terça-feira, 26 de março de 2019

O Brasil precisa de Bolsonaro – Por Frederico D'Avila, Brasil Agro


Frederico D'Avila, coordenador da área do agronegócio na campanha de Jair Bolsonaro

Só ele conseguirá fazer a mudança necessária no país.

Eu voto em Jair Bolsonaro para presidente da República. Motivos e razões não faltam. Ele é a melhor pessoa para comandar um país à beira da falência econômica, política e moral. É o único com capacidade de administrar o Brasil de olho nos melhores interesses de todas as pessoas que trabalham incansavelmente, de empresários a segmentos profissionais, de professores a alunos, de médicos a pacientes, de ricos a pobres. Um governo Bolsonaro coloca o Brasil nos eixos.

Bolsonaro não carrega os vícios da política tradicional. Tem posição, opinião e lado. Não enrola e não inventa verdades falseadas. É um político afiado, forjado em sete mandatos consecutivos como deputado federal, que sabe e conhece as tendências e como lidar com cada um dos 594 parlamentares.

O próximo presidente da República terá um desafio enorme: lidar com a Câmara e o Senado. Saber como conversar, o que cada um pensa, quem é sério, quem dá para confiar, são características essenciais a partir de 2019. Um comandante que não sabe falar com seus comandados vai aprofundar a crise, agigantar cizânias e destruir o país.

Lógico que Bolsonaro tem posições firmes sobre temas que lhe são caros. Mas ele não se isola, nem atua de maneira enclausurada. Ouve, escuta e sabe como apresentar no Congresso todas as reformas que vão devolver dinamismo, competitividade e seriedade para o país. Isso é essencial para acabar com a corrupção e com a negociação espúria do toma-lá-dá-cá.

Saber identificar demandas e possibilidades é importantíssimo para o agronegócio, que o abraçou por convicção e não por casuísmo.

Bolsonaro é defensor do setor porque entende que há um ataque orquestrado por alguns setores do mundo político, do Judiciário e da sociedade civil, por meio de ONGs, para acabar com a competitividade da agricultura brasileira.

O próximo presidente terá como desafios olhar de maneira contundente a questão do custo do crédito agrícola, a necessidade de expandir os recursos disponíveis e a redução do custo repassado ao produtor. Não só isso: para o agronegócio ter maior capacidade de atuação, é preciso combater todas as tentativas de ampliar a insegurança de quem produz.

Não tenho dúvida de que duas propostas vão fazer a diferença no Brasil rural. A primeira é a fusão dos ministérios da Agricultura com o Meio Ambiente, essencial para garantir plena harmonia para o país se desenvolver sem solavancos, com inclusão e justiça social.

A segunda é a liberação do porte de arma para o homem do campo, que dá segurança para o produtor. Bolsonaro sabe que agredir a integridade patrimonial, física e jurídica é um fator que tira a competitividade da economia, inclusive do agronegócio.

A expansão do dinamismo econômico, portanto, é fundamental. O Brasil precisa sair do buraco da corrupção e precisa gerar emprego, renda e oportunidades para todos os trabalhadores.

Registro, portanto, que tudo isso não seria suficiente se Bolsonaro não tivesse visão estratégica, conquistada graças à sua formação de militar e por estar cercado de militares brilhantes que pensam o país no longo prazo.

Com essa perspectiva, não tenho dúvidas de que o Brasil terá, por exemplo, um grande programa de expansão logística que vai abranger rodovias, portos, aeroportos, hidrovias e ferrovias para acabar com a dependência de apenas um modal.

O Brasil precisa dessa renovação. O Brasil não aguenta mais corrupção, bandidagem e políticos descomprometidos. O Brasil não pode mais uma vez ter um presidente eleito tendo como base partidos velhos, incoerentes e com sede de poder. Esses não serão capazes de fazer a mudança tão necessária ao país. Só Bolsonaro conseguirá (Frederico D'Avila, produtor rural, conselheiro da Sociedade Rural Brasileira, vice-presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja) e candidato a deputado estadual pelo PSL de São Paulo; Folha de S.Paulo, 5/9/18)

Roupas com nanotecnologia controlam calor e odor e repelem insetos, Pesquisa Fapesp


