segunda-feira, 24 de julho de 2017

Com Tramontina no lugar de Waack, Jornal da Globo cresce no ibope, NTV

REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Carlos Tramontina no Jornal da Globo de sexta (21): simpático, foi mais visto do que Waack - Reprodução/TV Globo
Carlos Tramontina no Jornal da Globo de sexta (21): simpático, foi mais visto do que Waack
REDAÇÃO - Publicado em 24/07/2017, às 12h00
Chamado às pressas para substituir William Waack no Jornal da Globo, Carlos Tramontina fez o ibope do telejornal crescer. Na sexta (21), o JG marcou 11,8 pontos na Grande São Paulo, acima da média de 11,3 registrada nesse dia nas últimas quatro semanas. Na quinta (20), primeiro dia da substituição, Tramontina teve 10,7 pontos, 1,6 a mais do que a média de 9,1 do dia sob o comando de Waack. A substituição marcou a volta do âncora ao telejornal após 17 anos
Média do dia (7h/0h): 15,7
Bom Dia São Paulo
7,7
Bom Dia Brasil8,8
Mais Você7,4
Bem Estar6,6
Encontro6,9
SP1 11,3
Globo Esporte11,6
Jornal Hoje11,2
Vídeo Show9,5
Grand Prix de Vôlei Feminino: Brasil x Holanda10,5
Senhora do Destino17,4
Malhação19,9
Novo Mundo23,1
SP226,0
Pega Pega26,4
Jornal Nacional27,9
A Força do Querer35,9
Globo Repórter28,5
Os Dias Eram Assim18,8
Jornal da Globo11,8
Conversa com Bial7,5
Lições de um Crime6,8
Corujão 1: A Rede Social5,4
Corujão 2: O Retorno de Tamara3,7
Média do dia (7h/0h): 6,2
Balanço Geral Manhã
1,7
SP no Ar3,5
Fala Brasil4,3
Hoje em Dia3,4
Balanço Geral SP 6,8
Ribeirão do Tempo6,3
Vidas em Jogo 6,0
Cidade Alerta6,8
A Escrava Isaura11,3
O Rico e Lázaro10,1
Jornal da Record6,2
Legendários5,8
Fala que Eu te Escuto2,2
Igreja Universal do Reino de Deus0,5
Média do dia (7h/0h): 6,3
Primeiro Impacto2,9
Mundo Disney5,2
Bom Dia & Cia6,6
Fofocalizando5,2
Casos de Família5,8
No Limite da Paixão5,9
O Que a Vida me Roubou6,9
Roda a Roda5,9
SBT Brasil 5,7
Carinha de Anjo10,4
Chiquititas8,2
Programa do Ratinho8,1
Tela de Sucessos: Meninas Malvadas 28,0
The Noite4,5
Operação Mesquita3,3
SBT Notícias2,9
Média do dia (7h/0h): 2,3
Band News0,6
Café com Jornal0,9
Dia a Dia0,8
Sempre Bem0,5
Os Simpsons
0,6
Jogo Aberto2,8
Os Donos da Bola3,0
Super Bônus0,9
Brasil Urgente - rede3,4
Brasil Urgente - local4,9
Jornal da Band4,7
Mil e Uma Noites1,8
Pânico na Band (reprise)2,4
O Mundo Segundo os Brasileiros1,8
Jornal da Noite1,4
Média do dia (7h/0h): 0,4
Você na TV - 10,1
Você na TV - 20,3
Melhor pra Você 0,6
A Tarde É Sua 1,7
Top Game0,1
RedeTV! News0,6
TV Fama 0,5
The Tudors0,5
Mariana Godoy Entrevista0,6
Leitura Dinâmica0,5
Amaury Jr.0,2

Fonte: Emissoras
Cada ponto equivale a 70.559 domicílios na Grande SP


Original: http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/audiencias/com-tramontina-no-lugar-de-waack-jornal-da-globo-cresce-no-ibope-16020#ixzz4nmd4kLG5 
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Como o Brasil saiu do Mapa da Fome. E por que ele pode voltar Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/07/23/Como-o-Brasil-saiu-do-Mapa-da-Fome.-E-por-que-ele-pode-voltar?utm_campaign=a_nexo_2017724&utm_medium=email&utm_source=RD+Station © 2017 | Todos os direitos deste material são reservados ao NEXO JORNAL LTDA., conforme a Lei nº 9.610/98. A sua publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia é proibida., do Nexo

