quinta-feira, 1 de junho de 2023

Projeto para transferir sede do governo de SP é prometido para o fim de 2025, FSP

 Mariana Zylberkan

SÃO PAULO

O projeto que irá transferir a sede do governo estadual para a região central de São Paulo tem previsão ser concluído e apresentado a investidores em novembro de 2025.

O prazo foi definido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) após reunião que deu início ao projeto nesta quinta-feira (1º). Na ocasião, foi autorizada a contratação da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para coordenar a elaboração do projeto.

Os investidores interessados em financiar a construção da chamada Esplanada dos Bandeirantes serão convocados a participar de um leilão. A nova sede será construída onde hoje está a praça Princesa Isabel, nos Campos Elíseos.

0
Palácio Campos Elíseos, que, pelos planos da gestão Tarcísio de Freitas, se tornará a sede do governo de SP - Rubens Cavallari/Folhapress

Até lá serão feitos concursos públicos para selecionar propostas de projetos arquitetônicos e urbanístico para a futura nova sede do governo estadual.

De acordo com o governador, a administração está espalhada por 56 edifícios que totalizam 807 mil metros quadrados ocupados, sendo que o quadro de funcionários precisa de 300 mil metros quadrados. "A gente percebe uma ineficiência de ocupação de espaço", diz.

O secretário de Projetos Estratégicos, Guilherme Afif Domingos, calcula que, hoje, há cerca de 30 metros quadrados por funcionário.

Junto com a construção da nova sede do governo, o projeto inclui um novo equipamento para tratamento de dependentes químicos e um novo batalhão da Polícia Militar.

PUBLICIDADE

O centro da capital concentrou 15 meses de alta nos índices de roubos e furtos até o mês de abril, quando a Secretaria de Segurança Pública anunciou queda nessas estatísticas criminais após aumento de efetivo de policiais, principalmente, no entorno da praça da Sé.

Ruy Castro - Sopa de siglas, FSP

 Um dia você lerá algo assim num jornal: "MP intima JEO a investigar a CSLL de CEO por causa da CPMI do IVA devido pelos NEVs". Quando acontecer, não se desespere —não é impossível de decifrar. MP, claro, é o Ministério Público. JEO é a Junta de Execução Orçamentária. A CSLL é a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. CEO, todo mundo sabe, é um Chief Executive Officer, e a CPMI, uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. O IVA é o Imposto sobre Valor Agregado. E os NEVs, segundo informações de cocheira, são os Veículos de Energia Nova. O significado de tudo isso? Não sei.

É a sopa de siglas que inunda a imprensa. Começou nos anos 50, quando o nome do então presidente Juscelino Kubitschek tomava metade da manchete. Comprimiram-no para JK e todo mundo aderiu.

Durante muito tempo, foi possível manter as siglas sob controle —nunca se confundiu o STF (Supremo Tribunal Federal) com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o STJ (Superior Tribunal de Justiça) com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) com o TRF (Tribunal Regional Federal). Depois vieram o RG e o CPF, o IRPF e o IRPJ, o ICMS e o BNDES, e continuamos à tona.

Mas a coisa degringolou. O que fazer quando, hoje, na mesma página, temos o PIB, o PIS e o Pix? O CEP e a PEC? Os CACs e o eCAC? (Os CACs são a turma da bala e da valentia. O eCAC, é o Centro de Atendimento Virtual da Receita Federal.) Já PL tanto pode ser um projeto de lei quanto o partido do Bolsonaro. Sabia que o CIAT é o Centro Interamericano de Administrações Tributárias? Que o FGE é o Fundo Garantidor de Exportação? E que o IFI é a Instituição Fiscal Independente, um órgão do Congresso destinado a fiscalizar a si mesmo? Está vendo no que dá saber o significado das siglas?

Outro dia, em Lisboa, confundi o TikTok com o tuk-tuk. Mas não me envergonhei. Em breve, a IA saberá tudo por nós.

Cigarro eletrônico já movimenta R$ 7,5 bilhões no país e gigantes do setor ficam fora.,FSP

 BRASÍLIA

A BAT e outras gigantes globais do mercado de tabaco querem construir fábricas de cigarros eletrônicos no país e, por isso, tentam convencer a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a apressar a regulamentação desses produtos, tidos como menos tóxicos do que os cigarros convencionais.

A agência começou a analisar o caso há quatro anos e, até que profira sua decisão, proibiu a comercialização dos chamados vapes ou e-cigs.

Os vapes e cigarros eletrônicos ainda não podem ser comercializados no Brasil
Os vapes e cigarros eletrônicos ainda não podem ser comercializados no Brasil - Eduardo Knapp - 09.ago.2017/Folhapress

Enquanto isso, o número de fumantes brasileiros desse tipo de cigarro saltou de 500 mil para 2,2 milhões, segundo pesquisa recente feita pelo Ipec. No Distrito Federal, 4% da população já utiliza os vapes.

O mercado clandestino, que abastece esse público, já se consolidou e hoje movimenta R$ 7,5 bilhões por ano. A maior parte das mercadorias vem da China e do Paraguai.

Somente em impostos, a União perde R$ 2,2 bilhões e o país a criação de 110 mil empregos.

PUBLICIDADE

Esses dados fazem parte de um estudo feito pela FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), estado onde fica a fábrica da BAT, a maior da América Latina.

A empresa afirma que já tem planos para ampliar a planta de Uberlândia para fazer, inicialmente, a montagem dos e-cigs com componentes importados.

ONDE O CONSUMO É MAIOR – Em % da população

  1. DF: 4,5
  2. PR: 3,4
  3. SC: 2,4
  4. MS: 1,8
  5. SP: 1,6

Com Diego Felix