quinta-feira, 18 de março de 2021

'Quem está se queixando não tem do que reclamar', diz secretária de Doria - FSP

 

SÃO PAULO

Poucos minutos após ser anunciada nesta quarta (17), a decisão do governo Doria de voltar a reduzir ICMS de leite e carne vendidos a estabelecimentos enquadrados no Simples gerou lamentos. É que alguns grandes produtores e varejistas também queriam o benefício.

Mas a ajuda é para os pequenos mesmo.

“Quem está reclamando não tem do que reclamar. O momento é de solidariedade e espírito coletivo”, diz a secretária do Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

Os produtores de alimentos em geral e supermercados, que não tiveram as atividades interrompidas na pandemia, e até cresceram, não deveriam se queixar, segundo a secretária. “Todos nós sabemos que o cobertor está curto e que a reforma foi necessária. Precisamos aumentar ainda mais investimentos em saúde e vacinas”, diz Ellen.

Cristiano Melles, presidente da ANR, uma das associações do setor que reúne grandes restaurantes, também reclamou. Ele disse que a medida é só um recuo de Doria e não resolve o problema. “Sendo São Paulo o estado mais rico, ele deveria começar um processo de auxílio, como fizeram o Piauí e o Ceará. Tem que apoiar os funcion ários do setor, quem está na base”, afirmou Melles ao Painel S.A..

Os governadores petistas do Ceará, Camilo Santana, e do Piauí, Wellington Dias, anunciaram neste mês uma série de medidas para os bares e restaurantes, com pagamento de auxílio emergencial de duas parcelas de R$ 500 para os trabalhadores.

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Patrícia Ellen diz que São Paulo ouviu o setor e atendeu. “O que eles pediram foi, prioritariamente, o crédito da Desenvolve-SP. Nós adicionamos o auxílio ao pequeno empresário pelo Banco do Povo, atendendo pleitos de outros setores, principalmente cabeleireiros, academias, que pediram microcrédito a juro baixíssimo e sem certidão negativa de débito”, afirma.

Sobre o recurso aos trabalhadores, a secretária diz que o programa paulista para os desempregados é o bolsa-trabalho, que pretende pagar de R$ 450 até um salário e deve passar pela Assembleia Legislativa na semana que vem. “Estamos rodando com auxílio de R$ 330. Queremos passar a lei para aumentar.”

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