PAÍSES EM BRANCO TÊM MENOS DE 5% DE SUA POPULAÇÃO INGERINDO MENOS CALORIAS DO QUE O RECOMENDÁVEL. PORTANTO ESTÃO FORA DO MAPA DA FOME   A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) divulga periodicamente, desde 1990, o Mapa da Fome no mundo, indicando em quais países há parte significativa da população ingerindo uma quantidade diária de calorias inferior ao recomendado. Para sair do mapa, o país deve ter menos de 5% da população ingerindo menos calorias do que o recomendado. Atualmente, estão acima desse percentual, por exemplo, a Namíbia, com 42,3% da população nessa situação, a Bolívia, com 15,9%, a Índia, com 15,2%, e a Colômbia, com 8,8%. O Brasil permaneceu acima do índice de 5% até 2013. Em 2014, registrou 3% de população ingerindo menos calorias que o recomendado e saiu pela primeira vez das cores avermelhadas do mapa. No entanto, um relatório elaborado por cerca de 20 entidades da sociedade civil e apresentado em julho de 2017, sobre o desempenho do Brasil no cumprimento dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, traz um alerta: há risco de o país voltar ao próximo Mapa da Fome. Um dos especialistas que elaborou o relatório, o economista Francisco Menezes, pesquisador do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e da ActionAid Brasil, afirmou ao Nexo que o risco se deve a uma combinação de fatores que se colocaram de 2015 a 2017, como alta do desemprego, avanço da pobreza, corte de beneficiários do Bolsa Família e o congelamento dos gastos públicos por até 20 anos. O Nexo pediu a posição do Ministério de Desenvolvimento Social a respeito, mas não obteve uma resposta. Na breve entrevista abaixo, Menezes detalha o que é o Mapa da Fome da ONU e qual a situação do Brasil nesse levantamento. O que é o mapa da fome da ONU? FRANCISCO MENEZES A FAO, organização da ONU que trabalha a questão da alimentação e agricultura, trabalha com um indicador chamado “prevalência da subalimentação” para dimensionar e acompanhar a fome em nível internacional. Ela combina dados, sobre a oferta de alimentos e outros, e aplica questionários a uma amostra da população para estimar a proporção de pessoas abaixo de um requisito de energia dietética mínima. O mapa indica desde 1990 o número global de pessoa subalimentadas no mundo e mostra que regiões obtiveram progressos nas proporções de pessoas subalimentadas. Quando o indicador está acima de 5%, o país está dentro do Mapa da Fome. Quando cai abaixo de 5%, o país sai do Mapa da Fome. O Brasil saiu desse mapa em 2014. O governo brasileiro também faz isso periodicamente - aplica questionários que captam a percepção das famílias em relação à sua capacidade de acesso a alimentos. As perguntas variam desde a ausência de alimentos atingindo membros da família até o receio de passar a ficar sem alimentos no futuro. Por que o Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014 FRANCISCO MENEZES  O país aplicou um conjunto de políticas públicas que permitiu isso. Desde políticas de caráter macroeconômico, como o quase pleno emprego, a formalização do trabalho e a correção do salário mínimo acima da inflação, que não gera efeitos só para quem ganha o salário mínimo, mas irradia para o fortalecimento de economias locais. A transferência de renda do Bolsa Família, que não é um programa de segurança alimentar propriamente dito, também teve impacto. Os recursos são utilizados sobretudo em alimentação. E há programas importantes regionalmente. Cito as cisternas no semiárido, a aquisição de alimentos da agricultura familiar - que garantiu um mercado a ela - e o programa de alimentação escolar, que já existia há mais de 50 anos, mas teve seu valor recuperado. A merenda escolar tem um peso muito forte junto a famílias mais pobres. Quando a FAO fez a pesquisa em 2014, o índice de prevalência de subalimentação no Brasil foi de 3%. Por que o Brasil pode voltar ao Mapa da Fome? FRANCISCO MENEZES  O Brasil é signatário dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. São 17 objetivos, e um deles é erradicar a fome até 2030. É feito um acompanhamento sobre cada um desses objetivos. Neste ano [2017], o governo deverá prestar contas à ONU sobre eles, mas as organizações da sociedade civil - e isso é estimulado pela ONU - também se juntaram para fazer um monitoramento e apresentá-lo. Em torno de 20 organizações prepararam um relatório, e quanto ao objetivo de erradicação da fome, observamos que há risco de o país retornar ao Mapa da Fome, talvez na próxima verificação que a FAO fizer. A fome está muito associada à pobreza extrema, e temos preocupação sobre políticas de restrições orçamentárias que estão sendo implementadas. Em 2015 já  foi bastante problemático. E agora, com medidas como a PEC que congelou os gastos por 20 anos, que consideramos perigosa em termos de enfrentamento da desigualdade social e da pobreza. A situação de desemprego, que se agravou muito, também é ameaçadora. Não só pelos 14 milhões desempregados, mas também sobre quem ele está atingindo - as populações mais pobres são as mais prejudicadas nesse quadro. Além disso, o governo cortou 1,1 milhão de benefícios do Bolsa Família - ele alega irregularidades, mas pela experiência que temos essas irregularidades são bastante minoritárias. Num quadro de desemprego, esse nível de redução [do Bolsa Família] agrava a situação  social. 

