sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Arrascaeta faz dois, mas placar é insuficiente para levar o Uruguai às oitavas, FSP

 Josué Seixas

MACEIÓ

A história se repetiu. Gana teve um pênalti no começo da partida e o desperdiçou, mudando toda a história do jogo. Dessa vez, ao contrário de 12 anos atrás, não foi a trave quem salvou, mas sim o goleiro Sergio Rochet. O nome do jogo, ainda assim, foi Arrascaeta, que fez dois gols. Foi insuficiente para avançar de fase nesta Copa do Mundo, já que a Coreia do Sul venceu Portugal.

Arrascaeta foi nome pedido para começar a partida e assim as coisas se desenharam. Camisa 10, ele mostrou sua importância aos 25, aproveitando para completar para o gol de cabeça após um chute de Suárez, e aos 31, acertando uma bonita finalização de perna direita de fora da área.

Darwín Nuñes lamenta no jogo entre Uruguai e Gana - Bernadett Szabo - 2.dez.22/Reuters

O problema é que, na outra partida, a Coreia do Sul conseguiu o gol da vitória nos últimos instantes da partida. O Uruguai precisava fazer mais um gol para se classificar, mas não conseguiu chegar a ele. A redenção tão esperada para os jogadores de Gana não chegou, tampouco a glória se repetiu para os uruguaios.

Na pressão, o Uruguai subiu todo o time para o ataque, enquanto Gana tentava aproveitar um contra-ataque para ainda sonhar com a classificação. Ati-Zigi, goleiro de Gana, ainda salvou um bom chute de Gómez de fora da área. Rochet, do Uruguai, também teve de trabalhar após uma bomba de Sulemana.

A seleção sul-americana termina a fase de grupos em 3º, enquanto os africanos ficam em 4º. Portugal se classificou em primeiro, seguido pela Coreia do Sul. Portugal e Coreia agora aguardam o resultado do Grupo G, que será definido às 16h. No momento, o Brasil é o líder, enquanto a Suíça é a segunda.

Prefeitura põe grades na Marechal Deodoro, e moradores de rua se abrigam sob o Minhocão, FSP

 

Tulio Kruse
SÃO PAULO

Prefeitura de São Paulo colocou grades de segurança no entorno da praça Marechal Deodoro, em Santa Cecília, na região central da cidade, e deu início a reformas no local. As grades levaram à retirada de moradores de rua que dormiam ali há meses e aumentaram a concentração de barracas embaixo do elevado João Goulart, o Minhocão, ao lado da praça.

As obras incluem paisagismo, reparo das orlas, plantio de grama e construção de passeios. A Marechal Deodoro já havia passado por uma revitalização em outubro de 2020, quando foram instalados equipamentos de ginástica e bancos novos e o concreto foi pintado.

A previsão é que a obra fique pronta no primeiro semestre de 2023, segundo a Subprefeitura da Sé.

Prefeitura coloca grades na praça Marechal Deodoro, no centro de São Paulo, para revitalização da praça - Mathilde Missioneiro/Folhapress

As grades não impediram que pessoas entrassem na praça. Na tarde desta quinta-feira (1º), ao menos uma pessoa dormia num banco dentro do perímetro isolado. Na véspera, quando as grades começavam a ser colocadas e o acesso ainda não estava completamente fechado, já era possível ver pessoas pulando por cima das barreiras.

A degradação da praça Marechal Deodoro, que se agravou durante a pandemia de Covid-19, tornou-se um símbolo do crescimento da população de rua em São Paulo. Ali, até meses atrás estava pendurada uma faixa com a frase "O Brasil piorou" em meio às barracas e o acúmulo de lixo. Os últimos dados da prefeitura, divulgados em janeiro, mostram que o número de pessoas sem-teto passou de 24.344 para 31.884 em dois anos.

A prefeitura diz que profissionais do Seas (Serviço Especializado de Abordagem Social) fazem abordagens diárias a adultos, idosos, crianças e adolescentes que dormem na praça e nos arredores. "Somente no mês de novembro, as equipes de Seas que atuam na região realizaram 1.687 abordagens, que resultaram em 955 encaminhamentos para serviços de acolhimento, 87 encaminhamentos para serviços da rede socioassistencial e 645 orientações", diz a gestão Ricardo Nunes (MDB).

As grades chegam quase dois meses após a prefeitura instalar cercas permanentes na praça Princesa Isabel, que será transformada em parque, a 1,5 quilômetro de distância. Aprovada em junho pela Câmara Municipal, a medida veio após o trecho ser tomado por dependentes químicos da cracolândia, que até então se concentravam a poucos quarteirões de distância.

A concentração de barracas e usuários de crack, motivo de reclamação constante de moradores, levou a uma megaoperação da Polícia Civil e da Prefeitura para desarticular o tráfico de drogas e evitar o retorno de moradores de rua.

A própria Marechal Deodoro foi afetada pela dispersão da cracolândia. Na noite de 11 de maio, quando ocorreu a operação, o local ficou por cerca de uma hora ocupado pela concentração de dependentes químicos e fornecedores de droga, até que eles se deslocaram para a rua Helvétia.

No mês passado, policiais civis localizaram na praça um entreposto de comércio de crack do centro de São Paulo. As drogas ficavam escondidas dentro de barracas de camping e dentro de uma caixa de luz e telefonia na calçada, onde uma grande pedra de crack foi localizada, segundo a investigação. Cinco homens foram presos.

PRAÇA DO PATRIARCA

Ao lado da sede da prefeitura, a praça do Patriarca também começou a ser cercada nesta quinta-feira. Neste caso, por cercas de madeira que devem dar sustentação a tapumes metálicos.

A praça vai passar por uma reforma que vai refazer o paisagismo no local, restaurar o calçamento português e instalar totens informativos. A revitalização faz parte de um projeto que vai alterar a sinalização turística na região do chamado triângulo histórico, que fica entre a praça da Sé, o largo São Bento e o largo São Francisco.

O túnel que conecta a praça com o Vale do Anhangabaú deve permanecer aberto a pedestres durante a obra.


Delegado Bruno Lima estuda candidatura à Prefeitura de SP em 2024, FSP

 


SÃO PAULO

Sexto deputado federal mais votado do Brasil, Delegado Bruno Lima (PP) ensaia uma candidatura a prefeito de São Paulo em 2024.

"É até natural pensar nessa possibilidade, após o resultado eleitoral", diz ele, que teve 461 mil votos e atualmente é deputado estadual.

Segundo ele, a ideia é apresentar uma candidatura "neutra", que se coloque entre a esquerda, representada por Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), e a tentativa de reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).

Delegado Bruno Lima, um homem branco, sentado de braços cruzados.
Delegado Bruno Lima (PP) foi o sexto deputado federal mais votado do Brasil - Twitter/@del_brunolima

"Existe espaço para uma candidatura de diálogo. Tive muitos voto da direita, do centro e da esquerda, porque foco nos projetos, na entrega para a população", afirma. Ele diz que a ideia de se lançar candidato ainda será amadurecida até 2024 e dependerá da construção de apoio político.

Ex-delegado da Polícia Civil, Lima adotou a bandeira da defesa dos direitos dos animais, que lhe rende um eleitorado fiel. Ele afirma que tem outras pautas, como a do combate à fome, por exemplo.

"Aprovei na Assembleia o projeto do banco de alimentos, para evitar desperdício. Não tem como falar de reduzir desigualdade social no Brasil sem reconhecer que existe fome", afirma.