segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Tachinhas e privilégios (Janine, definitivo)

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RENATO JANINE RIBEIRO - O ESTADO DE S. PAULO
18 Outubro 2014 | 16h 00

A defesa ilegal do status quo assusta - mesmo que se limite a jogar preguinhos nas ciclovias de São Paulo




WERTHER SANTANA/ESTADÃO
Luz e sombra. Está em jogo o que queremos de nossas cidades

Temos dois modos de comentar o que acontece na cidade e na sociedade. Um deles é macro: lemos estatísticas, procuramos ver o que acontece em larga escala - como a melhora ou queda do nível de vida. Outro é micro: um pequeno acontecimento abre um leque de significações. Sociólogos, economistas e gestores priorizam o primeiro modo. Assim veem onde estão as ciclovias e cruzam com dados de trânsito, nível dos moradores e, a grande questão, se as bicicletas servem para o lazer dominical ou o transporte cotidiano. Pedalam por prazer ou para ir ao trabalho? Ciclofaixas de Kassab ou ciclovias de Haddad? Esse levantamento é fundamental para o gestor - e para nós.
Já a abordagem micro se abastece sobretudo de pequenas histórias, que os franceses chamam de fait divers, um pequeno fato curioso que não cabe em nenhuma editoria do jornal. Seu exemplo mais célebre é o do francês que entra numa igreja, em 1830, e atira na amante que rezava; esse caso excepcional, que extrapola as rubricas de “crime” e “vida religiosa”, deu a Stendhal o mote para sua obra-prima, O Vermelho e o Negro. No macro, lidamos com a regra; no micro, com a exceção. Filósofos, antropólogos e psicanalistas adoram fait divers. Eu mesmo, quando escrevo sobre política ou comportamento, meus temas prediletos, uso muito essas anedotas do cotidiano - o que explica um tanto a diferença entre o filósofo político e o cientista político, que dará mais atenção do que eu aos números, como sondagens de opinião pública.
O grande fait divers destes dias são as tachinhas que alguma alma má jogou nas ciclovias da Rua Artur de Azevedo, em Pinheiros. 
Antes de continuar, a diferença entre ciclovia e ciclofaixa. Ciclovia é um espaço permanentemente designado para uso só de bicicletas. Uma separação física a segrega da parte da rua usada pelos veículos a motor. Já a ciclofaixa é uma separação leve e temporária, como temos nas avenidas em que uma faixa é reservada aos domingos para o lazer. Kassab fez ciclofaixas, Haddad faz ciclovias. 
O que significam as tachinhas em Pinheiros? Pode ter sido uma única pessoa que as lançou. Do ponto de vista macro, seu significado tenderia a zero. Diariamente, passam perto das ciclovias dezenas de milhares de pessoas. Que uma única seja espírito de porco é exceção, difícil de coibir. Mas a notícia, por ser curiosa e difícil de classificar, ganha o espaço público. É um prato para quem interpreta, quem discute o sentido, mais do que para quem só analisa. É a diferença entre ler o evento e o Excel. 
Ser excepcional não quer dizer que o gesto não tenha raízes. Uma pesquisadora recentemente desabafou nas redes contra as ciclovias, num protesto legítimo, só saindo do bom senso ao sustentar que a cor vermelha delas era propaganda do PT; o que não é, pois essa é a cor utilizada internacionalmente para as faixas de bike. Mas o discurso indignado e legítimo, assim como a ação criminosa e indefensável, expressam uma revolta com a perda de uma faixa nas ruas. Vamos à revolta.
Está em jogo o que queremos da cidade. Nossas cidades foram sequestradas pelo automóvel. Todo ser racional sabe que esse é um caminho péssimo. Quase tudo que se faça para melhorar a cidade exige enfrentar o carro. Semáforos mais longos para os pedestres (Kassab) dão-lhes mais segurança. Faixas para ônibus (Haddad) aceleram os coletivos. Precisamos de mais praças, mais locais de lazer. O verde tem que vencer o asfalto. 
As restrições ao carro, que já incomodam muitos, precisarão aumentar. Isso é inevitável. Podemos demorar nisso, e perder muito; ou avançar, ganhando tempo, dinheiro e qualidade de vida. Aqui está o “custo São Paulo”: a maior cidade do Brasil está com vários gargalos na economia. O que depende de transporte físico demora. Um profissional faz poucos atendimentos em domicílio por dia, a não ser que use moto. Desaba a produtividade - que hoje é essencial na economia. Um prefeito inteligente de cidade média que evite o excesso de carros - e invista em banda larga e formação profissional - pode roubar muito da economia paulistana. Em São Paulo há uma resistência insensata, egoísta, dos que têm carro à limitação de seu uso. Um baile da Ilha Fiscal, uma dança sobre um vulcão. Veja-se a oposição de Paulo Skaf, então presidente da Fiesp, a um aumento socialmente justo no IPTU, destinado em parte à melhoria do transporte coletivo. Daí que, em vez de dar um upgrade significativo nos ônibus, à Prefeitura só restou fazer faixas. 
Seria bom discutir mais as alternativas ao carro. Sem dúvida, aumentar o número de ônibus, redefinir alguns ou muitos trajetos, capilarizar a rede. E, também, aumentar o rodízio? Cobrar pedágio urbano? É preciso obrigar a classe média a deixar o carro em casa. Seguir os exemplos de Paris, Londres, Nova York? Mas como fazer isso quando tanta gente vê o carro como extensão da sua psique? Será preciso martelar por anos os males do transporte individual. Será preciso fazer os donos de carros perceberem o óbvio: o uso do carro tem de ser comedido. Pena que essa e outras causas que vão além da política, para entrarem na agenda da vida, não tenham sido mais debatidas na campanha eleitoral, apesar de nela termos tido dois candidatos da família verde.
