Por TV Globo e g1 SP — São Paulo
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (9) que o funcionamento integral da estação Vila Sônia, da Linha 4 - Amarela do Metrô, deve ter início nesta terça-feira (10).
A autorização da Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) para a operação plena do ponto final da linha amarela foi publicada no Diário Oficial de sábado (7).
Com isso, a estação ganhou permissão para funcionar durante o mesmo período que as demais, das 4h40 à 0h, fazendo com que a Linha Amarela pudesse realizar seu trajeto completo (da Luz à Vila Sônia) ao longo dos dias úteis, finais de semana e feriados, já a partir desta segunda.
Porém, de acordo com a ViaQuatro, empresa responsável pela operação da linha, não seria possível iniciar o funcionamento pleno da estação nesta data, mas a previsão era de que isso ocorresse em algum momento ao longo da semana.
Em conversa com o secretário de transportes metropolitanos na manhã desta segunda, o governador de SP foi informado de que a estação Vila Sônia estará operando integralmente a partir de terça, às 4h40, para atender à população.
Após sete anos de atraso, o complexo Vila Sônia (estação, terminal de ônibus e pátio de manobras) foi entregue no final de 2021. Em 16 de dezembro, a ViaQuatro recebeu a permissão para ativar a parada final da linha na Zona Oeste, em um esquema de operação assistida, com horário reduzido de funcionamento, entre 10h e 13h, podendo, gradualmente, se estender às 15h, inclusive em feriados.
Contudo, passados quase cinco meses, a estação Vila Sônia segue operando apenas três horas por dia, permanecendo fechada aos feriados.
Segundo a STM, o fornecimento da autorização não implica o início imediato da operação em horário integral. A pasta ainda disse que o Terminal Vila Sônia vai começar a receber ônibus intermunicipais no dia 14 de maio, e os municipais, da SPTrans, no dia 21.
Histórico
As obras da segunda fase de construção da Linha 4 - Amarela começaram em 2012, na gestão do então governador Geraldo Alckmin (PSDB), e deveriam ter sido concluídas em 2014.
Em 2016, o custo previsto para a construção do complexo era de aproximadamente R$ 858 milhões. O valor que já foi efetivamente gasto supera a quantia total orçada em 2012 para a construção do complexo Vila Sônia e de mais três estações do metrô, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, que era de R$ 1,8 bilhão.
Fachada da estação Vila Sônia, da Linha 4 - Amarela, na Zona Sul de São Paulo, que ainda está em obras. — Foto: Reprodução/Youtube
Contratado em 2011 pelo governo estadual, o consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam seria responsável por construir as estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e o complexo Vila Sônia, concluindo a Linha 4 - Amarela do metrô. As obras foram iniciadas em 2012, e o complexo deveria ser entregue em 24 meses.
Porém, em 2015, após uma paralisação nas construções e a extensão do prazo de finalização, o estado de São Paulo optou por rescindir de forma unilateral o contrato com o consórcio. Este, por sua vez, alegou que empresas contratadas pelo Metrô de São Paulo atrasaram a entrega dos projetos, o que refletiu no acréscimo de 12 meses na previsão de entrega.
Formado pelas empresas TIISA - Infraestrutura e Investimentos S/A e COMSA S/A, o Consórcio TC - Linha 4-Amarela venceu, em 2016, a nova licitação para construção das três estações e do complexo Vila Sônia, que deveria ter sido entregue em 36 meses, mas também não cumpriu o prazo prometido para a entrega.
Projetada para ser implantada em fases, a Linha 4-Amarela está em operação desde 2010 e já transportou mais de 1,5 bilhão de pessoas. A linha permite a conexão com seis linhas do Metrô em quatro estações.