quarta-feira, 27 de junho de 2018

Pedágios sobem em SP no domingo, e tarifa na Imigrantes vai a R$ 26,20, FSP

Clara Cerioni
SÃO PAULO
Os pedágios de 19 concessionárias que administram as estradas do estado de São Paulo terão um aumento de 2,85%.
Os novos valores passarão a valer já a partir de domingo (1º). Serão reajustadas as tarifas das seguintes concessionárias: Autoban, Tebe, Intervias, Centrovias, Triângulo do Sol, Autovias, Renovias, ViaOeste, Colinas, SPVias, Ecovias, Concessionária das Bandeiras, Concessionária Auto Raposo Tavares, Concessionária ViaRondon, Concessionária Rodovias do Tietê, Ecopistas, Concessionária do Rodoanel S/A, Concessionária SPMar S/A e Concessionária Rodovia dos Tamoios.
Pedágio entre Bebedouro e Barretos, no interior de São Paulo
Pedágio entre Bebedouro e Barretos, no interior de São Paulo - Joel Silva/Folhapress
O pedágio mais caro, que fica na Rodovia dos Imigrantes, passará de R$ 25,60 para R$ 26,20. As tarifas foram reajustadas de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado entre junho do ano passado e maio deste ano. Segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), para o cálculo foi considerado o menor índice entre o IPCA e o IGP-M.
A medida visa reduzir o impacto dos reajustes no bolso dos usuários das estradas. Outras duas concessionárias, a Entrevias e a ViaPaulista, terão aumento de pedágio quando completarem um ano de contrato. Para a primeira, o reajuste será em 6 de julho. No caso da segunda, o aumento ocorrerá em 22 de novembro.​
Nos trechos Leste e Oeste do Rodoanel Mário Covas e nas praças de Diadema e Eldorado, na Rodovia dos Imigrantes, não haverá reajuste. Segundo a Artesp, como o índice de inflação foi baixo, nesses locais o arredondamento não trouxe alta.
Confira a lista dos novos valores praticados e das tarifas vigentes até domingo.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Sicadergs: exportação de gado vivo prejudica indústria, Portal da DBO

O diretor executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Zilmar Moussalle, afirma que as exportações de gado vivo são prejudiciais para o mercado de trabalho brasileiro e para a indústria. “Essas exportações não geram empregos, prejudicam os frigoríficos e também setores como o de couro e farmacêutico, que dependem da matéria-prima da pecuária”, disse em nota. Com um posicionamento contrário ao de outras entidades do setor, o Sicadergs é favorável ao Projeto de Lei 31/2018, que proíbe o embarque de animais vivos no transporte marítimo a partir de São Paulo com a finalidade de abate para consumo.
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Nesta semana, a Sociedade Rural Brasileira (SRB) divulgou nota de repúdio ante a decisão do governador de São Paulo, Márcio França, de apoiar o projeto. O comunicado informava que a SRB tinha o apoio de outras entidades do setor, dentre elas a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon) e a Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (Abeg).
A votação do Projeto de Lei está marcada para ocorrer no dia 26 de junho, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO.

Proibição de embarques de gado vivo pode reduzir comércio com árabes, portal DBO

Por Thuany Coelho
O projeto de lei que pretende proibir a exportação de gado vivo por portos de São Paulo será votado nesta terça-feira, 26, na Assembleia Legislativa do Estado. Uma decisão a favor do fim dos embarques pode reduzir a movimentação com países árabes, que em 2017 foram responsáveis por quase metade do faturamento com a exportação de animais vivos. “É um produto importante, principalmente para o Egito, que está preferindo comprar gado vivo em vez de somente carne”, afirma Michel Alaby, secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. A opção é porque, dessa forma, o abate gera empregos e garante fornecimento de carne fresca no país árabe.
Ele diz que a proibição não é correta, pois, pelo que tem conhecimento, os animais são tratados de forma adequada no embarque e desembarque. “Mas é evidente que eu preferia vender mais carne congelada e resfriada, porque você cria mão de obra aqui, e se vende o gado vivo, não”.
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Enquanto não há definição, as exportações de bovinos vivos vêm crescendo. De janeiro a maio, cerca de 94,3 mil toneladas foram vendidas por um total de US$ 235,3 milhões, alta de 157,1% em volume e de 230,3% em faturamento ante o mesmo período de 2017, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Considerando apenas os países árabes, foram 26,46 milhões de toneladas (28,05% do total) e US$ 52,43 milhões em receita, sendo Líbano (10,62 mil toneladas) e Egito (7,73 mil toneladas) os maiores compradores. O tamanho do mercado para os árabes pode crescer no futuro também pela entrada da Arábia Saudita. Uma missão do país ao Brasil era esperada para maio para discutir essa possibilidade, mas acabou não ocorrendo. Com o fim do Ramadã este mês, espera-se que a visita possa ocorrer em julho.

Abate halal

A partir do ano que vem, é possível que a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira se torne a responsável por supervisionar os abates halal – feitos seguindo os preceitos do islamismo e exigência para as exportações de carnes para os países árabes. “A ideia é ser a única acreditadora, vamos aprovar e dar permissão às entidades que fazem abate halal. Mas ainda temos que aguardar a aprovação final”, explica Alaby.
A mudança pode dar mais credibilidade ao sistema e favorecer o aumento das habilitações de frigoríficos e exportações. “Se você não tem quem verifica se as condições dos frigoríficos e da própria entidade que faz o halal estão corretas, pode prejudicar um pouco a imagem. A ideia é que tenhamos um padrão e ele seja obedecido por essas entidades”. Hoje, cada agência usa um sistema diferente, segundo o secretário-geral da Câmara.
As exportações de carne bovina para os países árabes alcançaram 112,1 mil toneladas (US$ 382 milhões) de janeiro a maio deste ano, aumento de 38% ante 2017. O maior importador foi o Egito, com 61,75 mil toneladas, alta de 126% em relação ao ano passado. Destaque negativo foi a Arábia Saudita. Apesar de se manter como segundo principal importador, o país reduziu as compras em 39%, para 14,13 mil toneladas. “Isso pode ser um pouco de estoque represado no país”, diz Alaby.
Fonte: Portal DBO.