domingo, 31 de março de 2013

Turista no Brasil sofre



25 de março de 2013 | 2h 10
O Estado de S.Paulo
O turismo responde por 9% do Produto Interno Bruto mundial, algo em torno de US$ 6 trilhões, e gera 245 milhões de empregos diretos e indiretos. Diante desses números, a competitividade nesse setor não deveria ser tratada como algo desimportante, ainda mais num país como o Brasil, com seu enorme potencial turístico. No entanto, assim como em outras áreas da administração federal submetidas a interesses partidários e fisiológicos, o turismo apresenta resultados decepcionantes. O último relatório do Fórum Econômico Mundial sobre a competitividade turística mostra que o Brasil subiu apenas uma posição e ainda se encontra em um distante 51.º lugar, entre 142 países. É apenas o sétimo colocado nas Américas, atrás até mesmo do Panamá.
Além dos problemas do Ministério do Turismo, é precária a estrutura voltada para o turista. A pesquisa mostra que os principais entraves para tornar o Brasil mais atraente para os viajantes - estrangeiros ou locais - são o precário sistema de transportes e os preços altos.
"A rede de transportes permanece subdesenvolvida", nota o relatório, colocando o Brasil numa vergonhosa 129.ª posição nesse quesito. A qualidade das estradas, dos portos e aeroportos e das ferrovias "requer melhorias para acompanhar o desenvolvimento econômico do País". Os autores do estudo acreditam que a realização da Copa do Mundo, em 2014, e da Olimpíada, em 2016, oferece uma "oportunidade para superar essas deficiências de infraestrutura", mas essa conclusão, a julgar pelos resultados pífios dos investimentos na área, parece ter sido apenas uma cortesia dos pesquisadores.
Em relação aos custos para os turistas, o relatório do Fórum destaca os preços altos das passagens aéreas e das taxas aeroportuárias, "assim como a alta dos preços em geral". Nesse quesito, o Brasil aparece em 126.º lugar - entre os subitens destacam-se os altos impostos em geral (140.º lugar) e os preços das acomodações (72.º) e dos combustíveis (77.º). O País também está entre os últimos (119.º lugar) no que diz respeito à excessiva burocracia para o setor de viagens e turismo, tanto para os viajantes como para as empresas do setor.
Há ainda a questão da crônica falta de segurança, que faz a má fama do País e tradicionalmente afugenta muitos turistas. Nesse item, o Brasil aparece em 73.º lugar, e o relatório destaca o alto custo desse problema também para o ambiente de negócios.
O relatório afirma que o Brasil não prioriza o turismo - está em 102.º lugar nesse quesito. É apenas o 83.º em gastos do governo para incentivar as viagens e o 102.º em marketing para apresentar-se aos turistas como um destino em potencial. A falta de atenção ao setor se traduz na sistemática falta de informações para os estrangeiros logo que eles chegam aos grandes centros brasileiros e se deparam com orientações apenas em português, quando elas existem. Além disso, o Ministério do Turismo é tratado como uma das pastas que podem ser usadas nas barganhas que o governo faz para angariar apoio político. Em 2011, o então ministro, Pedro Novais, cuja única qualidade para ocupar o cargo era ser filiado ao PMDB, teve de se demitir depois de uma série de escândalos. Uma devassa resultou na prisão de 36 pessoas, entre as quais 8 integrantes do ministério. Não espanta, portanto, que os resultados sejam tão ruins num dos poucos setores da economia global que apresentam crescimento a despeito da crise.
Apesar de todos os problemas, o Brasil ainda é um lugar de grande interesse para os estrangeiros, graças às suas características naturais e culturais - e o Fórum Econômico Mundial reconhece o esforço brasileiro para preservar esse tesouro. Segundo o estudo da entidade, o País é o 1.º do mundo em recursos naturais, o 6.º em locais reconhecidos como patrimônio mundial da natureza e o 16.º em locais reconhecidos como patrimônio cultural.
Portanto, o Brasil continua "bonito por natureza", mas depende muito mais dos desejos dos estrangeiros de virem conhecer nossas maravilhas do que das condições que o País lhes oferece para atraí-los.

