quinta-feira, 25 de março de 2021

Grupo usou nome da AstraZeneca para tentar enganar governo em venda de 250 milhões de vacinas de Covid-19, FSP

 

Alvo da Polícia Federal nesta quinta-feira (25), o empresário Christian Pinto Faria se valeu de um documento falso de exclusividade com a farmacêutica AstraZeneca para oferecer 250 milhões de doses de vacinas para o Ministério da Saúde, segundo a investigação.

Faria se apresentou à pasta em janeiro deste ano por meio de um email em que dizia ter exclusividade da farmacêutica inglesa para vender as vacinas.

Após o primeiro contato, o empresário também enviou ao secretário executivo da Saúde Élcio Franco uma mensagem de celular com a oferta.

As conversas resultaram em uma reunião realizada em 23 de fevereiro. Segundo a PF, antes do encontro o ministério procurou a AstraZeneca que negou a existência de contrato com a empresa de Faria, chamada Biomedic.

O empresário foi confrontado com a informação durante o encontro, confirmou não possuir contrato com a AstraZeneca, mas indicou um amigo, também presente na reunião, cuja empresa teria a tal exclusividade para comercialização da vacina.

“A abordagem não contava com a diligência do Ministério da Saúde Junto ao Laboratório Astrazeneca, que, enfaticamente, informou que o documento de exclusividade apresentado pela Biomedic é falso”, diz o MPF ao se manifestar favorável às buscas contra Faria e sua empresa.

Segundo a PF, há duas possibilidades: ou a vacina a ser vendida não era da AstraZeneca, sendo uma possível substância falsificada, ou o produto sequer existia.

Vacina da farmacêutica inglesa AstraZeneca
Vacina da farmacêutica inglesa AstraZeneca - REUTERS

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