sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Campanha de Flávio será baseada na exigência de tirar Bolsonaro da prisão, Alvaro Costa e Silva, FSP

 Mais até do que os petistas, um grupo político específico comemorou a decisão do STF de tornar Eduardo Bolsonaro réu por tentar interferir, fora do país, no julgamento do pai. Foi o centrão, que, às escondidas, anda rindo e soltando foguetes.

Centrão —é sempre bom lembrar— é um apelido que protege nomes e siglas, arranjado por deputados e senadores de direita e extrema direita para propor todo tipo de viradas de mesa e maracutaias, a exemplo da PEC da Bandidagem e a recente "emenda panetone", verba extra de fim de ano que pode chegar a R$ 5 milhões a cada membro do Congresso.

Desde que se mandou para os EUA com o objetivo de defender os interesses familiares, acarretando prejuízos econômicos ao Brasil, Eduardo Bolsonaro se transformou no maior obstáculo da turma comandada por Ciro Nogueira —com Arthur Lira e Eduardo Cunha na retaguarda— que quer se livrar da influência do capitão e, assim, derrotar Lula. Mas sem perder os votos do bolsonarismo. Uma equação difícil, que se traduz na indefinição da candidatura Tarcísio de Freitas.

O filho 03 brigou com Tarcísio (que já pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes por atacar o STF). Brigou com os demais governadores que sonham com o Planalto, com Nogueira, com Nikolas Ferreira, campeão de votos em 2022. Que o centrão não se iluda: ele vai continuar espumando, com fúria redobrada após ter virado réu, circunstância que se ajusta à bandeira da perseguição política e à estratégia de derrubar Xandão, o "ditador de toga".

Eduardo deve apoiar a candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência, opção defendida por Bolsonaro para não desfazer a liderança no campo da direita e do golpismo. Caso se concretize, a campanha do filho 01 será baseada na exigência de tirar o ex-presidente da prisão. Tarcísio terá coragem de propor indulto aos golpistas? Ou isso irá manchar a sua fantasia da moderação?

Outro empecilho ao projeto de poder de Ciro & Cia está na força eleitoral das redes, que continuam dominadas pela seita que defende Bolsonaro e sua prole.

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