terça-feira, 16 de maio de 2023

CCBB expande atuação em SP com inauguração de novo prédio, FSP

 O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) vai inaugurar nas próximas semanas um novo prédio na região central de São Paulo. O espaço de 300 metros quadrados fica em frente à atual sede do equipamento e terá entrada pela rua da Quitanda. As obras já estão concluídas, segundo o gerente-geral da unidade, Cláudio Mattos. "Agora, estamos só nos trâmites burocráticos com a concessão dos alvarás necessários", diz.

Espaço interno do novo prédio do CCBB, que fica em frente à sede atual, na região central de São Paulo
Espaço interno do novo prédio do CCBB, que fica em frente à sede atual, na região central de São Paulo - Divulgação

A expectativa é que parte da exposição "Studio Drift – Vida em Coisas" já seja realizada no prédio anexo. A mostra, que apresentará esculturas e instalações criadas pelos holandeses Lonneke Gordijn e Ralph Nauta, será aberta ao público no dia 14 de junho.

"A ideia é ser um espaço realmente multiúso, que poderá abrigar exposições diferentes das realizadas no prédio principal, além de outras atividades", detalha Mattos. O novo local funcionará em uma antiga agência do Banco do Brasil que foi desativada e passou por obras. O centro cultural vai funcionar no térreo e no primeiro andar.

A sede do CCBB em São Paulo é menor em tamanho do que unidades em outros estados como no Rio de Janeiro e em Brasília. A sua ampliação era um desejo antigo no meio artístico.


REGÊNCIA

A apresentadora Didi Wagner prestigiou o "Concerto Israel 75 anos – Yom Haatzmaut", ocorrido no Clube Hebraica de São Paulo, na semana passada. O presidente do grupo Bandeirantes, Johnny Saad, também compareceu ao evento, realizado em celebração aos 75 anos da criação do Estado de Israel. A secretária municipal de Segurança Urbana de São Paulo, Elza Paulina de Souza, passou por lá.

PUBLICIDADE

Petrobras reduz preços da gasolina, diesel e gás de cozinha, FSP

 

RIO DE JANEIRO

Logo após anunciar mudanças em sua política de preços dos combustíveis, a Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) reduções nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, confirmando informações que haviam sido vazadas pelo governo na semana passada.

O preço da gasolina nas refinarias da estatal vai cair 12,6%, ou R$ 0,40 por litro. O preço do diesel será reduzido em 12,8%, ou R$ 0,44 por litro. Já o preço do gás de cozinha cairá 21,3%, ou R$ 8,97 por botijão de 13 quilos.

Os novos valores entram em vigor nesta terça (16). O repasse para o consumidor depende de políticas comerciais de distribuidoras e postos. No caso da gasolina, parte do ganho será compensado pelo aumento do ICMS, no início de junho.

Posto de gasolina na avenida Sumaré, em Perdizes, zona oeste de São Paulo. - Folhapress

Segundo a Petrobras, seu preço de venda da gasolina nas refinarias será de R$ 2,78 por litro. Considerando os outros componentes do preço, como impostos e o etanol anidro, a empresa estima que o preço médio final fique em torno de R$ 5,20 por litro.

Em junho, porém, entra em vigor a novo modelo de cobrança do ICMS, que terá alíquota única em todo o país. De acordo com projeção do consultor Dietmar Schupp, especialista em tributação de combustíveis, a mudança representa aumento médio de R$ 0,20 por litro.

No caso do diesel, diz a estatal, o preço médio de venda nas refinarias vai a R$ 3,02 por litro. Considerando impostos e biodiesel, a empresa espera um preço médio final de R$ 5,18 por litro, com o produto voltando a custar menos do que a gasolina pela primeira vez desde junho de 2022.

A companhia já havia sinalizado na semana passada que cortaria os preços, depois que aliados do governo vazaram informações de reunião do presidente da estatal, Jean Paul Prates, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Hélio Schwartsman - Foi sorte ou competência que deram as cartas nos primeiros mandatos de Lula?, FSP

 O governo de Luiz Inácio Lula da Silva coleciona acertos importantes, mas já cometeu muitos erros —alguns deles primários. Os decretos do saneamento são um bom exemplo, já que embutem equívocos de mérito (as mudanças pretendidas representariam um retrocesso) e de execução (a derrubada dos diplomas pela Câmara escancarou a fragilidade da base legislativa de Lula).

Parte das barbeiragens pode ser atribuída à equipe do presidente, notadamente a seus articuladores políticos, mas não há como isentar o próprio Lula de responsabilidade. As principais ideias defendidas pelo governo, afinal, têm o seu aval, e vêm de sua própria boca declarações que turvam desnecessariamente o ambiente econômico e afastam potenciais aliados. É grande o contraste com seus dois primeiros mandatos, que costumam ser descritos como um sucesso. Daí que se torna inevitável perguntar se foi sorte ou competência que fizeram a diferença nas gestões anteriores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a sessão inaugural do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), em Brasília - Gabriela Biló - 4.mai.23/Folhapress) - Folhapress

Penso que Lula teve muita sorte. Não fosse o superciclo das commodities a partir de meados dos anos 2000, ele talvez não tivesse terminado seu primeiro mandato, ofuscado pelo mensalão. O fato é que, ali, a economia internacional ajudou o país a crescer com força, garantindo a reeleição do petista e um terceiro termo para o partido. Lula teve o mérito de não pôr tudo a perder com propostas equivocadas. E, no Universo entrópico em que vivemos, não destruir tudo é uma virtude.

O problema é que não dá para contar com a sorte para sempre. E, quanto menos sorte, mais necessária se faz a competência. Lula não demonstra mais a mesma vivacidade política que exibia no passado. Minha impressão é que ele não se deu conta de que a correlação de forças mudou. A oposição ao petismo está muito mais forte do que era 20 anos atrás, e o Executivo perdeu muitos poderes para o Legislativo.

Sem pôr esses elementos na equação, o governo vai quebrar a cara muitas vezes.