Sindicato participa de lançamento de novo Ford no ABC


CLEIDE SILVA - Agencia Estado
SÃO PAULO - Num fato inédito em São Paulo, a Ford apresentou neste domingo a cerca de 35 mil pessoas o novo Fiesta, compacto premium global que a marca começa a produzir no ABC paulista. Com show da cantora Claudia Leitte no Paço Municipal de São Bernardo do Campo, o público viu o carro antes mesmo de seu lançamento oficial, que ocorre nesta segunda-feira (25) na fábrica com a presença de autoridades como o governador Geraldo Alckmin e o prefeito local, Luiz Marinho.
Pouco antes do show, quem apareceu no palco para um breve discurso não foi o presidente da Ford do Brasil, Steven Armstrong, que permaneceu na área para convidados. Foi o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, em mais um sinal da evolução das relações entre capital e trabalho na região considerada berço do sindicalismo brasileiro.
Marques afirmou que o novo produto - o carro global (feito em vários países) - chegou após 15 anos de negociações com a empresa e garante o futuro da fábrica no ABC. "A fábrica agora faz parte definitivamente da estratégia global da Ford". Boa parte do público era formada por funcionários e seus familiares.
Há 23 anos, Marques estava no grupo de trabalhadores demitidos durante a chamada "greve dos golas vermelhas", que reivindicava aumento salarial. Foi deflagrada no setor da ferramentaria, onde trabalhadores usavam macacões com golas vermelhas.
Após as demissões, trabalhadores ocuparam a fábrica e destruíram vários carros, alguns deixados de rodas para cima no pátio. A greve durou 51 dias e, após acordo, Marques foi reintegrado. Até hoje é funcionário da montadora, embora afastado há vários anos para exercer funções sindicais. Outra grande greve, de 50 dias, ocorreu em 1998, quando a Ford enviou cartas de demissão a 2,8 mil trabalhadores às vésperas do Natal. Na época, muitos analistas acreditavam que a fábrica seria fechada.
"Desde então, houve um amadurecimento de ambas as partes, trabalhadores e empresas viram que era possível encontrar alternativas viáveis", disse Marques ao Estado. "E o novo Fiesta, primeiro carro global a ser fabricado em São Bernardo, é resultado desse processo". Nos anos 90 a fábrica tinha 7 mil funcionários e hoje tem 4,2 mil.
Retrato desse novo comportamento aparece na capa da edição de quinta-feira da Tribuna Metalúrgica, publicação do sindicato distribuída diariamente. A publicação parece folheto de propaganda da montadora. Com a foto do Fiesta e letras garrafais num quadrado vermelho, anuncia: "Ford lança novo carro com festa no Paço Municipal". A página interna traz depoimentos de trabalhadores, sindicalistas e do próprio Marques ressaltando que o lançamento de um produto global trará mais tranquilidade aos funcionários, garantirá salários e empregos à indústria do ABC.
"Todos nós evoluímos", desse Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford, minutos antes do show. "Aprendemos muito com eles e eles com agente". Segundo o executivo, a vinda do Fiesta coloca a fábrica do ABC no contexto mundial do grupo de ter toda sua linha com carros globais até 2015 e foi facilitada pela parceria. "Foi um trabalho integrado e o sindicato sabe como é importante o sucesso desse produto".
Hoje, a fábrica do ABC produz o Ka basicamente para o mercado brasileiro e a picape Courier. "Um acordo fechado em 2011 selou a produção do Fiesta no ABC", disse Marques. Entre as medidas acertadas está a criação de uma nova jornada na estamparia, com sete turmas se revezando no trabalho nos sete dias da semana. Segundo o sindicalista, a medida gerou "aumento de eficiência que ajudou a compor a equação de custo para a produção do novo carro". O próximo passo, disse, é negociar uma substituta para a Courier. "Já mostramos que o ABC é viável". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

'O crime contra a mulher está mais cruel', diz Eleonora Menicucci


Thais Arbex - O Estado de S.Paulo
"A sociedade civil tem um histórico de discussão sobre o aborto" - Paulo Giandalia/AE
Paulo Giandalia/AE
"A sociedade civil tem um histórico de discussão sobre o aborto"
As convicções de Eleonora Menicucci são conhecidas. Mas, desde que assumiu a Secretaria de Políticas para as Mulheres, em fevereiro de 2012, passou a evitar temas polêmicos e a afirmar que sua opinião pessoal não importa. Principalmente quando o assunto é aborto: "Sigo as diretrizes do governo".

A ministra, que é amiga da presidente Dilma Rousseff desde a década de 1960, recebeu a coluna em seu apartamento em São Paulo, na véspera de o Conselho Federal de Medicina colocar o tema novamente em pauta, ao defender o direito de a mulher abortar até a 12ª semana de gravidez. Questionada sobre se o Brasil está preparado para o debate, preferiu uma saída política. 

A questão do aborto marcou a disputa entre Dilma e o ex-governador José Serra na eleição presidencial de 2010. À época, a então candidata petista se comprometeu a não adotar nenhuma medida, durante seu governo, para mudar a legislação atual, que só permite a interrupção da gestação quando a vida da mulher está em risco ou quando a gravidez é resultante de estupro.

Torturada durante a ditadura militar e companheira de prisão da presidente na Torre das Donzelas, a ala feminina do presídio Tiradentes, em São Paulo, Eleonora diz que é preciso dar "tempo" à Comissão da Verdade. "Resolver em dois anos problemas de 40 anos atrás é muito difícil."

Com o orçamento de R$ 188 milhões - mais que o dobro de quando assumiu a pasta -, a ministra diz estar empenhada em combater a violência contra a mulher. "Nosso objetivo é acabar com o tráfico de pessoas - principalmente porque mais de 47% das pessoas traficadas são mulheres para exploração sexual - e implementar a Lei Maria da Penha em todo o País."

Embora a meta pareça ousada, a ministra diz que as condenações do ex-goleiro Bruno (pela morte de Eliza Samudio) e do ex-policial militar Mizael Bispo (pelo assassinato de Mércia Nakashima) foram "excepcionais" para "fazer com que as mulheres mudem de atitude e denunciem seus agressores". "Apesar de, na minha concepção, as condenações terem sido baixas, elas foram muito simbólicas."

Confira, a seguir, os principais trechos da conversa.

A senhora acredita que o Brasil já está preparado para a discussão sobre o aborto?
Eleonora Menicucci - 
Temos um histórico de discussão sobre isso no âmbito da sociedade civil, sem dúvida nenhuma. 

E no âmbito do governo?
Eleonora Menicucci - 
Como cidadã, tenho minhas convicções. Agora, desde que entrei no governo, sigo as diretrizes do governo.

O combate à violência contra as mulheres é prioridade do governo Dilma? 
Eleonora Menicucci - 
Temos dois grandes programas na área da violência. Um deles, em parceria com o Ministério da Justiça, é o de enfrentamento ao tráfico de pessoas. Mais de 47% das pessoas traficadas são mulheres - e para exploração sexual. Estamos determinados a acabar com isso até o fim do governo Dilma. Para isso, fortalecemos a campanha de denúncias. Já temos o Ligue 180 e agora estamos investindo nos núcleos especializados nas fronteiras. Queremos ampliar e qualificar esses espaços para amparar as mulheres e identificar agressores e traficantes. 

O problema ganhou visibilidade com a novela Salve Jorge? 
Eleonora Menicucci - 
Claro que ela incentiva, sim. Uma das últimas denúncias - que acabou com a quadrilha desbaratada pela Polícia Federal em Salamanca - foi feita por uma mãe depois de ver a novela. Ela acreditou que sua filha vivia situação semelhante à das personagens. Mas não é só isso. De janeiro a dezembro de 2012, tivemos 80 ligações para o Ligue 180 - a maior parte de Espanha, Portugal e Itália. A partir do momento em que fomos para a televisão falar sobre a importância da denúncia, o número de ligações subiu absurdamente. Foram 72 em três dias. 

A denúncia é fundamental? 
Eleonora Menicucci - 
Sim, porque só a partir dela pode existir um processo e um desbaratamento. Do contrário, não podemos fazer absolutamente nada. O tráfico é um crime silencioso e muito covarde. As mulheres são aliciadas, com promessas de empregos, de vida melhor. Mas chegam a seus locais de destino sem documentos, ficam confinadas e muito ameaçadas. E é importante lembrar que existe a denúncia anônima. É constitucional, está na Lei Maria da Penha. 

A Lei Maria da Penha é eficaz em todo o País? 
Eleonora Menicucci - 
Uma das nossas mais importantes preocupações é a consolidação e a implementação da Lei Maria da Penha em todo o Brasil. Para lançar o programa Mulher, Viver Sem Violência, fizemos parcerias com o sistema judiciário. Fomos eu e o ministro José Eduardo Cardozo negociar com o ministro Joaquim Barbosa e com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Tivemos adesão imediata. 

Como se dará essa parceria? 
Eleonora Menicucci - 
O plano prevê investimento de R$ 265 milhões em dois anos. Parte desses recursos será para a construção da Casa da Mulher Brasileira nas 26 capitais e no Distrito Federal, onde concentraremos todos os serviços para amparar as mulheres vítimas de violência: delegacias especializadas, juizados, defensorias, promotorias e atendimento psicossocial. Mas, com algumas novidades: incluímos a central de transportes - que leva e busca a mulher em casa, nos hospitais ou nas delegacias onde deram entrada -, os serviços de orientação para emprego e espaços para recreação das crianças dessas mulheres.

O que mudará? 
Eleonora Menicucci - 
Sei bem como funciona a ponta do problema, porque, durante anos, coordenei, em São Paulo, um serviço de atendimento às mulheres vítimas de violência sexual. A mulher estuprada precisa de atendimento respeitoso, digno, de alguém que acredite na palavra dela. Além disso, há um elemento essencial: a coleta da prova do estupro. Ela tem de ser coletada por um especialista, e essa prova precisa ser guardada em lugar adequado e seguro. 

É uma meta possível?
Eleonora Menicucci - 
Tenho absoluta convicção de que, com essa parceria, conseguiremos capilarizar o combate à violência contra as mulheres para os municípios pequenos. A violência não acontece só nas capitais. Criar as varas especializadas em municípios pobres é fundamental. É o que salva as mulheres. Essas mulheres só são salvas quando vão às delegacias, às varas, e encontram uma estrutura preparada para recebê-las e auxiliá-las. É aí que está o desafio, o gargalo. A delegacia tem de estar preparada para pedir a medida protetiva ao juiz. E o juiz precisa expedir essa medida o mais rápido possível. Porque, quando a mulher toma a iniciativa de procurar ajuda, quer dizer que ela pode ser morta a qualquer momento. 

Porque muitas mulheres sofrem caladas durante anos.
Eleonora Menicucci - 
Mais grave do que sofrer calada é ir à delegacia e ouvir do delegado: "Vou pedir a medida protetiva. Pode voltar para casa". Ela volta para casa e a medida nunca é expedida. É esse processo que queremos mudar. Trabalhamos em parceria com o Conselho Nacional de Justiça na capacitação de juízes para desempenhar essa função. 

Muitas mulheres têm medo de denunciar seus agressores?
Eleonora Menicucci - 
Mais do que medo, têm vergonha. Vergonha de assumir que estão sendo violentadas. Seja violência doméstica ou estupro. E sabe qual a maior vergonha? Denunciar o homem que ela escolheu para ser pai de seus filhos. É quando ela expõe a privacidade em seu nível mais alto. E isso eu falo de cátedra. 

É difícil assumir um erro...
Eleonora Menicucci - 
Exato. E assumir na lata: "Eu errei. Ele me bate, meus filhos veem". Essa mulher pode não ter nenhum hematoma, mas está com corpo e alma inteiramente roxos. Tenho sentido que as mulheres estão acreditando mais nas políticas públicas. As condenações do ex-goleiro Bruno e do Mizael Bispo são excepcionais para fazer com que as mulheres mudem de atitude e denunciem seus agressores. 

A senhora acha que as penas (22 anos para o Bruno e 20 para o Mizael) foram baixas? 
Eleonora Menicucci - 
Na minha concepção, as penas foram baixas. Por outro lado, também foram muito simbólicas. Só o fato de eles terem sido condenados e expostos publicamente já é uma vitória. Porque os crimes contra as mulheres têm se tornado cada vez mais cruéis. Matar já é cruel, mas afogar, decepar, dar para o cachorro, não achar o corpo. Isso é de uma crueldade incrível.

Crê que o fato de o Brasil ter uma presidente mulher mudou a visão da sociedade? 
Eleonora Menicucci - 
Sempre digo que o século XXI é o século das mulheres. As mulheres podem e sabem fazer. Até as crianças estão vendo isso. Ter uma presidente mulher tem um impacto muito grande. E nós, na secretaria, temos um papel importantíssimo. Estamos trabalhando para incentivar as mulheres a entrarem na política. Hoje, no Congresso Nacional, apenas 8% são mulheres - entre senadoras e deputadas. É muito pouco. Dos 5.570 municípios, apenas 657 são comandados por prefeitas. E elas estão, em grande parte, nas cidades pequenas. Temos uma única prefeita de capital: a Teresa Surita, em Boa Vista. E duas governadoras, a Rosalba Ciarlini (Rio Grande do Norte) e a Roseana Sarney (Maranhão). 

Existem políticas para as mulheres homossexuais? 
Eleonora Menicucci - 
Temos uma coordenadoria da diversidade. Sou defensora dos direitos GLBT. São pessoas, seres humanos iguais a todos. Não há diferença nenhuma. A homofobia é um preconceito, uma violência. 

Como a senhora viu a nomeação do pastor Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara? 
Eleonora Menicucci - 
É uma questão do Congresso Nacional. Como ministra de Estado, não posso, não quero e não vou me meter nisso. Acho que a sociedade tem de se mobilizar para dar a resposta necessária à questão. Não se pode simplesmente acabar com a Comissão de Direitos Humanos. Tenho real esperança de que o Congresso vai resolver isso.

O que acha da atuação da Comissão da Verdade?
Eleonora Menicucci - 
Historicamente, foi fundamental a criação da Comissão da Verdade. E nós, do Executivo, não nos intrometemos em seu funcionamento. Ela é autônoma. Para mim, como ex-presa política, a instalação da comissão foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. 

Há críticas em relação ao trabalho da comissão. 
Eleonora Menicucci - 
A comissão tem de ter seu tempo para trabalhar. Precisa de tempo. Resolver em dois anos problemas de 40 anos atrás é muito difícil. A comissão tem dado resultados muito bons. Vimos a entrega do novo atestado de óbito de Vladimir Herzog à família do jornalista, assassinado em 1975; a descoberta dos documentos que mostram que Rubens Paiva foi morto sob tortura. E tantos outros virão à tona. Tenho certeza de que a comissão entregará um relatório exitoso.