Companhia entrou com pedido de licenciamento ambiental de 23 GW e estuda outros 14 GW em parceria com a Equinor
SÃO PAULO – A Petrobras entrou com pedido de licenciamento ambiental de 23 GW de projetos eólicos offshore, afirmou nesta quarta-feira (13/9) o presidente da empresa, Jean Paul Prates, durante o evento Brazil Windpower. Atualmente o Ibama tem 189 GW de empreendimentos em avaliação.
Desse total, sete áreas estão na região Nordeste (três no Rio Grande do Norte, três no Ceará e uma no Maranhão); duas no Sudeste (uma no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo) e uma no Sul do país (no Rio Grande do Sul).
O registro dos projetos do Ibama não garante preferência sobre as áreas. A regulamentação sobre a cessão das áreas está em discussão no Congresso.
Ao dar entrada com os empreendimentos no órgão ambiental, a Petrobras ultrapassa a Shizen, que hoje tem 17,4 GW de empreendimentos em licenciamento.
Os planos foram apresentados após anúncio da Petrobras de parceria para desenvolver um aerogerador onshore com a WEG de 7 MW de capacidade.
Prates afirmou que a Petrobras deve se tornar uma das maiores empresas globais integradas de energia, e que os investimentos em energia eólica fazem parte do plano de governo do Presidente Lula em direção à transição energética.
“Estamos trabalhando para reintroduzir a Petrobras no setor eólico desde antes da eleição”, disse.
“Estamos preparando a empresa para se tornar a maior desenvolvedora de projetos de energia eólica do Brasil. Somos a empresa que mais detém conhecimento do ambiente offshore brasileiro e temos tradição em operações marítimas que podem trazer sinergias relevantes aos projetos de eólica offshore.”
Parceria com Equinor
A companhia afirmou que planeja ter ao todo 30 GW de capacidade eólica. Isso inclui metade dos 14,5 GW de capacidade eólica offshore em parceria com a Equinor anunciados no início do ano.
O contrato com a petroleira norueguesa prevê a avaliação da viabilidade de parques eólicos de Mangará (na costa do Piauí); Ibitucatu (costa do Ceará); Colibri (fronteira litorânea entre o Rio Grande do Norte e Ceará), além de Atobá e Ibituassu (ambos na costa do Rio Grande do Sul). O prazo de vigência da parceria vai até 2028.
Plano estratégico
No plano estratégico 2023-2027 da Petrobras, a eólica offshore é um dos segmentos priorizados para estudos aprofundados.
Desde que assumiu o comando da companhia, Prates tem reforçado o interesse de ampliar os esforços da petroleira na diversificação de negócios, de olho nas oportunidades trazidas pela transição energética. Especialmente as atividades que guardam sinergias com óleo e gás.
Recentemente, a petroleira lançou uma nova campanha de medição eólica offshore a partir de plataformas de petróleo em águas rasas no litoral dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Espírito Santo. A petroleira está instalando sensores Light Detection and Ranging (LiDAR) em seis unidades de produção.
A campanha de medição anemométrica vai durar três anos e dará subsídios para a instalação de parques eólicos na costa brasileira.
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Petroleira entrou com pedido de licenciamento de dez projetos, afirmou nesta quarta (13/9) o presidente da empresa, Jean Paul Prates. Do total, sete áreas estão no Nordeste, duas no Sudeste e uma no Sul. Atualmente o Ibama tem 189 GW em projetos em avaliação.
E avalia aquisições. O diretor de Transição Energética, Maurício Tolmasquim, ressaltou que os investimentos na geração renovável passam pela análise da compra de parques eólicos onshore e o desenvolvimento de novos projetos em parceria com outras empresas:
-- “A gente está olhando também a possibilidade de, no exterior, entrar minoritariamente em parques eólicos offshore para, enquanto não sai a lei no Brasil, a gente ganhar experiências. Então, a gente está analisando também. Mas o nosso foco maior é aqui no Brasil”
Parceria com a WEG. Empresas anunciaram nesta quarta (13/9) um acordo para o desenvolvimento de um aerogerador onshore com capacidade de 7 MW. Será a maior turbina eólica fabricada no Brasil.
– A petroleira investirá R$ 130 milhões no projeto. A WEG prevê que o aerogerador poderá ser produzido em série a partir de 2025.
– A Petrobras justifica o investimento sob a alegação de que espera ampliar seu conhecimento tecnológico para aplicação posterior na geração eólica offshore. Na véspera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que conta com a Petrobras para ajudar no desenvolvimento da cadeia produtiva do setor.
Hidrogênio verde pode gerar até US$ 5 bi/ano ao Brasil, diz BCG. País pode ser o 3º com o melhor custo-benefício para exportação de hidrogênio de baixo carbono, atrás dos Estados Unidos e Canadá.
– De acordo com a consultoria, o Brasil tem o potencial de mercado para o uso de hidrogênio verde que pode chegar 1,5 megatoneladas em 2030, tanto para o uso em transportes de longa distância, quanto para fertilizantes, enriquecimento de materiais e como substituição a combustíveis fósseis em indústrias.
Energia solar: usinas centralizadas ultrapassam 10 GW no Brasil. Em agosto, 15 plantas fotovoltaicas entraram em operação, com 744,7 MW de capacidade, segundo a Aneel. Com isso, a energia solar já responde por 5% de toda a potência do país, de 195 GW. Veja o ranking dos estados com maior capacidade instalada.
UE abre investigação sobre subsídios chineses a carros elétricos. A Comissão Europeia critica o uso de subsídios do governo da China para apoiar "artificialmente" a expansão global de suas montadoras. A investigação reflete a preocupação crescente da Europa sobre o impacto de produtos mais baratos da China na indústria doméstica do bloco. A investigação, não necessariamente, resultará na imposição de tarifas.
Sigma Lithium avalia propostas de aquisição. Conselho de Administração da mineradora canadense, que faz extração e industrialização de lítio no Brasil, iniciou uma revisão estratégica após receber propostas pela empresa.
-- A Sigma Lithium diz que recebeu uma série de ofertas, tanto pela empresa como um todo, quanto pela subsidiária Sigma Brazil (Sigma Mineração) e pelo projeto Grota do Cirilo, no Vale do Jequitinhonha (MG).
STJ mantém multa contra Petrobras por acidente ambiental. O Superior Tribunal de Justiça manteve uma punição aplicada pelo Ibama, no valor de R$ 5 milhões, pela explosão e naufrágio em 2001 da plataforma P-36, a maior produtora de petróleo em alto-mar do mundo à época. As duas explosões ocorridas na plataforma deixaram 11 mortos no Rio de Janeiro. A estrutura foi a pique carregada de óleo.
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