terça-feira, 29 de abril de 2025

Light reúne outlets; Pátio Paulista atende estudantes e trabalhadores do entorno, FSP

 

São Paulo

É a segunda vez que a edição O Melhor de São Paulo Serviços traz a categoria melhor shopping do centro da cidade —e, de novo, o Shopping Light sobe ao pódio, com 13% das menções espontâneas.

Só que desta vez divide a vitória com o Pátio Paulista. Apontado por 11% dos entrevistados —empate dentro da margem de erro da pesquisa, de três pontos para mais ou para menos—, o shopping se destacou entre os moradores do centro, onde obteve 45% das menções.

Em uma região da cidade onde a população flutuante é mais numerosa do que a de moradores, os dois shoppings concorrem explorando nichos distintos.

A imagem mostra uma escada rolante em um ambiente interno, com várias pessoas descendo. Algumas figuras estão em movimento, resultando em um efeito de desfoque. Ao fundo, há uma área com mesas e cadeiras, possivelmente um café ou restaurante, e uma parede com aberturas em forma de arco. O ambiente é bem iluminado, com um design moderno.
Frequentadores do Shopping Light, no centro de São Paulo, descem por escada rolante - Jardiel Carvalho/Folhapress

O Light, que recebe 25 mil pessoas por dia, abriga mais de uma dezena de outlets de grandes marcas, que acenam com descontos de até 70%. O primeiro a se instalar por ali, da Nike, inaugurado em 2010, acabou atraindo outras grifes de peso, como Adidas, Calvin Klein, Fila, Lacoste, Carmen Steffens e Vans.

De acordo com Rhuann Destro, gerente de marketing da Gazit Brasil, que administra o shopping, a concentração de outlets não é fruto do acaso.

"Foi uma estratégia pensada com base no comportamento do consumidor do centro, que busca preço prioritariamente. Nosso índice de conversão é superior a 70%, semelhante ao dos outlets tradicionais", diz o executivo.

Já o Pátio Paulista, localizado em plena avenida Paulista, precisa ter sempre algo novo a mostrar. Segundo o gerente de marketing, Gabriel Lima, o empreendimento atrai tanto turistas quanto trabalhadores e estudantes da região, que costumam visitar o shopping quatro vezes por semana, em média.

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"Esse público diverso se reflete no nosso mix de lojas e serviços, focado em conveniência, bem-estar e experiências. Lojas nacionais e internacionais, restaurantes com cardápio executivo e opções de beleza express fazem parte da curadoria estratégica", enumera.

Ao pacote, o Pátio Paulista soma uma vasta programação cultural inteiramente gratuita. As mostras mais recentes —Renoir, Egito Antigo, Império Romano, Imigração Japonesa e Planeta Inseto— atraíram mais de 80 mil visitantes, segundo Lima.

Os novos empreendimentos residenciais na área do Pátio Paulista aumentam o potencial de atratividade do shopping. Oferecemos praticidade e segurança para quem precisa resolver a vida de forma rápida durante a semana, mas também proporcionamos um ambiente acolhedor para as famílias nos fins de semana

Gabriel Lima

gerente de marketing do Shopping Pátio Paulista

Receber esse reconhecimento, por mais um ano, é uma grande satisfação para nós do Shopping Light. O prêmio reflete o nosso compromisso de oferecer uma experiência de compras diversa, acessível e conectada com a cidade, além de contribuir para transformar o centro histórico de São Paulo em um ponto cada vez mais vibrante e valorizado

Rhuann Destro

gerente de marketing da Gazit Brasil, administradora do Shopping Light

Vamos às últimas consequências para colocar na prisão responsáveis por fraude no INSS, diz Lewandowski, FSP

 

Brasília

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (29) que os responsáveis por fraudes no INSS não ficarão impunes e prometeu que a pasta irá "às últimas consequências" para responsabilizar os envolvidos.

Durante audiência na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados —a primeira com sua presença desde que o colegiado passou a ser presidido pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP)— Lewandowski classificou os crimes como hediondos por atingirem a população mais vulnerável.

Ministro da Justiça Ricardo Lewandowski diz que vai às últimas consequências para colocar na prisão todos os responsáveis pelos crimes hediondos cometidos na fraude do INSS - Pedro Ladeira - 23.abr.2025/Folhapress

"Nós vamos às últimas consequências para colocar na prisão todos os responsáveis pelos crimes hediondos. Não mediremos esforços, e todos aqueles que tiverem responsabilidade pagarão, custe o que custar, atinja a quem atingir", disse.

Na última quarta-feira (23), a PF e a CGU (Controladoria-Geral da União) realizaram a operação Sem Desconto, para combater fraudes em descontos de aposentadorias e pensões.

Entre 2019 e 2024, a soma dos valores descontados de benefícios do INSS por diversas associações chega a R$ 6,3 bilhões, mas ainda será apurado qual porcentagem foi feita de forma ilegal, segundo as investigações.

Durante a audiência, Lewandowski também foi questionado por parlamentares sobre a contratação do escritório de advocacia Henrique Lewandowski, que pertence ao seu filho, por uma das entidades investigadas pela Polícia Federal no esquema de fraudes no INSS.

O Cebap (Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas) firmou contrato com o escritório em dezembro do ano passado, segundo revelou o site Metrópoles.

Em resposta, o ministro afirmou que diversos escritórios foram contratados por empresas com o objetivo de regularizar questões administrativas, o que, segundo ele, é uma prática legal.

"Eu posso assegurar aos senhores que não há dos referidos escritórios de advocacia nenhuma atuação no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, não há nenhuma petição, nenhuma audiência, nenhum requerimento, nada que possa comprometer a autonomia do Ministério da Justiça", sem citar o escritório do filho especificamente.

Durante a participação do ministro, uma confusão teve início durante a fala do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), que questionou o ministro se ele não se sentia constrangido por integrar o governo do presidente Lula (PT), a quem se referiu como "descondenado".

O parlamentar também acusou o governo de "importar corruptos", em referência à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia.

A declaração provocou reação imediata do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que apresentou questão de ordem, citando o regimento da Câmara, que proíbe ofensas a autoridades convidadas. Lindbergh ainda chamou Gilvan de "desqualificado".

Em seguida, o presidente da comissão, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), pediu a presença da polícia legislativa e acusou os parlamentares de esquerda de tentarem causar tumulto na sessão.

Ao fim do bloco de perguntas, Lewandowski respondeu às críticas. Disse que, até o momento, não há qualquer condenação com trânsito em julgado contra membros do atual governo. "Todas as acusações e suspeitas de corrupção têm sido rigorosamente investigadas, sem qualquer proteção a quem quer que seja", afirmou.