Ibrahim Sued, que era pobre e ficou rico com sua coluna social, dizia que sua dinastia começava com ele. Isso de fato aconteceu, mas, quando Ibrahim morreu, em 1995, sua dinastia morreu com ele. Por sorte, o Brasil tinha dinastias mais sólidas, com aqueles nomes compostos que todos sabiam pertencer aos capitães da indústria, das finanças ou do society, como os Monteiro de Carvalho, os Peixoto de Castro, os Mello Alves, os Guilherme da Silveira, os Orleans e Bragança. Mas elas também sumiram.
Os colunistas de hoje estão mais atentos aos líderes das possíveis novas dinastias, todos já com admiradores na casa dos milhões. Vide o sr. Iran Luva de Pedreiro, youtuber e influenciador internacional, na flor dos seus 21 anos; o sr. Antonio Cara de Sapato, ex-BBB e ex-lutador de MMA; e o sr. Gil do Vigor, também ex-BBB, criador da dança do tchaki-tchaki e autor do livro "Tem que Vigorar! Como me Aceitei, Venci na Vida e Realizei Meus Sonhos". Dizem que o sr. Vigor tem aspirações à Presidência.
Políticos há vários notáveis. O sr. Yuri do Paredão, no noticiário há dias ao ser convidado a desligar-se do PL por ter feito um "L" pelo presidente Lula. O sr. Emerson Boca Aberta, cujo filho, sr. Boca Aberta Jr., é também político. Há pouco, o sr. Boca Aberta se destacou por sua querela física com o deputado sr. Arthur Mamãe Falei, pelas ruas de Londrina. E, claro, o sr. André Fufuca, dito Fufuquinha, filho do sr. Fufuca Dantas, atual prefeito de Alto Alegre do Pindaré (MA). O sr. Fufuca é um forte ministeriável de Lula.
Promissora dinastia é a da sra. Dani do Waguinho, ex-ministra do Turismo e casada com o sr. Waguinho, prefeito de Belford Roxo (RJ), que tem como secretária da Cidadania sua irmã Fabiana do Waguinho. E não se pode esquecer, claro, o governador do Paraná, sr. Ratinho Jr., filho do sr. Ratinho, estimado animador de auditório.
É o novo Brasil!
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