terça-feira, 26 de janeiro de 2021

RODRIGO GARCIA Ciência e pesquisa intactas em São Paulo, FSP

 Rodrigo Garcia

Vice-governador (DEM) e secretário de Governo do estado de São Paulo

Os desafios enfrentados pelo estado de São Paulo ao longo do ano de 2020 não foram exclusividade paulista. No Brasil e no mundo, a pandemia do novo coronavírus traduziu-se em relevantes custos econômicos, sociais e humanos. Assim como no resto do planeta, enfrentamos meses difíceis e trabalhamos sem descanso por dias melhores.

No caso de São Paulo, contudo, a pandemia também serviu para reafirmar princípios caros à gestão João Doria (PSDB). Para além de uma administração compromissada com o bem-estar e a saúde da população, tivemos a oportunidade de reforçar nosso compromisso com a ciência e a pesquisa. O decreto 65.438/2020, publicado no dia 31 de dezembro, garante a integralidade do repasse dos recursos destinados à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e às universidades estaduais paulistas. Mesmo em um momento de grande desafio fiscal, culminante com uma reforma administrativa que poupa o equivalente a R$ 7 bilhões para fazer frente a diversas restrições orçamentárias, ciência e pesquisa permaneceram intactas.

Além do decreto 65.438, que realoca cerca de R$ 1,2 bilhão para a Fapesp e as universidades estaduais paulistas, a Lei Orçamentária Anual de 2021 ainda estabelece que os recursos destinados para a fundação são aqueles definidos pelo artigo 271 da Constituição Estadual. Na prática, reassegura-se por lei que a Fapesp receberá, mensalmente, 1% de toda a receita tributária líquida do estado de São Paulo.

Contrariamente ao que foi divulgado diversas vezes ao longo do ano passado, não há, por parte do governo do estado, nenhuma limitação da autonomia da Fapesp ou das universidades. Em suma, não houve e nem haverá a aplicação da chamada Desvinculação de Receitas de Estados e Municípios (Drem).

O compromisso com a pesquisa e a inovação fica evidente também no conjunto de ações atualmente desenvolvidas entre o governo e a Fapesp. Um exemplo concreto é o programa Ciência para o Desenvolvimento, voltado para a resolução de desafios do poder público. Em seu primeiro edital, destinou R$ 88 milhões para 12 projetos que atendem demandas em áreas como segurança, agricultura, saúde e educação.

Há também novos programas em fase de construção entre diversas secretarias de estado e a Fapesp, para os quais está previsto um investimento inédito de cerca de meio bilhão de reais até o final de 2022, a ser alocado em iniciativas prioritárias de políticas públicas.

PUBLICIDADE

O anúncio da vacina do Butantan confirma que investir na ciência é a única alternativa para vencermos a pandemia e avançarmos como país. A utilização de novas tecnologias na administração pública, diretamente ou através de parcerias público-privadas na pesquisa aplicada, é capaz de garantir o acesso da população mais vulnerável a diferentes serviços públicos, reduzindo desigualdades e redistribuindo oportunidades. Somente assim lograremos uma rápida recuperação econômica e o estabelecimento de um modelo de desenvolvimento inclusivo, inovador e sustentável.

Muita coisa mudou na pandemia, mas não a convicção de investir na ciência para um futuro melhor.

TENDÊNCIAS / DEBATES
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contem

Quanto custariam os 10 veículos mais vendidos do Brasil com os impostos aplicados nos EUA e na Alemanha?, OESP

 Nesta segunda-feira, o presidente da Volkswagen do Brasil e América Latina, Pablo Di Si, apontou que 54% do valor de um automóvel é apenas imposto. O executivo também defendeu a redução de impostos em vez da concessão benefícios fiscais. Com isso, resolvemos simular quanto custariam os 10 veículos mais vendidos em 2020 caso embutissem em seu valor a carga tributária utilizada nos EUA, que em média é de 7%, e na Alemanha, que é aproximadamente 16%.

10ª posição – Fiat Toro

Atualmente, a picape pequena/média, a partir de R$ 106.785, na versão Endurance com motor 1.8 de 139 cv e câmbio manual e vai até R$ 182.559 na configuração Ultra com motor 2.0 de 170 cv. Contudo, sem a carga tributária de 54%, o veículo sairia por R$ 49.121 na configuração de entrada e por R$ 83.97 na topo de linha.

  • Valor aproximado da picape com a carga tributária dos EUA: a partir de R$ 52.559
  • Valor aproximado com a carga tributária da Alemanha: a partir de R$ 56.980

9ª posição – Jeep Renegade

Por aqui, o SUV de entrada da Jeep não sai por menos de R$ 85.429 na versão STD com motor 1.8 flex de até 139 cv e câmbio automático. Excluindo os possíveis 54% de impostos, o veículo seria oferecido por cerca de R$ 39.297.

Mas, caso o cliente prefira pelo motor a diesel, a versão Moab de entrada não sai por menos de R$ 149.134. Preço esse que cairia para R$ 68.601, valor de um Onix automático.

  • Valor aproximado do Renegade flex com a carga tributária dos EUA: a partir de R$ 42.047
  • Valor aproximado do Renegade flex com a carga tributária da Alemanha: a partir de R$ 45.584

8ª posição – Volkswagen T-Cross

Volkswagen-T-Cross-tras2 eua

Embora ele seja o utilitário esportivo mais vendido da Volkswagen, o T-Cross passou por consecutivos aumentos de preço no ano passado. Isso fez que sua versão de entrada, ainda com câmbio manual, custasse R$ 97.490. Ou seja, quem opta por câmbio automático, irá gastar mais de R$ 100 mil.

Utilizando como exemplo a variante 200 TSI, de 116 cv e câmbio automático de 6 velocidades, que hoje custa R$ 105.490, ela custaria R$ 48.525 sem os 54% em impostos. Ou seja, o preço de um Renault Kwid.

  • Valor aproximado do SUV com a carga tributária dos EUA: a partir de R$ 51.922
  • Valor aproximado do SUV com a carga tributária da Alemanha: a partir de R$ 56.289

7ª posição – Fiat Argo

O hatch mais vendido da Fiat em 2020 registrou um aumento de preço de até R$ 2.700 quando trocou de linha e trouxe sutis mudanças. Desde então, a versão 1.0 Flex que dispõe do 1.0 três-cilindros de até 77 cv subiu de R$ 53.990 para R$ 56.420. Se calculássemos o preço do hatch sem os impostos, seu valor de entrada ficaria em R$ 25.953, aproximadamente.

  • Valor aproximado do Argo com a carga tributária dos EUA: a partir de R$ 27.769
  • Valor aproximado do Argo com a carga tributária da Alemanha: a partir de R$ 30.105

6ª posição – Ford Ka

Ford-Ka-frente3 eua

O recém-aposentado hatch da Ford ainda é oferecido por R$ 51.990 na configuração mais barata S 1.0, cuja utiliza o motor 1.0 três-cilindros de até 85 cv e câmbio manual. Descontando todos os impostos aplicados no Brasil, o cliente pagaria cerca de R$ 23.915 pelo Ka.

  • Valor aproximado do Ka com a carga tributária dos EUA: a partir de R$ 25.589
  • Valor aproximado do Ka com a carga tributária da Alemanha: a partir de R$ 27.741

5ª posição – Volkswagen Gol

Com boa saída para locadoras pelo custo-benefício, o longevo carro da Volkswagen é vendido em duas configurações. Assim, seu preço não sai por menos de R$ 54.150, na variante 1.0 que oferece o motor 1.0 três-cilindros de até 75 cv com câmbio manual. Desse modo, sem impostos inclusos, o valor diminui para aproximadamente R$ 24.909.

  • Valor aproximado do Gol com a carga tributária dos EUA: a partir de R$ 26.652
  • Valor aproximado do Gol com a carga tributária da Alemanha: a partir de R$ 28.894

4ª posição – Fiat Strada

fiat strada eua

Logo quando a nova geração da Strada surgiu, a Fiat anunciou que pretendia tornar o veículo como o mais vendido no Brasil. Provavelmente, sem a pesada carga de impostos, a picape conseguiria emplacar bem mais do que atualmente.

Hoje, o utilitário não sai por menos de R$ 68.667, preço trabalhado na versão Endurance de duas portas com motor 1.4 de 88 cv e câmbio manual. Contudo, seu valor onerado de tributos fica em aproximadamente R$ 31.586.

  • Valor aproximado da picape com a carga tributária dos EUA: a partir de R$ 33.798
  • Valor aproximado da picape com a carga tributária da Alemanha: a partir de R$ 36.639

3ª posição – Chevrolet Onix Plus

Mal começou o ano e o sedã mais vendido no país encareceu. Isto é, a versão de entrada LT, com motor 1.0 aspirado e câmbio manual não sai por menos de R$ 66.190. Caso o cliente opte pelo motor 1.0 turbo e câmbio automático, pagará R$ 68.390. No entanto, se subtrairmos o percentual tributário, o veículo custará R$ 30.447 e R$ 31.459 com motor turbinado.

  • Valor aproximado do sedã com a carga tributária dos EUA: a partir de R$ 32.579
  • Valor aproximado do sedã com a carga tributária da Alemanha: a partir de R$ 35.318

2ª posição – Hyundai HB20

O hatch oferece três opções de motores para seus clientes. O primeiro traz o motor 1.0 flex aspirado de três cilindros e até 80 cv, com câmbio manual, enquanto o segundo leva o 1.6 flex aspirado, de até 130 cv e o terceiro utiliza o novo motor 1.0 turbo de até 120 cv.

A versão de entrada e a com maior volume de vendas, contudo, usa o motor aspirado de menor potência. Além disso, não sai por menos de R$ 52.290. Nesse caso, sem impostos, o HB20 Sense custaria cerca de R$ 24.053.

  • Valor aproximado do HB20 com a carga tributária dos EUA: a partir de R$ 25.737
  • Valor aproximado do HB20 com a carga tributária da Alemanha: a partir de R$ 27.901

1ª posição – Chevrolet Onix

O líder de vendas há mais de cinco anos soma mais de 135 mil unidades emplacadas. Todavia, o número de vendas poderia disparar caso o preço do hatch fosse metade do oferecido hoje. Isso porque, a versão de entrada com motor 1.0 aspirado de 78 cv e câmbio manual de seis marchas que custa R$ 60.790, poderia sair por R$ 27.963.

Assim, na mesma simulação, a versão de entrada com motor 1.0 turbo e câmbio automático que hoje é oferecida por R$ 65.390, teria o preço abatido para R$ 30.079

  • Valor aproximado do Onix com a carga tributária dos EUA: a partir de R$ 29.920
  • Valor aproximado do Onix com a carga tributária da Alemanha: a partir de R$ 32.437