Pequenos vislumbres do futuro - como as faixas de ônibus e bicicletas -, um futuro que na Europa é presente faz tempo, precisam conquistar o aval de nossa sociedade. Quanto mais demorarmos para defender a vida contra os carros, mais caro pagaremos. Mas a consciência das pessoas ainda é limitada a respeito. Até quem adora a Europa “civilizada” não quer que essa civilização se implante aqui. Uma coisa é andar de metrô, a pé ou de bicicleta em Paris, outra, onde moramos. Mas que cabeça é essa, em que a vida com qualidade só pode acontecer nas férias? Em que a vida em casa é sem qualidade? Em que aceitamos 11 meses por ano ruins? Que vantagem tiro eu, vivendo sem qualidade, a não ser uma: a de viver na exceção? Nosso espaço urbano é devastado, mas em algum ponto sou VIP, que coisa boa. Nosso VIP, na Europa, seria um simples cidadão. Compensamos pelo amor à desigualdade a má qualidade do cotidiano. Na Europa, sentir-se especial é sentir-se igual aos outros. Sentir-se especial é, aqui, sentir-se exceção.
Em dezembro vi o Rei Leão numa ilha de Hamburgo. Terminando o espetáculo, imaginei uma correria para pegar as barcas de volta ao porto. Nada disso. Centenas de pessoas calmas, sem ninguém furar a fila. Grau zero de ansiedade. No Brasil, filas são um horror. A bilheteria abre atrasada, sem troco e até sem conexão à internet. A essa altura, há uma multidão apinhada à volta da bilheteria. Quando começa a venda - atrasada - é um tumulto. Na Europa, qualquer um, sem riqueza ou nada, compra o ingresso. Aqui, o que lá é direito vira privilégio. Se eu tiver um contato ou direito à fila VIP, me sentirei privilegiado por ter conseguido o que deveria ser banalmente fácil. Lembro quando morreu o governador Covas, em 2001: no palácio houve duas filas, uma para a gente comum do povo que o amava, outra para os VIPs. Comentei o assunto no Caderno2. Nem perante a morte somos iguais. 
Prossigo nessa rápida fenomenologia - no sentido literal de descrição de fenômenos, tentando ver seu sentido, mesmo que o sentido só venha à luz na fresta, na exceção, no ato falho - me perguntando por que ações criminosas se tornam expressão possível de um descontentamento que poderia fluir por canais legítimos de vazão. Por que os contrários às ciclovias não se manifestaram em frente à Prefeitura? Por que, quando falam, quase sempre se portam como idiotas, tal a lojista que reclama porque os “carrões importados” das clientes não poderão estacionar em frente de seu comércio? Não tem gente mais sagaz, menos aferrada a privilégios, para expressar um discurso minimamente civilizado? 
Estamos vivendo a exposição nua e crua do discurso do privilégio como sendo o que ele de fato é: a apropriação de todo o espaço de direitos por uma minoria que não aceita as tendências da história. Os pobres estão avançando. Os sem-carrão falam mais, exigem mais. E o privilegiado é tão tosco que não consegue articular uma defesa melhorzinha. Vem a público falar em “gente diferenciada” ou nos direitos dos pouquíssimos com carrões. Não à toa, toda vez que um jornal cobre grã-finos discutindo política, a matéria se torna deboche. Joel Silveira em 1943 ou Eliane Trindade em 2014. 
Isso lembra um episódio da história romana, quando a plebe entra em greve e se retira para o alto do Monte Aventino, clamando por direitos. Um nobre vai lhes falar. Explica que não entendem de política e devem deixar as decisões nas mãos da aristocracia. O mero fato de ele falar-lhes já é contraditório. Como usar a razão para explicar, aos plebeus, que eles são irracionais? É o mesmo que defender na TV vagas para os carrões na frente da loja. É dizer a um público com pouco dinheiro que é justo o espaço carroçável ser apropriado pelos ricos. Ninguém, numa sociedade com cultura democrática, sequer pensaria em dizer isso. Se fosse defender a desigualdade, usaria melhores argumentos. 
Temos um lado conservador muito inculto. Não consegue, nem tenta, elaborar seu discurso. Deriva logo para o ódio. Até partidariza a discussão, embora as bicicletas mostrem uma certa continuidade entre Kassab e Haddad. 
Mas a ideia de partir para a ilegalidade em defesa dos privilégios é inquietante. Devemos respeitar a lei e, sobretudo, seus procedimentos pacíficos. Jogar tachinhas é pouco, comparado a atirar numa outra pessoa - mas outro dia li uma pessoa, no Facebook, prometendo que tomaria armas contra a inflação. Obviamente é um contrassenso (nem armas nem passeatas impediriam a degradação da moeda), mas é igualmente absurdo querer resolver conflitos fora da lei. Será que nossa confiança na lei ainda é tão baixa que há quem acredite, após uma ditadura militar que deixou o País em petição de miséria, que a violência possa ser a solução? Eleições frustram. Poucos saem realmente felizes delas. Mas não há outro caminho senão o da lei. Pode demorar, mas o que ela escreve, escreve em pedra.
*
Renato Janine Ribeiro, professor titular de Ética e Filosofia Política da USP, é autor  de A sociedade contra o social: o alto custo da vida pública no Brasil (Companhia das Letras) 

domingo, 19 de outubro de 2014

Aconteceu há 12 anos... - SUELY CALDAS


O ESTADÃO - 19/10


O ex-presidente Lula negou ter convidado o economista Armínio Fraga para permanecer na presidência do Banco Central (BC) por mais algum tempo, quando se elegeu em 2002. A reconstituição dos fatos da época ajuda a entender por que Lula cogitou mas não oficializou o convite - erroneamente revelado pelo candidato Aécio Neves no debate da TV Band. Na verdade, a ideia de prolongar o mandato de Armínio no BC partiu de Antonio Palocci - principal coordenador da campanha de Lula e, depois, seu ministro da Fazenda - e ganhou força e adesões na cúpula do PT. Nas duas funções, Palocci teria de enfrentar a dificílima tarefa de acalmar empresários, investidores e o turbulento mercado financeiro, que ameaçavam jogar o Plano Real despenhadeiro abaixo e transformar a economia do País, sob Lula, num verdadeiro inferno.

A continuidade de Armínio no BC funcionaria como uma espécie de seguro, uma garantia para o mercado de que Lula não levaria adiante as maluquices que o PT pregou antes e durante os oito anos de governo FHC. Conversas com Armínio na civilizada transição de FHC para Lula (se Aécio vencer, Dilma Rousseff fará o mesmo?) convenceram Palocci da ideia, mas ela ganhou um opositor tão poderoso quanto ele: o ex-ministro José Dirceu, hoje prisioneiro em Brasília. Os dois alimentavam antiga rivalidade, acirrada na campanha, intensificada no governo e volta e meia intermediada por Lula. Este quase sempre dava razão a Palocci, mas desta vez acatou os argumentos de Dirceu: seria capitular diante do adversário e rival PSDB reconhecer a incompetência do PT de conduzir a economia e aderir sem disfarces ao que chamavam de neoliberalismo, tão criticado na campanha.

Aos fatos. Final de 2002. Ao longo do ano, o Plano Real viveu sua pior e mais grave crise: a Bovespa não parava de despencar, o dólar chegou a R$ 3,95 e o risco Brasil, a 2.500 pontos (comparando, no auge da crise de 2008 a taxa não passou de 250 pontos). As crises importadas do México, da Ásia, da Rússia, do ataque às Torres Gêmeas e da moratória argentina foram um leve sopro diante do vendaval destruidor do que ficou conhecido como "efeito Lula". De fora e dentro do País o ataque ao Real ficava mais forte a cada pesquisa eleitoral, a cada certeza da vitória do petista. As previsões para o ano eram terroristas: a inflação não ficaria abaixo de 50% (terminou o ano em 12,5%), tão cedo o Brasil não voltaria a tomar empréstimos no exterior e recessão e desemprego eram inevitáveis.

O candidato Lula percebeu o inferno que viveria seu governo e divulgou, em junho, a Carta ao Povo Brasileiro, em que assumia compromissos de respeitar contratos, combater a inflação e gerar superávits primários. Mas não convenceu o mercado, que só intensificava o ataque e tirava proveito do caos para especular e realizar lucros com a gangorra dos indicadores econômicos. Era uma situação que não interessava a FHC, que cumpria seu último ano de mandato e era obrigado a administrar uma crise que não criou, muito menos a Lula, que precisava do mínimo de estabilidade econômica para começar a governar.

Foi diante desse quadro que Palocci marcou um encontro entre Lula e Armínio Fraga, numa sala reservada do Aeroporto de Brasília. "Estou te entregando um país na UTI", avisou Armínio a Lula, descrevendo o quadro econômico e o que deveria ser feito para o doente melhorar e ganhar condições de, pelo menos, trocar a UTI pelo quarto. Lula e Palocci ouviram assustados e atentos. E Lula se convenceu a buscar um nome do mercado para o BC. Encontrou o tucano Henrique Meirelles.

Meses depois, já presidente, Lula relatou a sua versão da conversa com Armínio a um grupo de deputados. E gabou-se no costumeiro estilo fanfarrão: "Eles colocaram e eu tirei o País da UTI". Irritado com o relato parcial de Lula, o ex-presidente do BC respondeu em entrevista ao Estadão: "O País estava na UTI porque havia medo em relação ao futuro, e o futuro não estava em nossas mãos".

Já ministro, por vezes Palocci consultou Armínio para problemas que encontrava e ele nunca se negou a ajudar.


Ciclistas e pedestres travam 'guerra' por espaço na rua

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,ciclistas-e-pedestres-travam-guerra-por-espaco-na-rua-imp-,1579022O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,ciclistas-e-pedestres-travam-guerra-por-espaco-na-rua-imp-,1579022


RAFAEL ITALIANI - O ESTADO DE S.PAULO
19 Outubro 2014 | 03h 00

Com os 92,3 km de ciclovias, cenas de desrespeito são comuns, como bikes passando no sinal fechado e pessoas nas faixas

Tiago Queiroz/Estadão
Ciclistas e pedestres travam guerra por espaço na rua
SÃO PAULO - Pedestres e ciclistas estão em conflito pelo espaço e preferência nas vias de São Paulo. Bicicletas fazendo conversões na contramão, passando com velocidade sobre as faixas de pedestres e trafegando sobre as calçadas são cenas comuns onde há muitas ciclovias, como na região central da capital. Já os pedestres atravessam fora das faixas e fazem das ciclovias extensões das calçadas.
Na última semana, pelo menos dois pedestres foram atropelados. Na quarta-feira, um homem de 90 anos morreu na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, no Butantã, zona oeste da capital. Segundo testemunhas, ele entrou na faixa de pedestre sem olhar e foi atingido por um ciclista, que responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar). A avenida ainda não tem ciclovia.
Dois dias antes, uma mulher de 37 anos foi atropelada por um ciclista que trafegava pela ciclovia da Rua Prates, no Bom Retiro, no centro. A mulher foi levada ao hospital e liberada.
Essa região serve como exemplo para os conflitos entre ciclistas e pedestres. A faixa para bike da via é muito usada por entregadores e, ao mesmo tempo, por pedestres que trabalham no bairro. Um estudante de 16 anos, que faz entregas no centro, foi flagrado na quinta-feira pela reportagem do Estado em alta velocidade, freando sobre a mesma faixa de pedestres onde a mulher havia sido atropelada. "Eu ando assim mesmo, sei que está errado, freio em cima deles para chamar a atenção e não para atropelar", afirmou.
Na mesma região, a empregada doméstica Anete Negreiros, de 61 anos, usava a ciclovia para caminhar no sentido contrário ao dos carros. "Se não passa bicicleta, eu posso andar. É bem mais confortável do que ficar na calçada", disse.
Na esquina das Ruas Xavier de Toledo e Sete de Abril, também na região central, mais desrespeito. Dois guardas-civis metropolitanos (GCMs) que pedalavam na ciclovia passaram pela faixa de pedestre na contramão e com o semáforo fechado para eles. Segundo a Prefeitura, os guardas são orientados e obrigados a respeitar a sinalização. Eles podem quebrar as regras somente se estiverem em atendimento.
A ciclovia no trecho é confusa e tem pouca sinalização. Os ciclistas sobem a Rua Xavier de Toledo por uma ciclovia larga que, na faixa de pedestre, vira uma tira vermelha estreita. "A sinalização é ruim e ainda está confusa. É como se não tivesse mais a ciclovia", justificou um dos guardas.
Educação. O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que a Prefeitura está preparando uma grande campanha de educação no trânsito. "Estamos fazendo algumas peças publicitárias, materiais impressos e também vamos fazer campanhas em rádio, televisão e jornais para educação no trânsito relacionadas aos ciclistas." Ainda de acordo com Tatto, a cidade está "se acostumando" com as ciclovias. "É algo novo, que veio para ficar. As pessoas estão se adaptando", disse o secretário. Nesta gestão, a cidade ganhou 92,3 km de vias para ciclistas./COLABOROU CAIO DO VALLE