé na China. Teve aprovado o funcionamento de uma subsidiária na cidade de Hangzhou.
Desde então a licença foi suspensa, mas mais por disputa entre os poderes locais. O criador da rede social cobiça o gigantesco mercado chinês há tempos. Aprendeu mandarim e até pediu ao líder Xi Jinping que sugerisse um nome para Zuckerberg batizar sua primeira filha.
A China, aquele mesmo país que “não compartilha dos mesmos valores que temos”, como disse o empresário em entrevista há duas semanas, ao defender o virtual monopólio do mercado do Facebook.
Sérgio Dávila
Nenhum comentário:
Postar um comentário