segunda-feira, 22 de outubro de 2018

BNDES aprova financiamentos de R$ 2,9 bilhões para Rumo, Valor


19/10/2018 - Valor Econômico
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou com a Rumo, concessionária de ferrovia e terminais portuários, contratos de financiamento no valor total de R$ 2,9 bilhões
Os recursos serão destinados a apoiar os investimentos no âmbito da concessão de transporte ferroviário de cargas, inclusive na concessão da Rumo Malha Paulista, e ainda estão sujeitos ao cumprimento de condições usuais para desembolso, disse a empresa em comunicado ao mercado.
Os empréstimos terão carência até dezembro de 2019, com prazo de pagamento até dezembro de 2029 e a custo máximo de TJLP mais 3,88% ao ano.
A Malha Paulista é uma ferrovia que corta o Estado de São Paulo e integra o principal corredor de escoamento do agronegócio do país ao se conectar à Malha Norte, também da Rumo. Juntas, ligam Rondonópolis (MT) a Santos (SP), onde a empresa explora terminais portuários para embarque de cargas.
A Rumo já obteve da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a aprovação para prorrogar antecipadamente, por mais 30 anos, a concessão da Malha Paulista, que vence em 2028. O processo, contudo, tem de ser aprovado ainda pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em troca da prorrogação, a Rumo promete investir quase R$ 5 bilhões.



Antiga Fábrica Nacional de Vagões completa 75 anos, RF

22/10/2018 - Revista Ferroviária
A antiga Fábrica Nacional de Vagões (FNV) – hoje Greenbrier Maxion e AmstedMaxion – completa 75 anos hoje. Primeira no Brasil dedicada à produção do material rodante, foi criada em 22 de outubro de 1943 por Getulio Vargas, em meio à Segunda Guerra Mundial, quando as importações de vagões vindas dos EUA ficaram comprometidas. De lá para cá, a fábrica, transferida para Cruzeiro (SP) em 1945 (sua primeira sede foi no Rio de Janeiro), se transformou, acompanhando de perto as mudanças, crises e retomadas pelas quais as ferrovias no Brasil passaram ao longo de quase um século.

“Chegar aos 75 anos não é fácil para nenhuma empresa do mundo. Tem que persistir”, ressalta o presidente da Greenbrier Maxion, Eduardo Scolari. O executivo destaca as mudanças societárias que ocorreram ao longo das décadas e aponta um dado que comprova a liderança da fábrica no setor: “Em 75 anos, a fábrica produziu 63 mil vagões, o que corresponde a mais de 50% da frota que hoje opera nas malhas brasileiras (121 mil vagões, segundo o levantamento feito pela RF este ano). Em 2017, a Greenbrier Maxion entregou 71% dos 2.878 vagões produzidos no ano para Rumo, MRS, VLI e Vale. O restante foi fabricado pela única concorrente brasileira hoje no segmento, a Randon.

Em relação ao próximos anos, Scolari é categórico ao apoiar a renovação antecipada dos contratos de concessão. Para o executivo, o volume previsto de investimentos com a renovação dos contratos é imprescindível para a evolução do setor. De acordo com a ANTF, a estimativa é que as concessionárias invistam cerca de R$ 25 bilhões ao longo da vigência dos novos contratos. Boa parte desse volume seria aplicado na renovação da frota de vagões e locomotivas.

A reforma e substituição de material rodante também ganhariam espaço, segundo a avaliação de Scolari. A Greenbrier Maxion estima que 61 mil vagões da frota brasileira  apresentam design obsoleto e 32,5 mil estão sucateados e precisam ser substituídos. “Pós-renovação de contratos, a expectativa é que a partir de 2020, até 2025, 19 mil novos vagões sejam encomendados pelas operadoras”, prevê o executivo.

Na edição Setembro-Outubro, a RF vai trazer uma matéria especial sobre os 75 anos da antiga Fábrica Nacional de Vagões. Não deixe de conferir!

Usina de etanol de milho da Cerradinho deve demandar matéria-prima de três estados, Novacana

Mesmo sem nenhuma usina de etanol à base de milho em Mato Grosso do Sul, o Estado deve se beneficiar do aumento da demanda pelo cereal de novas unidades que se instalam no Centro-Oeste.
O Grupo Cerradinho, que está erguendo sua primeira usina em Chapadão do Céu (GO), vai processar 390 mil toneladas do grão só no primeiro ano, que virão de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, conta o diretor-presidente da CerradinhoBio, Paulo Oliveira Motta Jr. A fábrica deverá ser inaugurada em outubro de 2019. Em três anos, o consumo deve chegar a 550 mil t. “Vamos precisar de milho dos três Estados”.
A escolha pelo município de Chapadão do Céu é estratégica: além de a Cerradinho já ter uma usina de etanol à base de cana no local, o município fica na divisa com Chapadão do Sul (MS), onde a empresa possui um terminal de transbordo que leva combustível por ferrovia até o Estado de São Paulo. Também está próximo da fronteira com Mato Grosso.
Motta Junior estima que a usina vai consumir um quarto da produção da região e ainda estimular o cultivo do milho no verão – hoje, o plantio do cereal no Centro-Oeste é feito majoritariamente no inverno. “Existe um desejo dos agricultores locais de produzir no verão, em complemento ao plantio de soja”.
Com colaboração de Nayara Figueiredo