domingo, 13 de outubro de 2024

A ideia de colocar Flávio Bolsonaro na cabeça de chapa, FSP

Há dois meses, circulava no entorno de Jair Bolsonaro a ideia de se colocar sua mulher, Michelle, na vice de um candidato conservador à Presidência da República. Isso na hipótese provável de ele não se livrar da inelegibilidade.

Não se pode dizer se a nova variante apareceu antes ou depois da eleição municipal mas, hoje, circula a ideia de se colocar seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, na cabeça da chapa.

Essa manobra só deu certo em 1831, quando d. Pedro 1º foi para Portugal. À época o Brasil era uma monarquia.

Um homem em um terno escuro e gravata com padrão xadrez está falando em um microfone. Ele gesticula com a mão direita, enquanto a bandeira do Brasil está visível ao fundo
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) - Pedro Ladeira/Folhapress

BOA NOTÍCIA

As coisas boas também acontecem. Há três anos o Brasil vivia um pesadelo com um governo que insuflava os militares contra vacinas e urnas.

Depois do êxito do resgate de 1.500 brasileiros da Faixa de Gaza e de Israel, a Força Aérea já tirou outros 672 do Líbano e estima repatriar 3.000 pessoas.

Lula recebeu o primeiro grupo em Brasília e a operação segue, sem estardalhaço. Parece pouca coisa, mas outros países mais abonados disseram aos seus cidadãos que se virassem. Entre os resgatados pela FAB, vieram também argentinos e uruguaios.

A imagem mostra um homem abraçando um menino em um ambiente amplo, possivelmente um galpão ou armazém. O homem está com o rosto próximo ao menino, que parece estar se aconchegando em seu peito. O espaço ao fundo é iluminado, com várias cadeiras brancas dispostas e uma grande janela ao fundo.
Chegou na manhã desta terça-feira (8) o segundo voo de repatriados do Líbano com 227 passageiros e três animais de estimação no aeroporto de Guarulhos - Allison Sales/Folhapress

Em 2020, as coisas eram diferentes. No início da pandemia, a China fechou a cidade de Wuhan onde viviam 11 milhões de pessoas e algumas dezenas de brasileiros. No final de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro descartou a ideia de um resgate: "Custa caro um voo desses. Na linha, se for fretar um voo, acima de US$ 500 mil o custo. Pode ser pequeno para o tamanho do Orçamento brasileiro, mas precisa de aprovação do Congresso".

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Em fevereiro, o vírus já havia se espalhado e o governo mudou de ideia.

Fala o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em seu livro "Um Paciente Chamado Brasil":

"A operação foi montada para trazer 34 pessoas, mas foram usados quatro aviões e 120 pessoas para resgatá-las, um exagero. Eu disse aos militares que era prudente enviar o menor número de pessoas possível, mas mandaram gente do Exército até para filmar o resgate. [...] Montaram uma área de convivência onde os resgatados podiam se encontrar, coisa que ninguém nunca viu num confinamento de combate a uma epidemia. Havia um cinema onde todos ficaram juntos para assistir a um filme escolhido a dedo pelos militares: Epidemia." 

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