quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Pesquisadores utilizam coco e bagaço de cana para filtrar água poluída


Postado em 07/10/2011 às 08h00

O objetivo do projeto é desenvolver uma técnica em que materiais residuais de baixo custo possam filtrar a água poluída l Foto: Crafiting a Green World 
Pesquisadores no Espírito Santo avaliam a possibilidade de utilizar coco e bagaço de cana para remover os poluentes da água. Os estudos são coordenados pelo professor Joselito Nardy Ribeiro, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
O objetivo do projeto é desenvolver uma técnica em que materiais residuais de baixo custo possam ser utilizados na remoção de fármacos, pesticidas, corantes e metais das águas usadas no abastecimento. 
Até o momento, os pesquisadores avaliam o mesocarpo do coco e bagaço de cana. Ambos apresentam baixo custo e são abundantes no Espírito Santo, o que resolve também a questão do acúmulo destes resíduos agrícolas no meio ambiente.
Para realizar os testes, os cocos são recolhidos nas praias e levados em laboratório, onde retiram eventuais contaminantes. Depois eles são triturados em liquidificador industrial e acoplados a estações de tratamento de água servindo como um filtro.
"A água contaminada, passada através deste filtro para remoção dos poluentes, foi analisada e os resultados indicam que o mesocarpo do coco e o bagaço da cana são capazes de remover quantidades significativas de alguns poluentes", explica Ribeiro.
De acordo com o professor, a técnica com os resíduos do coco e da cana está em desenvolvimento para que em breve os componentes possam assumir a função de filtragem nas estação de tratamento.

O coordenador explica que a técnica é muito viável, pois o carvão ativado é o material utilizado nas estações, uma substância de custo elevado e que não remove todos os tipos de poluentes. 
 A pesquisa tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) que financiou o projeto ambiental e forneceu bolsas de Iniciação Científica, Iniciação Cientifica Júnior e Mestrado. Através do investimento, o grupo obteve equipamentos, reagentes, microcomputadores e vidrarias de laboratório. Com informações do Globo Rural.

Uma potência que cai


Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo
Fluminense campeão por antecipação, Palmeiras na segunda divisão. O que pior se espera de um campeonato de pontos corridos e com bloco de rebaixados aconteceu: um líder disparado que torna as últimas rodadas supérfluas, a não ser para quem ainda busca consolo na classificação para uma das competições satélites, e uma potência que cai.
Defendo, solitariamente, a tese de que deveria haver uma espécie de liga de intocáveis, clubes que por sua tradição e pelo tamanho e poder econômico da sua torcida estariam imunes ao vexame do rebaixamento. Isto não eliminaria o ascenso e o descenso, ainda haveria lugar para os times que vêm de baixo subirem na vida. Apenas os grandes clubes, por pior que fossem nos campeonatos, e por pior administrados, não correriam o risco de cair. Estariam, por assim dizer, protegidos da sua própria incompetência.
Minha tese não é elitista nem sentimental. Se baseia em frio raciocínio capitalista. Qual é a lógica de um negócio que de uma hora para outra mutila o seu próprio mercado, tirando de cena uma das suas maiores atrações e dispensando o seu público? Eu sei, eu sei. As estatísticas mostram que as grandes torcidas não abandonam o time rebaixado, antes reforçam a sua devoção para ajudar a tirá-lo do buraco. O que é muito bonito, mas não esconde o fato de que grandes organizações profissionais como o Palmeiras são obrigadas a se submeter a regras amadorísticas.
Shakespeare sabia que a morte de um comum pode ser trágica mas só a morte de reis dava boas peças. Uma potência que cai tem ressonâncias e implicações que fazem pensar, como a queda dos reis shakespearianos, na transitoriedade da glória fugaz, e nunca é um espetáculo menos que impressionante - mesmo que a imagem que perdure seja apenas a de uma torcedora enxugando as lágrimas com a camiseta do clube.
Mas eu não deveria estar escrevendo tudo isto. Ultimamente minha única alegria como torcedor tem sido a de poder dizer que, falem o que falarem dele, o Internacional jamais caiu para a segunda divisão.

Governo Paulista quer vender o Ibirapuera, do blog do Juca Kfouri


Por R$ 168 milhões o governo de São Paulo quer vender o Conjunto Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Parque do Ibirapuera, inaugurado em 1957, palco, por exemplo, dos Jogos Pan-Americanos de 1963, e objeto de formidável reforma no ano passado.
Trata-se de uma área de mais de 100 mil metros quadrados e com quase 90 mil metros quadrados de área construída.
A mesma tentativa, sete anos atrás, foi feita pelo mesmo governador Geraldo Alckmin, barrada, então, pela firme atuação do secretário de Esportes à época, Lars Grael.
A proposta visa irrigar a Companhia Paulista de Parcerias, com os recursos distribuídos para as Parcerias Público-Privadas no estado, e está contida no Projeto de Lei do Governador de São Paulo de número 650.
Outras 549 propriedades do governo paulista, por todo o Estado de São Paulo, estão postas à venda, segundo foi encaminhado à Assembleia Legislativa.
O texto que você lerá abaixo é do próprio governo paulista:
“O Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães é uma obra que orgulha muito o Governo do Estado de São Paulo. Com aproximadamente 100 mil m² de área, é um dos maiores e mais equipados complexos desportivos da América Latina.
Palco da realização de inúmeros eventos esportivos, culturais e de lazer, agrega uma estrutura que compreende o Ginásio Geraldo José de Almeida (mais conhecido como Ginásio do Ibirapuera), o Estádio Ícaro de Castro Mello, o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo, o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro e o Palácio do Judô.
O conjunto possui um alojamento par 340 pessoas, tem três auditórios para 300 pessoas, três salas de condicionamento físico, sala de arco e flecha, uma pequena pista de corrida, parque para recreação, três quadras oficiais de tênis, duas quadras poliesportivas descobertas e estacionamento par 550 veículos
Recebe o nome de um dos mais respeitados homens do esporte nacional: Constâncio Vaz Guimarães, advogado e procurador fiscal que dedicou 46 anos de vida ao esporte. Decatleta, profundo conhecedor do atletismo, entre outros feitos de destaque, foi nomeado presidente da delegação Olímpica nos jogos de Berlim, em 1936.
No local funciona ainda o programa olímpico Projeto Centro de Excelência, que desde sua criação em 1984 atende atletas oriundos de todo Estado em regime de internato e atendimento integral, nas modalidades de judô, atletismo, natação e voleibol.
O Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães está localizado na Rua Manoel da Nóbrega, 1361″.
Em região altamente valorizada e às vésperas de o país receber os Jogos Olímpicos, o governo tucano quer se desfazer de um patrimônio desse quilate.
E não se trata de privatizá-lo, mas, sim, de vendê-lo, pura e simplesmente, certamente para que se construam novos espigões na congestionada cidade que não pode parar, e está parando, numa de suas poucas áreas agradáveis.
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