domingo, 13 de outubro de 2024

O dilema de Lula no segundo turno, ELio Gaspari, FSP

 Lula quis ficar longe da frigideira nas disputas pelo primeiro turno. Talvez tenha sido uma má ideia. Com 15 eleições em capitais na próxima rodada, a chapa esquentou.

Se ele entrar de cabeça, só poderá proclamar vitória onde tiver conseguido virar o jogo, e essas capitais parecem ser poucas.

Dois homens estão levantando os braços em sinal de celebração, com sorrisos no rosto. Um deles está vestindo uma camiseta vermelha com o número 50, enquanto o outro usa uma camiseta azul com um símbolo colorido. Ao fundo, há pessoas e bandeiras, sugerindo um evento político ou de apoio.
Lula em ato com Guilherme Boulos (PSOL), candidato que disputará a Prefeitura de São Paulo em segundo turno - Adriano Vizoni/Folhapress

CACHORROS GRANDES

Foi má a ideia do então ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski de trancar a ação que contestava a lisura dos 36 caças suecos Gripen. Como ensinou o juiz Louis Brandeis, a luz do Sol é o melhor detergente.

Passaram-se mais de dois anos e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos entrou no caso, pedindo informações aos fabricantes suecos.

O mercado mundial de armamentos é uma briga de cachorros grandes e os americanos não gostam de perder encomendas. O edital da compra dos jatos mexia com US$ 4,5 bilhões.

O pior que pode acontecer é um replay da promiscuidade de procuradores brasileiros com funcionários americanos durante a Lava Jato.

Nenhum comentário: