O Rio ainda é a cidade brasileira mais conhecida no mundo, segundo recente levantamento da Embratur. Só que a porta de entrada de estrangeiros no país é São Paulo –796,2 mil visitantes de janeiro a abril deste ano, contra 473,3 mil no Rio. A explicação está no Galeão, que opera só com 20% de sua capacidade.
Mesmo assim, a cidade já recebeu e irá receber mais de 200 eventos culturais neste ano. Até as ruas do centro histórico, abandonadas desde antes da pandemia, voltaram a ter gente passeando nos fins de semana e frequentando as rodas de samba nos bares. Outro dia, o prefeito Eduardo Paes deu uma canja na rua do Ouvidor. Desafinou, mas acertou as letras; dançou como boneco de posto; foi aplaudido.
A programação geral inclui feiras, congressos, competições esportivas, shows e festivais. Para este sábado (26), a prefeitura prevê que uma apresentação do DJ Alok para celebrar o centenário do Copacabana Palace poderá atrair um milhão de pessoas –se a chuva e o Cacique Cobra Coral deixarem. Haverá bloqueios com revistas e detectores de metais nas vias de acesso à praia, 20 torres de vigilância, 43 carros da PM espalhados pelo bairro, fiscais de xixi e um esquema especial de trânsito.
O compositor Beto Sem Braço costumava dizer que não se faz festa porque a vida é boa, mas pela razão inversa. O carioca sabe que na segunda tudo voltará ao normal e ele terá de enfrentar um transporte público indecente e um trânsito enlouquecido, além da insegurança nossa de cada dia.
Apesar de tantos problemas, o grande debate atual envolve as bikes elétricas, que chegaram para substituir a moda das patinetes também elétricas e cuja velocidade pode atingir 50 km/h. Elas devem ou não circular nas ciclovias? A Câmara é contra, Paes é a favor. Se ao menos os ciclistas motorizados deixassem de transitar nas calçadas, tirando fino dos pedestres, já seria um avanço civilizatório.
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