A Federação Paulista sugeriu usar o futebol para aumentar a divulgação para ficar em casa, em vez de haver aglomerações. Argumentou que o futebol não incentiva as reuniões de torcedores -- na verdade, a Polícia é que não fiscaliza, como os cassinos. Mas o Procurador Geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, argumentou que o Brasil não é como a Inglaterra ou Portugal, e afirmou que... as pessoas se aglomeram em casa para ver futebol.
Ora... Então tem de acabar com o Netflix. Com o Big Brother.
O procurador vai querer cancelar todos os aniversários.
Ninguém aqui vai querer dizer que o futebol tem de funcionar. Pode-se dizer que os governos britânico, português e italiano entenderam que, mesmo com lockdown, o efeito do futebol é mínimo. Carlos Starling, integrante do comitê de saúde de Belo Horizonte, disse na segunda-feira, em entrevista à ESPN, que os estudos da prefeitura da capital mineira, assim como da Alemanha, indicam que o contágio do futebol não tem nada a ver com o da sociedade.
Durante a reunião com o Ministério Público, a Federação Paulista indicou números que indicam que o futebol tem contágio mínimo, inclusive comparando com índices propostos pela Organização Mundial de Saúde para qualquer país ou setor.
Em Portugal, o governo fechou as pessoas em casa, diminuiu o número de casos de quase oito mil para 790 por dia em duas semanas, manteve o futebol, apesar do lockdown. Ontem, as restrições começaram a ser abrandadas. O futebol seguiu.
O cassino do Estoril, legalizado, estava fechado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário