sexta-feira, 13 de maio de 2022

O que está acontecendo com o mundo das finanças? - The News

 Que caos. Se, antes, a palavra que você não aguentava mais ler nas notícias era “coronavírus”, agora, ela passou a ser “inflação”. 

Esse aumento generalizado dos preços ao redor do planeta está desesperando os mercados e trazendo grandes impactos.

O mercado americano que o diga… 🇺🇸

Neste ano, as Bolsas americanas já perderam mais de US$ 7 trilhões de valor de mercadoEsse já chamado “colapso de 2022” está fazendo com que os preços de ativos mais arriscados — como as ações — derretam feito picolé no verão.

  • Ações de empresas como Apple, Microsoft, Amazon e Tesla, por exemplo, estão todas no vermelho. O inverno está chegando, e não é só para os brasileiros. 

Os bilionários, inclusive, já estão procurando seus casacos. Nos primeiros meses do ano, as 500 pessoas mais ricas do mundo já perderam + US$ 1 trilhão em patrimônio.

Com a queda do mercado, pessoas como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg viram suas fortunas caírem mais de US$ 50 bilhões, enquanto a Apple viu a petroleira Saudi Aramco tomar seu posto de empresa mais valiosa do mundo.

Elon Musk anuncia suspensão do acordo para comprar o Twitter, FSP

 NOVA YORK | AFP e REUTERS


Elon Musk anunciou nesta sexta-feira (13) a suspensão temporária do acordo para comprar o Twitter. As ações da empresa desabam em Wall Street.

Segundo o bilionário, a aquisição depende da confirmação do número de usuários com contas de spam ou falsas na rede. No início deste mês, o Twitter havia estimado que contas falsas ou de spam representavam menos de 5% de seus usuários ativos diários —a rede divulgou ter 229 milhões de usuários que receberam publicidade no primeiro trimestre deste ano.

Segundo o dono da Tesla, reduzir o número dessas contas seria um de seus principais motivos para comprar a plataforma.​

O bilionário também já havia declarado que pretendia introduzir novas ferramentas, abrir o código dos algoritmos, combater os bots e autenticar "todos os humanos".

Ele também disse que pretendia fechar o capital da empresa e, em entrevista posterior, afirmou que poderia reabri-lo após um intervalo.

Em entrevista nesta semana, Musk afirmou que restabeleceria a conta no Twitter do ex-presidente dos EUA Donald Trump, por considerar a proibição "moralmente errada".

Nesta sexta, o Twitter não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da agência Reuters. Os representantes de Musk ou sua empresa Tesla Inc não estavam imediatamente disponíveis para comentar.

AÇÕES DO TWITTER CAEM APÓS ANÚNCIO

A compra —uma das maiores da história corporativa— poderá tornar Musk um barão das redes sociais, com poder de controlar o que ele mesmo definiu como a "praça pública de fato do mundo".

O homem mais rico do mundo ofereceu, no final de abril, US$ 44 bilhões pela empresa.

As ações do Twitter caíram 19% nas negociações pré-mercado em Nova York nesta sexta, após o anúncio de Musk. Não houve novo registro no site da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA explicando o comentário de Musk na manhã de sexta-feira.

Com a queda, os papeis atingiram o nível mais baixo desde que Musk divulgou sua participação na empresa no início de abril, segundo a agência Reuters.

A empresa de mídia social disse que enfrenta vários riscos até que o acordo com Musk seja fechado, incluindo se os anunciantes continuariam gastando no Twitter em meio a "possível incerteza em relação a planos e estratégias futuras".

BILIONÁRIO PROMETEU USAR DINHEIRO PRÓPRIO NA COMPRA

Homem mais rico do planeta segundo a lista de bilionários da Forbes, com uma fortuna estimada em aproximadamente US$ 219 bilhões (R$ 1,1 trilhão), o CEO da Tesla havia informado que usaria uma parte de seu próprio patrimônio para ter a própria rede social.

Ao anunciar no final de abril o fechamento do acordo para adquirir o Twitter, declarou que desembolsaria quase metade do valor total —cerca de US$ 21 bilhões (R$ 104,3 bilhões)— em patrimônio pessoal —na pessoa física.

O modelo desenhado para a operação, contudo, acabou colocando sob pressão outros negócios do bilionário sul-africano —a fabricante de carros elétricos Tesla, por exemplo, viu suas ações afundarem com a perspectiva de que fossem dadas em garantia de empréstimos.

Musk articulava um empréstimo coletivo de até US$ 25,5 bilhões (R$ 126,6 bilhões) junto a grandes bancos de Wall Street, liderados pelo Morgan Stanley, que assessorou o bilionário durante as negociações pelo Twitter.

Desse montante, cerca de US$ 12,5 bilhões (R$ 62 bilhões) seriam oriundos de um empréstimo garantido pela participação detida por Musk na montadora Tesla. A fatia do bilionário na fabricante de veículos elétricos é estimada em cerca de US$ 170 bilhões (R$ 844,2 bilhões).

Investidores viram nessa medida o risco de que Musk tenha que vender parte de sua participação na empresa para honrar o compromisso assumido no financiamento do Twitter.

Segundo reportagem da agência Bloomberg, entre outras hipóteses levantadas por especialistas de mercado para que Musk garanta os recursos necessários estão atrair sócios para investir no negócio ou vender ativos que não as empresas sob seu controle —criptomoedas, por exemplo.

Em julho do ano passado, ele afirmou que detinha Bitcoin, Ether e Dogecoin, embora a quantidade não seja conhecida.​

Já os outros US$ 13 bilhões (R$ 64,5 bilhões) deverão ser obtidos no mercado por meio da emissão de dívidas de empresas controladas pelo empresário.

MULTA PELO ROMPIMENTO DO ACORDO É DE US$ 1 BILHÃO

Pessoas familiarizadas com o negócio afirmam que Musk teria se comprometido a pagar uma multa caso o negócio fracasse por motivos não relacionados a problemas de financiamento.

O valor seria de US$ 1 bilhão, considerado baixo nesse tipo de negociação —equivale a menos de 1% da fortuna do bilionário.

Não está claro como tal cláusula se aplicaria se Musk determinasse que os números de usuários do Twitter estavam incorretos.

TWITTER PERDEU EXECUTIVOS E SUSPENDEU CONTRATAÇÕES

Nesta quinta (12), a empresa confirmou a saída de dois executivos e também suspendeu a maioria das contratações na empresa, ainda sob a expectativa de que Elon Musk assumisse a plataforma.

Kayvon Beykpour, gerente geral que lidera a área de pesquisa, design e engenharia no Twitter, deixará a empresa, juntamente com o líder de produtos Bruce Falck, informou um porta-voz do Twitter à agência de notícias AFP.

Beykpour disse que foi demitido. "A verdade é que não era assim que eu imaginava deixar o Twitter, e não foi minha decisão", informou em um tuíte Beykpour, que cumpria licença-paternidade quando recebeu a notícia.

Segundo ele, o CEO do Twitter, Parag Agrawal, pediu que ele deixasse a empresa, argumentando que "deseja conduzir a equipe por um caminho diferente".

A plataforma também confirmou que suspendeu novas contratações a partir desta semana, e que está incorporando apenas cargos essenciais.

Fundado em 2006 com a proposta de ser uma rede de compartilhamento de status entre indivíduos em textos de no máximo 140 caracteres (posteriormente ampliados para 280), o Twitter transformou-se em um espaço relevante de debate, com a presença de formadores de opinião, políticos e celebridades. ​


quinta-feira, 12 de maio de 2022

Mais um ministro bolsonarista promete privatizar Petrobras, Meio

 O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, pedirá estudos ao governo sobre como privatizar a Petrobras e a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) — estatal responsável por gerir os contratos da União no pré-sal. Este será, ele diz, seu primeiro ato no cargo. Defendeu também que se avance na privatização da Eletrobras com medidas prioritárias a serem aprovadas pelo Congresso. A indicação de Sachsida acontece em meio à insatisfação do presidente Jair Bolsonaro (PL) com os reajustes nos preços dos combustíveis, que teriam motivado a troca de comando do ministério. Sachsida substituiu nesta quarta-feira Bento Albuquerque, exonerado ontem. (Poder360)

Mas não é só isso. Bento Albuquerque também resistia ao projeto de construção de gasodutos pelo país, conta Mônica Bergamo. A proposta, que tem custo de R$ 100 bilhões e é patrocinada pelo Centrão, está travada na Câmara desde 2015 por falta de consenso sobre seu financiamento. O Centrão queria retirar os R$ 100 bilhões da exploração do pré-sal que iriam para o Tesouro, por meio de uma emenda no projeto de modernização do setor elétrico. O ex-ministro resistia à ideia. (Folha)

Os planos sugeridos por Sachsida chamaram a atenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou a apoiadores nesta quarta, em Minas Gerais, ser contrário à privatização das principais estatais nacionais. “Quem se meter a comprar a Petrobras vai ter de conversar conosco depois das eleições. Parem de tentar vender a Eletrobras. O Programa Luz Para Todos, que custou ao povo brasileiro R$ 20 bilhões, só pôde ser feito porque a empresa (Eletrobras) era pública. Não tem de privatizar os Correios, a Caixa Econômica e o BNDES”, afirmou Lula. “Parem de vender as coisas que já estão prontas”. (Estadão)