O general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, tornou-se um espinho no pé do governo.
Noves fora o fato de ter recebido mais de dez alertas da Abin antes das invasões do dia 8 de janeiro, fica difícil entender porque ele achou que a situação era normal se, às 8h12 do dia 6, sentindo cheiro de queimado, retransmitiu à Agência uma mensagem do grupo Patriotas, que dizia o seguinte:
"Vamos atuar em 3 frentes.
1ª frente: acampar em frente às distribuidoras nas cidades (não tem combustível, ninguém trabalha).
2ª frente: fechar a entrada dos 3 Poderes em Brasília: Executivo, Legislativo e Judiciário (quem puder ir para Brasília, vá!).
3ª frente: quem estiver em lugares afastados, fiquem nos quartéis!"
Vale lembrar que às 8h15 o diretor da Abin, Saulo Cunha, respondeu a G. Dias: "Ao que tudo indica, são bravatas".
Às 18h19 um grupo anunciava: "Festa da Selma nesse fim de semana no Plano Alto !!! Sem hora pra terminar Bora !!!"
Cunha argumentava que não haviam chegado ônibus fretados a Brasília.
À CPI G. Dias disse que nas mensagens dos dias 2 a 7 "não havia informações relevantes".
Até as 9h43 do dia 7, a PM de Brasília havia monitorado a chegada de 18 ônibus, com cerca de 600 pessoas. Às 18h17, os ônibus eram 74 e haviam trazido 5.500 pessoas.
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