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/07/23/Como-o-Brasil-saiu-do-Mapa-da-Fome.-E-por-que-ele-pode-voltar?utm_campaign=a_nexo_2017724&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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sábado, 22 de julho de 2017

Bresser-Pereira: 'Mujica tem pena; eu, com os mesmos 82 anos, tenho vergonha', RBA




Bresser-Pereira
"O ajuste necessário não é só fiscal, e não deve ficar apenas por conta dos trabalhadores", diz Bresser
São Paulo - Em sua página no Facebook, o economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira falou a respeito de uma declaração dada pelo ex-presidente e atual senador uruguaio Jose Pepe Mujica. Em entrevista à BBC Brasil, ele afirmou ter "pena" do Brasil ao comentar a troca de integrantes da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para o governo assegurar a rejeição do parecer que recomendava as aceitação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.
"Mujica tem pena; eu, com os mesmos 82 anos, tenho vergonha. Não por Temer e seus amigos, que deveriam estar na cadeia; não pelo Brasil e seu povo, que é a vítima de tudo isso – da ganância e da corrupção dos ricos e seus fâmulos. Tenho vergonha pelas elites econômicas e burocráticas que continuam a sustentar no poder um governo desmoralizado, que atende a todos os seus interesses imediatos", diz Bresser em sua postagem.
O economista afirma que as elites apoiam Temer pelo fato de sua gestão realizar "reformas" que colocam todo peso do ajuste econômico nas costas dos trabalhadores e dos pobres. "Sim, o Brasil precisa de ajuste. Mas o ajuste necessário não é só fiscal, e não deve ficar apenas por conta dos trabalhadores. Deve também ser monetário e cambial. Deve reduzir a taxa de juros básica e os spreads bancários, e, através de um câmbio competitivo, deve reduzir o consumo não apenas dos trabalhadores (como hoje faz), mas também dos financistas e rentistas", avalia.
"Só dessa maneira, colocando os juros e o câmbio no lugar certo, mesmo que isto reduza um pouco os rendimentos de todos – trabalhadores e rentistas – e a riqueza dos rentistas, as empresas industriais brasileiras poderão voltar a ser competitivas, e o Brasil poderá voltar a crescer", pondera.
Confira abaixo o texto completo:
Pena e vergonha
O ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, declarou ontem à BBC Brasil que tem pena pelo Brasil. Eis sua frase inteira: “Me dá pena. Pena pelo Brasil por ver o que aconteceu com uma comissão que estava estudando as eventuais acusações, em que tiveram que mudar a composição dessa comissão. E tudo indica que houve muita influência para poder colocar gente que não decepcionasse o governo”.
Mujica tem pena; eu, com os mesmos 82 anos, tenho vergonha. Não por Temer e ...seus amigos, que deveriam estar na cadeia; não pelo Brasil e seu povo, que é a vítima de tudo isso – da ganância e da corrupção dos ricos e seus fâmulos. Tenho vergonha pelas elites econômicas e burocráticas que continuam a sustentar no poder um governo desmoralizado, que atende a todos os seus interesses imediatos.
Essas elites apoiam o governo porque ele realiza as “reformas” que salvarão o Brasil – na verdade, que colocam todo o peso do ajuste econômico de que necessita a economia brasileira em cima dos trabalhadores e dos pobres. E poupam a si próprias, continuando a cobrar juros de usura do Estado brasileiro. Sempre com o apoio de economistas liberais, com a justificativa que os juros extorsivos “são necessários para combater a inflação”.
Sim, o Brasil precisa de ajuste. Mas o ajuste necessário não é só fiscal, e não deve ficar apenas por conta dos trabalhadores. Deve também ser monetário e cambial. Deve reduzir a taxa de juros básica e os spreads bancários, e, através de um câmbio competitivo, deve reduzir o consumo não apenas dos trabalhadores (como hoje faz), mas também dos financistas e rentistas. Só dessa maneira, colocando os juros e o câmbio no lugar certo, mesmo que isto reduza um pouco os rendimentos de todos – trabalhadores e rentistas – e a riqueza dos rentistas, as empresas industriais brasileiras poderão voltar a ser competitivas, e o Brasil poderá voltar a crescer.
Muitos líderes dos trabalhadores sabem disto, e por isso defendem um acordo com os empresários industriais. Mas estes estão enfraquecidos e não têm confiança nas lideranças sindicais. Permanecem, assim subordinados aos rentistas e aos financistas. Que, associados aos interesses estrangeiros, não têm pena do Brasil, nem vergonha de si mesmos. Eles são donos da “verdade” – de uma “racionalidade econômica” que serve a seus interesses – e continuam a se enriquecer, e, na medida em que o ajuste que promovem nunca é completo, continua a vender os ativos brasileiros ao exterior.