O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizou o resgate ao universalismo em sua política externa e que o Brasil está de volta para contribuir na resolução dos problemas globais durante o seu discurso que abriu a Assembleia-Geral da ONU. Ele também cobrou os países ricos, que mantenham a sua promessa de uma contribuição de US$ 100 milhões para o Fundo Amazônia. O mandatário brasileiro também sinalizou a necessidade de uma reforma na governança global.
Lula destacou a redução do desmatamento na Floresta Amazônica em seus oito meses de governo, afirmando que a floresta precisa de apoio estrangeiro. O presidente brasileiro cobrou os países do Ocidente, sinalizando que diversos países prometeram uma contribuição de US$ 100 milhões para a Amazônia, mas que a promessa não se tornou realidade. Lula afirmou que quer chegar a COP 28 em Dubai com metas estabelecidas e uma maior mobilização de recursos financeiros.
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O presidente brasileiro também criticou o embargo econômico a Cuba e ressaltou a importância de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU. Mencionou a Guerra na Ucrânia, bem como outros conflitos, reforçando que nenhuma solução será duradoura se não for pautada em diálogo.
Lula sinalizou que mantém a sua confiança na humanidade, da mesma forma que manteve durante o seu primeiro discurso na Assembleia-Geral, em 2003. Ele ressaltou programas sociais lançados por seus governos como o Bolsa Família, enfatizando o combate à pobreza e a desigualdade.
O presidente brasileiro também ponderou sobre a necessidade de uma nova governança global, citando a cúpula do Brics, que foi realizada em Johannesburgo, África do Sul.
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa na Assembleia-Geral da ONU em Nova York, Estados Unidos
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa na Assembleia-Geral da ONU em Nova York, Estados Unidos Foto: Justin Lane/ EFE
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Lula também criticou a prisão do jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks. Assange é alvo de 18 acusações nos Estados Unidos por revelar documentos confidenciais, principalmente na área militar. Entre os documentos vazados por meio do WikiLeaks, há denúncias de crimes de guerra e espionagem realizados pelo governo norte-americano em outros países, incluindo o Brasil.
Discurso
O presidente brasileiro abriu a rodada de discursos na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, depois de 14 anos. Tradicionalmente o Brasil é o primeiro a falar no evento, que está esvaziado em 2023, sem as presenças de políticos importantes como o presidente da China, Xi Jinping, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e o mandatário francês, Emmanuel Macron.
Depois do discurso de Lula, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá discursar no plenário da Assembleia-Geral, assim como o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Na quarta-feira, 20, o presidente brasileiro já tem reuniões agendadas com Biden e Zelenski.
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