segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Justiça reduz pena de Paulo Preto de 145 para 5 anos, FSP

 O TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) reduziu na semana passada a pena de Paulo Vieira de Souza, o ex-diretor da Dersa (antiga estatal paulista de rodovias) conhecido como Paulo Preto. Principal alvo da Lava Jato de São Paulo, ele era suspeito de ser o operador do PSDB no estado.

Condenado em primeira instância a 145 anos e 8 meses de prisão sob acusação de desvios milionários em obras do Rodoanel Sul, o ex-diretor agora deve cumprir 5 anos, 11 meses e 3 dias em regime semiaberto.

A decisão foi tomada por unanimidade pelos desembargadores da 5ª Turma do tribunal, reformando a sentença da juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo, que em março havia condenado Paulo Preto por três crimes: peculato, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público.

O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto
O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto - Sérgio Lima/Sergio Lima - 15.dez.12/Folhapress

O TRF-3 só manteve a condenação por peculato e reduziu a pena do ex-diretor.

A diminuição da pena ocorreu por extensão dos efeitos de recursos apresentados por outros réus, como a filha de Paulo Preto, Tatiana Arana de Souza Cremonini, e o ex-chefe de assentamentos da Dersa, José Geraldo Casas Vilela.

O processo trata de acusação de desvio de cerca de R$ 7,7 milhões. Esse dinheiro deveria ser destinado a indenizações para moradores removidos por causa das obras do trecho sul do Rodoanel em São Paulo.

De acordo com o Ministério Público Federal, parte do montante foi usada para beneficiar funcionárias domésticas de Paulo Preto, que teriam recebido unidades da CDHU e auxílios-mudança de forma indevida. A acusação aponta ainda a realização de cerca de 1.700 pagamentos a falsos desalojados. Sua defesa negou na ação que ele tivesse cometido irregularidades.

Nenhum comentário: