quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ciência e linguagem


Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo
Sir Francis Bacon deu um conselho curioso aos que estudavam a Natureza: deveriam desconfiar de tudo que suas mentes aceitassem sem hesitação. Talvez fosse uma maneira de prevenir contra a ilusão de que qualquer descoberta humana fosse completa, ou tivesse completamente desvendado o que Deus encobrira. No momento (século 17) em que crescia a ideia herética de que existia um metafórico Livro da Natureza tão cheio de mensagens de Deus para os homens quanto o Livro dos Livros, Bacon aconselhava a Ciência a não desprezar o que diziam os mitos e as Escrituras. A glória de Deus se manifestava de várias formas. Alguma eram apenas mais poéticas do que as outras.
A primeira "mensagem" assim identificada do Livro secular da Natureza foi o magnetismo, que só começou a ser estudado a fundo pelo inglês William Gilbert, contemporâneo de Bacon na corte da rainha Elizabeth I, de quem era médico. O magnetismo era a prototípica evidência de uma força invisível na Natureza, a primeira alternativa à pura vontade de Deus como algo por trás de tudo. Albert Einstein contava que o presente de uma bússola, quando era menino, lhe dera a primeira sensação desta força misteriosa, e o primeiro ímpeto de desvendá-la.
Mais do que ninguém, Einstein podia reivindicar uma glória de descobrir igual à glória de Deus em ocultar, embora nunca abandonasse sua devoção quase religiosa a um determinismo harmônico do Universo, atribuindo-o a Deus ou a que outro nome se quisesse dar ao indesvendável. Mas Einstein não seguiu o conselho de Francis Bacon, de desconfiar do que o satisfazia. Satisfez-se tanto com suas certezas que passou os últimos anos da vida buscando uma teoria unificada da gravidade e do eletromagnetismo que refutasse a teoria quântica que as ameaçava, e tornava a matéria e seu comportamento inexplicáveis em qualquer linguagem, científica ou poética.
Quando recém se começava a falar em partículas subatômicas e seu estranho procedimento o físico dinamarquês Niels Bohr disse que elas só poderiam ser descritas usando-se a linguagem como na poesia. Um sombrio reconhecimento de que a linguagem racional não teria como acompanhar a especulação científica e estava condenada à analogia e à aproximação inexata. Assim os físicos falam em teorias das cordas, em um universo em forma de donut, ou de bola de futebol, e isso é apenas o som da mente humana se chocando contra os limites da linguagem, como moscas (para usar outra analogia) na vidraça.
Einstein morreu sem se resignar à ideia de que a verdadeira e inexpugnável glória de Deus começa onde termina a linguagem humana.


Pesquisadores no Espírito Santo avaliam a possibilidade de utilizar coco e bagaço de cana para remover os poluentes da água. Os estudos são coordenados pelo professor Joselito Nardy Ribeiro, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
O objetivo do projeto é desenvolver uma técnica em que materiais residuais de baixo custo possam ser utilizados na remoção de fármacos, pesticidas, corantes e metais das águas usadas no abastecimento. 
Até o momento, os pesquisadores avaliam o mesocarpo do coco e bagaço de cana. Ambos apresentam baixo custo e são abundantes no Espírito Santo, o que resolve também a questão do acúmulo destes resíduos agrícolas no meio ambiente.
Para realizar os testes, os cocos são recolhidos nas praias e levados em laboratório, onde retiram eventuais contaminantes. Depois eles são triturados em liquidificador industrial e acoplados a estações de tratamento de água servindo como um filtro.
"A água contaminada, passada através deste filtro para remoção dos poluentes, foi analisada e os resultados indicam que o mesocarpo do coco e o bagaço da cana são capazes de remover quantidades significativas de alguns poluentes", explica Ribeiro.
De acordo com o professor, a técnica com os resíduos do coco e da cana está em desenvolvimento para que em breve os componentes possam assumir a função de filtragem nas estação de tratamento.

O coordenador explica que a técnica é muito viável, pois o carvão ativado é o material utilizado nas estações, uma substância de custo elevado e que não remove todos os tipos de poluentes. 
 A pesquisa tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) que financiou o projeto ambiental e forneceu bolsas de Iniciação Científica, Iniciação Cientifica Júnior e Mestrado. Através do investimento, o grupo obteve equipamentos, reagentes, microcomputadores e vidrarias de laboratório. Com informações do Globo Rural.
Redação CicloVivo

Pesquisadores utilizam coco e bagaço de cana para filtrar água poluída


Postado em 07/10/2011 às 08h00

O objetivo do projeto é desenvolver uma técnica em que materiais residuais de baixo custo possam filtrar a água poluída l Foto: Crafiting a Green World 
Pesquisadores no Espírito Santo avaliam a possibilidade de utilizar coco e bagaço de cana para remover os poluentes da água. Os estudos são coordenados pelo professor Joselito Nardy Ribeiro, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
O objetivo do projeto é desenvolver uma técnica em que materiais residuais de baixo custo possam ser utilizados na remoção de fármacos, pesticidas, corantes e metais das águas usadas no abastecimento. 
Até o momento, os pesquisadores avaliam o mesocarpo do coco e bagaço de cana. Ambos apresentam baixo custo e são abundantes no Espírito Santo, o que resolve também a questão do acúmulo destes resíduos agrícolas no meio ambiente.
Para realizar os testes, os cocos são recolhidos nas praias e levados em laboratório, onde retiram eventuais contaminantes. Depois eles são triturados em liquidificador industrial e acoplados a estações de tratamento de água servindo como um filtro.
"A água contaminada, passada através deste filtro para remoção dos poluentes, foi analisada e os resultados indicam que o mesocarpo do coco e o bagaço da cana são capazes de remover quantidades significativas de alguns poluentes", explica Ribeiro.
De acordo com o professor, a técnica com os resíduos do coco e da cana está em desenvolvimento para que em breve os componentes possam assumir a função de filtragem nas estação de tratamento.

O coordenador explica que a técnica é muito viável, pois o carvão ativado é o material utilizado nas estações, uma substância de custo elevado e que não remove todos os tipos de poluentes. 
 A pesquisa tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) que financiou o projeto ambiental e forneceu bolsas de Iniciação Científica, Iniciação Cientifica Júnior e Mestrado. Através do investimento, o grupo obteve equipamentos, reagentes, microcomputadores e vidrarias de laboratório. Com informações do Globo Rural.