Uma das lideranças envolvidas no diálogo entre as diversas forças de centro e centro-direita diz que o PSDB precisa ir para o divã resolver suas questões.
... DE DOIDO
Seria difícil até mesmo encontrar um interlocutor que fale pelo partido, tal a divergência de opiniões e posturas adotadas por cada um dos tucanos de maior destaque.
A legenda, diz essa liderança, tem hoje três pré-candidatos, sendo que o mais viável deles, João Doria, aparece com 3% nas pesquisas. Tem um ex-presidente que se encontra com Lula e protagonistas que não conseguem nem sequer um consenso em torno da data em que realizará sua prévias.
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O encontro dos ex-presidentes movimentou grupos de WhatsApp que reúnem tucanos da velha guarda. Alguns deles culpam o ex-ministro Nelson Jobim, que recebeu os dois em sua casa, de ter agido de má-fé ao promover a reunião sabendo que FHC, sendo de “boa-fé”, não recusaria.
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A verdade é que um encontro como esse já foi ensaiado diversas vezes em anos recentes, e nunca aconteceu –ou ao menos nunca foi divulgado, dando a este o peso político e o impacto que teve no universo político.
Que a Graça da Vida de todas as vidas esteja contigo e que coroe teu ânimo com alegria. Como parte importante do processo de higiene mental que começou no terceiro milênio de nossa humanidade, a aproximação às experiências espirituais não se dará mais através da dor, mas da alegria. Nada mais espiritual do que a alegria! Ela é a virtude que sintoniza tua presença individual com conjuntos mais amplos e abrangentes de experiência, para que participes da grandeza sem que ela te destrua, por não teres ainda corpos desenvolvidos para suportar uma carga de vida mais abundante circulando através de ti. Diminui o tempo de tua dor, de tuas culpas, de teus remorsos, e aumenta intencionalmente a cada dia, o tempo de regozijo, de alegria.
O enredo é trágico, os personagens vestem o figurino indicado (com papéis bem definidos), há periodicidade na apresentação dos capítulos e o final pode ser surpreendente. Com o fim do Big Brother Brasil, a CPI da Covid virou o novo reality show dos brasileiros. E com recordes de audiência. O canal criado pelo Senado no Youtube para informar sobre o andamento da comissão soma mais de 3 milhões de acessos em menos de um mês. Juntos, os vídeos sobre a investigação só perdem em visualização para a sessão do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Com a "apresentação" de apenas sete depoimentos, a CPI criada para investigar ações e omissões do governo Jair Bolsonaro ao longo da pandemia caiu na boca do povo e cenas dos próximos capítulos são aguardadas com expectativa pelo público. Nesta terça, 18, a fala do ex-chanceler Ernesto Araújo foi vista mais de 372 mil vezes. Nos intervalos ainda foi possível acompanhar coberturas extraoficiais cheias de humor e ao gosto do freguês.
O comediante Marcelo Adnet, por exemplo, famoso pelas imitações que faz, narrou parte do depoimento do diplomata como se fosse uma partida de futebol apresentada por Galvão Bueno e comentada pelo ex-jogador Casagrande. "Ele vai enrolando, ela vai gaguejando, não sabe o que é o que. Parece inebriado pelo álcool em gel, suas palavras não fazem mais sentido, vai dando voltas com a bola em campo."
Em três horas, os dois primeiros posts de Adnet no Twitter já tinham mais de 470 mil acessos e eram comentados até mesmo por deputados federais. "No meio de tantas tragédias e tantas mentiras, ainda bem que temos a genialidade do Adnet", afirmou Ivan Valente (PSOL-SP).
Piadas à parte, o interesse pela CPI é tanto entre eleitores e apoiadores de integrantes da comissão que senadores têm checado suas redes sociais em pleno interrogatório. Durante a fala do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, um vídeo postado nas redes chegou a ser apresentado por Rogério Carvalho (PT-SE) para desmentir declaração dada por ele minutos antes.
O ex-chefe da Secom disse que havia ficado 26 dias afastado de suas funções em março de 2020 por ter contraído covid-19. No vídeo gravado ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), no entanto, Wajngarten dizia estar ótimo e trabalhando normalmente. Até aqui, o depoimento dele foi o mais assistido no canal do Senado, com mais de 642 mil acessos.
Para o cientista político Marco Antonio Teixeira, da FGV-SP, são vários os motivos que explicam esse interesse popular pela CPI da Covid. "Primeiro, o assunto, que é impactante e tem a ver com a vida de muitas pessoas. Depois, os 'personagens' são bons e travam duelos retóricos dignos de um espetáculo. E, por fim, o assunto não é técnico. Diferentemente da CPI da Petrobrás, por exemplo, que era chamada de a CPI do engenheiro, os temas tratados agora são de domínio público, ou seja, não exigem conhecimento técnico", diz.
Teixeira ainda destaca que a comissão tem o potencial de explicar à população de fato quais políticas ou quais ausências de políticas colaboraram para a tragédia humana que a crise sanitária representa no Brasil, com mais de 430 mil mortos. "Há a necessidade, diante de tantos mortos, de se buscar respostas, apontar os erros e os responsáveis, apesar de a maioria da população já conhecer o script."Esse é o lado mais dramático da CPI, cujo material é o sofrimento."
Os "melhores momentos dos depoimentos" também têm sido editados pelos parlamentares e postados como uma "novela" em seus perfis na internet. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) é um dos senadores que lança mão dessa ferramenta. Pelas suas redes, é possível relembrar parte de suas interferências ao longo das falas dos depoentes e ainda enviar perguntas para serem feitas aos depoentes.
Já a senadora Kátia Abreu (PP-GO) teve outra estratégia nesta terça: publicou um vídeo antes mesmo de a sessão começar, desejando que "Deus tivesse piedade da alma de Araújo". A demissão do diplomata ocorreu após o ex-chanceler afirmar que Kátia Abreu fazia lobby para que o Brasil adotasse a tecnologia chinesa do 5G. Durante seu depoimento, ele confirmou a acusação e se negou a pedir desculpas em público. A senadora classificou Araújo como "uma bússola que levou o País ao caos e ao naufrágio.
Nesta quarta, 19, a expectativa é que a CPI bata novos recordes de público e busca. Os senadores vão ouvir o ex-ministro Eduardo Pazuello, que obteve no Supremo Tribunal Federal o direito de não responder perguntas que possam incriminá-lo.