26 de março de 2019
Elton Alisson  |  Pesquisa para Inovação – No próximo verão, indústrias têxteis devem levar ao mercado tecidos funcionais, capazes de reter menos calor, controlar o odor do suor, proteger contra o Sol e contra mosquitos como o Aedes aegypti – vetor da dengue, da febre amarela, da chikungunya e do vírus zika.
Algumas peças de vestuário com essas funcionalidades utilizam tecnologias desenvolvidas pela Nanox – uma empresa apoiada pelo Programa FAPESP de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e nascida no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.
A empresa está desenvolvendo, em parceria com indústrias têxteis, tecidos com partículas em escala nanométrica (bilionésima parte do metro) com diferentes propriedades. Entre elas, a de controlar microrganismos causadores de maus odores, de refletir a radiação eletromagnética do Sol e de liberar de modo controlado repelentes e inseticidas.
“Já temos alguns projetos encaminhados com indústrias têxteis em fase de desenvolvimento final de tecidos com essas propriedades”, disse Daniel Minozzi, cofundador e diretor de operações da Nanox, à Agência FAPESP.
As partículas desenvolvidas pela empresa são feitas a partir de diferentes materiais inorgânicos e podem ser adicionadas aos tecidos isoladamente ou combinadas para conferir as funcionalidades desejadas. As que controlam o odor, por exemplo, são à base de prata, zinco e cobre e têm propriedades bactericida, antimicrobiana e autoesterilizante.
Ao serem incorporadas às fibras de tecidos, essas nanopartículas protegem o material contra o crescimento de bactérias, fungos e ácaros causadores de mau odor e também evitam o amarelamento, promete a empresa.
“Uma das vantagens dessas nanopartículas antimicrobianas, em comparação com outros produtos químicos incorporados a tecidos antiodor existentes no mercado, é que elas apresentam maior resistência à lavagem, à temperatura e à abrasão”, disse Minozzi.
“Além disso, têm menor impacto ambiental e não causam alergia. Por isso, podem ser usadas em qualquer tipo de tecido que entre em contato direto com a pele, como os de roupas comuns, esportivas, íntimas, de cama e banho e uniformes profissionais”, exemplificou.
Já as nanopartículas que protegem contra o Sol e proporcionam maior conforto térmico podem ser aplicadas em roupas comuns, esportivas e de praia, além de cortinas e uniformes de profissionais que precisam ficar muito tempo expostos aos raios solares.
As nanopartículas são constituídas por microesferas de vidro ocas recobertas por filmes finos nanoestruturados e transparentes de óxido de zinco, alumínio ou titânio. Esses materiais nanoestruturados funcionam como microespelhos e refletem raios infravermelho e ultravioleta que poderiam penetrar o tecido. Dessa forma, são capazes de diminuir em até 65% a transmitância térmica (transferência de calor) para o tecido em um comprimento de onda de 500 a 4.000 nanômetros.
A tecnologia foi desenvolvida por meio de um projeto apoiado pelo PIPE-FAPESP.
Em testes feitos pela empresa, um tecido com as partículas incorporadas apresentou uma redução de até 6,5 ºC na temperatura, em comparação com um mesmo tecido sem as partículas, ao serem expostos aos raios solares.
“Os tecidos existentes hoje para proteger contra o Sol conferem proteção só contra os raios ultravioleta. As nanopartículas que desenvolvemos são capazes de refletir também os raios infravermelho. Dessa forma, possibilitam diminuir o calor do tecido e torná-lo mais fresco para o uso durante o dia”, disse Minozzi. “É uma tecnologia totalmente inovadora”, avaliou.
Já a tecnologia de nanopartículas de proteção contra insetos voadores e rastejantes representa uma inovação incremental, comparou o executivo.
A empresa não revela detalhes da tecnologia por questões de segredo industrial, mas afirma que a inovação está no sistema de aprisionamento de moléculas dos repelentes ou inseticidas nas nanopartículas e na fixação delas nos tecidos.
“Alguns dos principais problemas para colocar repelentes em tecidos hoje são a questão do odor do produto e sua fixação após o processo de lavagem. Desenvolvemos um sistema que permite incorporar um inseticida ou um repelente a um tecido”, afirmou.
Nanopartículas bactericidas
As nanopartículas com propriedades bactericida, antimicrobiana e autoesterilizante desenvolvidas pela empresa são aplicadas hoje em uma série de produtos. Entre eles, utensílios plásticos e filmes de PVC para embalar alimentos, assentos sanitários, palmilhas de sapatos, secadores e chapinhas de cabelo, tintas, resinas e cerâmicas e na superfície de instrumentos médicos e odontológicos, como pinças, brocas e bisturis.
Os maiores mercados da empresa hoje são os de eletrodomésticos de linha branca, como refrigeradores, além de bebedouros de água e aparelhos de ar condicionado, tapetes e carpetes.
“Como trabalhamos nesse segmento de tapetes e carpetes há oito anos, nossa entrada mais efetiva, agora, no segmento têxtil foi um caminho natural”, avaliou Minozzi.
A empresa exporta atualmente para países como México, Colômbia, Chile, Itália, China e Japão, por meio de distribuidores locais e, recentemente, abriu uma subsidiária nos Estados Unidos, em Boston.
“A ideia de termos uma filial nos Estados Unidos foi para facilitar e acelerar a obtenção de licença para a comercialização do nosso produto no mercado norte-americano, que está em fase final de avaliação para concessão”, disse Minozzi.

