THE NEW YORK TIMES - Esta é a coluna mais curta que já escrevi — porque não é necessário muito para colocar coisas em foco:
Presidente Biden, o senhor se encontrou na quarta-feira com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, pela primeira vez desde que ele retornou à função, em dezembro. Ele formou o governo mais extremista na história de Israel e mesmo assim Washington está considerando forjar uma complexa parceria com a coalizão dele e a Arábia Saudita. Há enormes benefícios e riscos potenciais para os Estados Unidos. Eu espero que o senhor não vá adiante sem obter respostas satisfatórias de Netanyahu sobre três questões críticas — para que nós saibamos simplesmente com que Israel e com que Bibi estamos lidando:
1. Primeiro-ministro Netanyahu, seu acordo de coalizão de governo é o primeiro na história de Israel a definir a anexação da Cisjordânia como um de seus objetivos — ou, conforme afirma seu texto, aplicar “soberania (israelense) na Judeia e Samaria”. Mas anteriormente o senhor apoiou o plano de paz de Donald Trump para o Oriente Médio, que propôs dividir a Cisjordânia com Israel controlando aproximadamente 30% e o Estado palestino, 70%, mas com garantias de segurança estritas e sem contiguidade. O senhor pretende anexar a Cisjordânia? Sim ou não? Ou negociará com os palestinos sua futura configuração? Nós precisamos saber. Porque se o senhor pretende anexar, todos os acordos de normalização com Estados árabes colapsarão, e nós não seremos capazes de defendê-lo nas Nações Unidas de acusações de construir um Estado de apartheid.
2. Bibi, você declarou na primeira reunião deste seu gabinete, em dezembro, que suas prioridades incluem impedir o programa nuclear iraniano e expandir as crescentes relações de Israel com o mundo árabe. Mas nós vimos, em vez disso, você decidir priorizar um golpe contra o Judiciário para despir a Suprema Corte israelense de sua capacidade de responsabilizar seu governo pelos próprios atos. Isso, por sua vez, desgastou sua liderança militar, fraturou sua Força Aérea e suas elites de combatentes, dividiu amargamente sua sociedade e enfraqueceu suas alianças diplomáticas de Washington à Europa. O Irã, enquanto isso, movimentou-se com uma ofensiva diplomática remendando relações com todos os seus vizinhos árabes e furtando-lhe sucessos nesse campo. Por que nós deveríamos tornar o combate ao programa nuclear iraniano nossa prioridade quando o senhor não o faz?
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3. Primeiro-ministro, os sauditas estão prontos para fazer algo difícil: normalizar relações com Israel. Nós estamos fazendo algo difícil para ajudar a facilitar isto: forjando um tratado de defesa mútua com a Arábia Saudita. O que o senhor está disposto a fazer em relação aos palestinos para completar o acordo? Para nós, parece que o senhor não pretende correr nenhum risco político: quer que todos façam algo difícil exceto o senhor.
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