O GASBOL VAI FICAR VAZIO? A TBG esclareceu à agência epbr que a redução da entrada de gás boliviano por Corumbá tem sido compensada por recebimento regular de gás natural pela EMED Gascar – onde a malha da TBG se conecta à malha da NTS. Significa dizer, na prática, que a Petrobras tem injetado mais gás nacional – e GNL importado – na TBG, para compensar a queda dos volumes bolivianos. Nenhum ajuste na malha, segundo a TBG, foi necessário até o momento; nem o uso do serviço de balanceamento do sistema – contratado junto à Galp. Numa perspectiva de mais longo prazo, contudo, a TBG enxerga a necessidade de mudanças no sistema. “A TBG vem estudando soluções, inclusive discutindo com o mercado e a ANP, para a possível alteração da logística de atendimento ao seu mercado, tendo em conta também as alternativas de fontes de suprimento (gás proveniente do pré-sal, GNL e gás argentino, via Bolívia ou pelo sul do país)”, citou, em nota. Uma das mudanças previstas, frente ao declínio do gás boliviano, é o aumento da capacidade da interconexão das malhas de gasodutos da NTS e TBG. A NTS espera tomar este ano a decisão de investimento sobre a 1ª fase do projeto “Corredor Pré-Sal”, que prevê aumentar a capacidade de oferta de gás do pré-sal no Gasbol. A 1ª etapa (uma nova estação de compressão) está prevista para entre 2025 e 2026; e o projeto como um todo deve ficar pronto a partir de 2028, ampliando, para 25 milhões de m3/dia a capacidade de entrega ao gasoduto binacional. E o trecho Norte? A entrada crescente do gás do pré-sal no Gasbol tende a preencher o trecho Sul do gasoduto, mas há dúvidas hoje sobre a capacidade de preenchimento do trecho do Mato Grosso do Sul – onde a bitola é maior e a demanda menor. O risco é que esse pedaço do Gasbol fique ocioso. A importação de gás argentino, via Bolívia, é a alternativa para reocupar o duto. |
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