Palavras-chave: Nanox, CDMF, PIPE, nanopartículas, tecidos funcionais, conforto térmico, filmes finos, Daniel Minozzi, internacionalização

segunda-feira, 25 de março de 2019

Metrô reserva dinheiro para ampliar linha 2-verde e criar ramal a Guarulhos, FSP

Fabrício Lobel
SÃO PAULO
Metrô de São Paulo reservou no orçamento de 2019 recursos para ampliar a linha 2-verde e também para criar um novo trajeto, entre o centro de São Paulo e a vizinha Guarulhos, no que a companhia chama de linha 19-Celeste. 
No Relatório Integrado 2018, o Metrô faz um resumo das operações e obras feitas no último ano e adiantam quais são os projetos que devem ser tocados em 2019. De maneira geral, o plano de investimentos do Metrô é 20% menor do que o do ano passado, somando um total de R$ 2,05 bilhões. Segundo a companhia, a defasagem se deve à entrega feita de 11 km da linha 5-lilás no último ano.
Os grandes projetos seguem sendo as atrasadas obras do monotrilho da linha 17-ouro (previsão de investimento de R$ 585 milhões) e a conclusão da linha 4-amarela (previsão de R$ 457 milhões).
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Mas entre as grandes novidades do relatório deste ano está a reserva de R$ 121 milhões em investimentos na expansão da linha 2-verde, que hoje liga a Vila Prudente à Vila Madalena, passando sob a avenida Paulista. A linha tem um antigo plano de expansão a partir da Vila Prudente, subindo rumo à linha 3-vermelha, fazendo conexão com a estação Penha e chegando até a cidade de Guarulhos. A linha deverá ainda fazer conexões com outras duas linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). 
O projeto prevê a construção de 14,4 km de trilhos e 13 estações e elevar os passageiros transportados na linha em dias úteis para 1,8 milhão (hoje a média é de 692 mil). A ideia é criar uma linha perimetral, desafogando em parte as saturadas linhas 3-vermelha e 1-azul.
Para o projeto, já foram desapropriados e demolidos 191 imóveis. Diante de dificuldades orçamentárias, o Metrô não vinha mais tocando a obra e havia focado terminar outros planos de expansão.
A previsão de novos investimentos não garante que a linha seja efetivamente construída, mas mostra a disposição do Metrô em avançar nessa obra. Desde 2016, a previsão de investimento para essa expansão eram baixas e chegou a ser de R$ 5 milhões. Falta ainda que o governo João Doria (PSDB) bata o martelo e libere recursos para a obra. 
Outra previsão de investimentos é de R$ 50 milhões para estudos da linha 19-celeste, que deverá ligar o bairro do Campo Belo, na zona sul de São Paulo, ao Bosque Maia, em Guarulhos. A linha está em fase bastante inicial, mas já tem projeto funcional. Neste ano, o Metrô quer iniciar a contratação da próxima etapa: a elaboração do projeto básico de metade da obra, entre a praça da Bandeira, no centro de São Paulo, e Guarulhos. Segundo o Metrô, essa etapa fornecerá informações aprofundadas sobre a forma de construção da linha. Nos últimos anos, não havia previsão de investimentos nesta linha. 
A continuidade deste projeto, porém, também depende da obtenção de recursos pelo governo do Estado ou financiamento externo.
O volume de recursos dedicado à modernização e recapacitarão das linhas já abertas é ligeiramente menor do que no ano passado: 5,1%. Segundo o relatório, a queda nos gastos de modernização se deu pelo término da reforma de 98 trens das linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha.