terça-feira, 25 de julho de 2017

Transporte por trens cresce 186,7%, segundo dados da Codesp, RF

24/07/2017 - A Tribuna
O volume de cargas transportadas pelo modal ferroviário em direção do Porto de Santos vem aumentando. Só na última década, o crescimento acumulado foi de 186,7%. Os dados são da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o Porto de Santos.
Em 2016, no cais santista, foram movimentadas cerca de 30 milhões de toneladas, transportadas por aproximadamente 400 mil vagões. Atualmente, o sistema ferroviário é responsável por 26,3% do volume total de mercadorias que chegam ou saem do complexo marítimo santista.
Entre as cargas movimentadas destaca-se o transporte de açúcar a granel, soja e milho. Farelo de soja, celulose e contêineres também estão na lista. A Autoridade Portuária acredita que, apenas no ano passado, 10 milhões de toneladas de açúcar passaram pelos trens. Isso representa 34,9% de toda a mercadoria transportada no Porto em 2016.
As principais malhas que atendem o Porto são as da Rumo e a da MRS. A primeira se estende pelos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (nesses dois, chegando às zonas de produção agrícola), Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já a MRS sai de São Paulo e continua por Minas Gerais e Rio de Janeiro, o que originou sua denominação, sigla de Minas, Rio e São Paulo.
Na MRS, o único produto que teve aumento de volume de movimentação na última década foi o açúcar, passando de 2,4 milhões de toneladas para 4 milhões de toneladas. Soja e farelo da soja continuam a ser as cargas mais transportadas nas ferrovias administradas pela empresa. No entanto, esse volume caiu pela metade, passando de 11 ,5 milhões de toneladas para 5,8 milhões de toneladas nos últimos dez anos.
Na Rumo, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além do açúcar, que teve aumento de 1,4 milhão de toneladas para 4 milhões, combustíveis e derivados de petróleo e álcool tiveram uma ligeira alta, indo de 1,2 milhão de toneladas para 1,5 milhão.

Anuário

Balanço da última década feito pela ANTT mostra que o volume de cargas transportadas por trens no País aumentou 29,5% desde 2006, saltando de 389,113 milhões de toneladas para 503,804 milhões de toneladas.
Os dados são do Anuário do Setor Ferroviário, lançado na semana passada, que traz informações do desempenho das 13 concessionárias do serviço público de transporte ferroviário.
No levantamento da ANTT, os dados das duas concessionárias que operam na região, a Rumo e a MRS, não segmentam apenas o que vem para o complexo portuário santista.
A publicação não dá detalhamento regional e também não apresenta análises técnicas do setor. “Nossa intenção é tratar os dados com certo nível de segmentação por concessionária, mas sem fazer qualquer valor analítico. Trabalhamos com a transparência e queremos que esse trabalho sirva para que o setor, sejam empresas ou o meio acadêmico, possa utilizar as informações para formular suas próprias análises”, afirma o gerente da Gerência de Regulação e Outorgas Ferroviárias da ANTT, Marcelo Amorerelli.
O anuário mostra também, além de movimentações de toneladas e o tipo de mercadoria, a velocidade média dos trens por ano e os acidentes ocorridos nas ferrovias de cada concessionária. “Essa compilação serve ainda para ajudar na elaboração de políticas públicas para se pensar no crescimento do setor”, diz o representante da agência reguladora.

Em 2025, 40% das cargas chegarão em vagões

O transporte de cargas em direção ao Porto de Santos através dos trilhos deve crescer ainda mais. A expectativa do diretor de Operações Logísticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Carlos Henrique Poço, é de que, em 2025, 40% das mercadorias sejam transportadas pelo modal ferroviário.
Em 2010, as cargas em vagões entre o interior do País e o Porto somavam 19 milhões de toneladas, 19,5% de tudo o que passou pelo cais santista no ano. Já em 2016, o volume chegou a 29,8 milhões de toneladas, 26,3% das cargas.
Para sustentar o crescimento na movimentação pelas ferrovias no Porto de Santos, a Codesp afirma que existe a necessidade de solucionar gargalos de infraestrutura e, assim, garantir a fluidez na circulação dos trens. Uma das soluções apontadas é a revitalização da malha da Portofer.
“Em um quadro recessivo e de busca por eficiência, a ferrovia oferece baixo custo, previsibilidade, segurança e baixo impacto socioambiental para os setores industriais ligados à importação ou exportação. A possibilidade de crescimento é imensa, dado que, neste segmento, a participação da ferrovia ainda é muito baixa, relativamente a outros produtos, como por exemplo, em torno de 60% para a soja, e cerca de 2% para contêineres”, avalia o diretor de Relações Institucionais da MRS Logística, Gustavo Bambini.
Ele afirma ainda que não pode detalhar projetos de expansão, mas adianta que serão “nas frentes de desenvolvimento de pátios e terminais, duplicações de trechos estratégicos para o fluxo de trens e de expansão da capacidade em geral”.
Para o engenheiro e especialista em ferrovias José Manoel Ferreira Gonçalves, para que o crescimento das ferrovias aconteça de fato no País, uma série de medidas devem ser tomadas. “O Brasil é rodoviarista e nunca levou a sério as suas ferrovias. Há necessidade de bons projetos e não de obras para uma geração ou para uma eleição”, afirma.
Gonçalves aponta que a falta de vontade política e de perseverança são os entraves para que as ferrovias avancem como modal de transporte. “O que precisamos é de um grande inventário de ferrovias, que traga, além dos números, informações de como investir no crescimento, de que forma, como trazer tecnologia de ponta”.
Procurada para comentar os dados do anuário e falar sobre o planejamento para investimentos futuros na área do Porto de Santos, a Rumo não se manifestou até o fechamento desta edição.


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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Com Tramontina no lugar de Waack, Jornal da Globo cresce no ibope, NTV

REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Carlos Tramontina no Jornal da Globo de sexta (21): simpático, foi mais visto do que Waack - Reprodução/TV Globo
Carlos Tramontina no Jornal da Globo de sexta (21): simpático, foi mais visto do que Waack
REDAÇÃO - Publicado em 24/07/2017, às 12h00
Chamado às pressas para substituir William Waack no Jornal da Globo, Carlos Tramontina fez o ibope do telejornal crescer. Na sexta (21), o JG marcou 11,8 pontos na Grande São Paulo, acima da média de 11,3 registrada nesse dia nas últimas quatro semanas. Na quinta (20), primeiro dia da substituição, Tramontina teve 10,7 pontos, 1,6 a mais do que a média de 9,1 do dia sob o comando de Waack. A substituição marcou a volta do âncora ao telejornal após 17 anos
Média do dia (7h/0h): 15,7
Bom Dia São Paulo
7,7
Bom Dia Brasil8,8
Mais Você7,4
Bem Estar6,6
Encontro6,9
SP1 11,3
Globo Esporte11,6
Jornal Hoje11,2
Vídeo Show9,5
Grand Prix de Vôlei Feminino: Brasil x Holanda10,5
Senhora do Destino17,4
Malhação19,9
Novo Mundo23,1
SP226,0
Pega Pega26,4
Jornal Nacional27,9
A Força do Querer35,9
Globo Repórter28,5
Os Dias Eram Assim18,8
Jornal da Globo11,8
Conversa com Bial7,5
Lições de um Crime6,8
Corujão 1: A Rede Social5,4
Corujão 2: O Retorno de Tamara3,7
Média do dia (7h/0h): 6,2
Balanço Geral Manhã
1,7
SP no Ar3,5
Fala Brasil4,3
Hoje em Dia3,4
Balanço Geral SP 6,8
Ribeirão do Tempo6,3
Vidas em Jogo 6,0
Cidade Alerta6,8
A Escrava Isaura11,3
O Rico e Lázaro10,1
Jornal da Record6,2
Legendários5,8
Fala que Eu te Escuto2,2
Igreja Universal do Reino de Deus0,5
Média do dia (7h/0h): 6,3
Primeiro Impacto2,9
Mundo Disney5,2
Bom Dia & Cia6,6
Fofocalizando5,2
Casos de Família5,8
No Limite da Paixão5,9
O Que a Vida me Roubou6,9
Roda a Roda5,9
SBT Brasil 5,7
Carinha de Anjo10,4
Chiquititas8,2
Programa do Ratinho8,1
Tela de Sucessos: Meninas Malvadas 28,0
The Noite4,5
Operação Mesquita3,3
SBT Notícias2,9
Média do dia (7h/0h): 2,3
Band News0,6
Café com Jornal0,9
Dia a Dia0,8
Sempre Bem0,5
Os Simpsons
0,6
Jogo Aberto2,8
Os Donos da Bola3,0
Super Bônus0,9
Brasil Urgente - rede3,4
Brasil Urgente - local4,9
Jornal da Band4,7
Mil e Uma Noites1,8
Pânico na Band (reprise)2,4
O Mundo Segundo os Brasileiros1,8
Jornal da Noite1,4
Média do dia (7h/0h): 0,4
Você na TV - 10,1
Você na TV - 20,3
Melhor pra Você 0,6
A Tarde É Sua 1,7
Top Game0,1
RedeTV! News0,6
TV Fama 0,5
The Tudors0,5
Mariana Godoy Entrevista0,6
Leitura Dinâmica0,5
Amaury Jr.0,2

Fonte: Emissoras
Cada ponto equivale a 70.559 domicílios na Grande SP


Original: http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/audiencias/com-tramontina-no-lugar-de-waack-jornal-da-globo-cresce-no-ibope-16020#ixzz4nmd4kLG5 
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Como o Brasil saiu do Mapa da Fome. E por que ele pode voltar Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/07/23/Como-o-Brasil-saiu-do-Mapa-da-Fome.-E-por-que-ele-pode-voltar?utm_campaign=a_nexo_2017724&utm_medium=email&utm_source=RD+Station © 2017 | Todos os direitos deste material são reservados ao NEXO JORNAL LTDA., conforme a Lei nº 9.610/98. A sua publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia é proibida., do Nexo

PAÍSES EM BRANCO TÊM MENOS DE 5% DE SUA POPULAÇÃO INGERINDO MENOS CALORIAS DO QUE O RECOMENDÁVEL. PORTANTO ESTÃO FORA DO MAPA DA FOME   A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) divulga periodicamente, desde 1990, o Mapa da Fome no mundo, indicando em quais países há parte significativa da população ingerindo uma quantidade diária de calorias inferior ao recomendado. Para sair do mapa, o país deve ter menos de 5% da população ingerindo menos calorias do que o recomendado. Atualmente, estão acima desse percentual, por exemplo, a Namíbia, com 42,3% da população nessa situação, a Bolívia, com 15,9%, a Índia, com 15,2%, e a Colômbia, com 8,8%. O Brasil permaneceu acima do índice de 5% até 2013. Em 2014, registrou 3% de população ingerindo menos calorias que o recomendado e saiu pela primeira vez das cores avermelhadas do mapa. No entanto, um relatório elaborado por cerca de 20 entidades da sociedade civil e apresentado em julho de 2017, sobre o desempenho do Brasil no cumprimento dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, traz um alerta: há risco de o país voltar ao próximo Mapa da Fome. Um dos especialistas que elaborou o relatório, o economista Francisco Menezes, pesquisador do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e da ActionAid Brasil, afirmou ao Nexo que o risco se deve a uma combinação de fatores que se colocaram de 2015 a 2017, como alta do desemprego, avanço da pobreza, corte de beneficiários do Bolsa Família e o congelamento dos gastos públicos por até 20 anos. O Nexo pediu a posição do Ministério de Desenvolvimento Social a respeito, mas não obteve uma resposta. Na breve entrevista abaixo, Menezes detalha o que é o Mapa da Fome da ONU e qual a situação do Brasil nesse levantamento. O que é o mapa da fome da ONU? FRANCISCO MENEZES A FAO, organização da ONU que trabalha a questão da alimentação e agricultura, trabalha com um indicador chamado “prevalência da subalimentação” para dimensionar e acompanhar a fome em nível internacional. Ela combina dados, sobre a oferta de alimentos e outros, e aplica questionários a uma amostra da população para estimar a proporção de pessoas abaixo de um requisito de energia dietética mínima. O mapa indica desde 1990 o número global de pessoa subalimentadas no mundo e mostra que regiões obtiveram progressos nas proporções de pessoas subalimentadas. Quando o indicador está acima de 5%, o país está dentro do Mapa da Fome. Quando cai abaixo de 5%, o país sai do Mapa da Fome. O Brasil saiu desse mapa em 2014. O governo brasileiro também faz isso periodicamente - aplica questionários que captam a percepção das famílias em relação à sua capacidade de acesso a alimentos. As perguntas variam desde a ausência de alimentos atingindo membros da família até o receio de passar a ficar sem alimentos no futuro. Por que o Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014 FRANCISCO MENEZES  O país aplicou um conjunto de políticas públicas que permitiu isso. Desde políticas de caráter macroeconômico, como o quase pleno emprego, a formalização do trabalho e a correção do salário mínimo acima da inflação, que não gera efeitos só para quem ganha o salário mínimo, mas irradia para o fortalecimento de economias locais. A transferência de renda do Bolsa Família, que não é um programa de segurança alimentar propriamente dito, também teve impacto. Os recursos são utilizados sobretudo em alimentação. E há programas importantes regionalmente. Cito as cisternas no semiárido, a aquisição de alimentos da agricultura familiar - que garantiu um mercado a ela - e o programa de alimentação escolar, que já existia há mais de 50 anos, mas teve seu valor recuperado. A merenda escolar tem um peso muito forte junto a famílias mais pobres. Quando a FAO fez a pesquisa em 2014, o índice de prevalência de subalimentação no Brasil foi de 3%. Por que o Brasil pode voltar ao Mapa da Fome? FRANCISCO MENEZES  O Brasil é signatário dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. São 17 objetivos, e um deles é erradicar a fome até 2030. É feito um acompanhamento sobre cada um desses objetivos. Neste ano [2017], o governo deverá prestar contas à ONU sobre eles, mas as organizações da sociedade civil - e isso é estimulado pela ONU - também se juntaram para fazer um monitoramento e apresentá-lo. Em torno de 20 organizações prepararam um relatório, e quanto ao objetivo de erradicação da fome, observamos que há risco de o país retornar ao Mapa da Fome, talvez na próxima verificação que a FAO fizer. A fome está muito associada à pobreza extrema, e temos preocupação sobre políticas de restrições orçamentárias que estão sendo implementadas. Em 2015 já  foi bastante problemático. E agora, com medidas como a PEC que congelou os gastos por 20 anos, que consideramos perigosa em termos de enfrentamento da desigualdade social e da pobreza. A situação de desemprego, que se agravou muito, também é ameaçadora. Não só pelos 14 milhões desempregados, mas também sobre quem ele está atingindo - as populações mais pobres são as mais prejudicadas nesse quadro. Além disso, o governo cortou 1,1 milhão de benefícios do Bolsa Família - ele alega irregularidades, mas pela experiência que temos essas irregularidades são bastante minoritárias. Num quadro de desemprego, esse nível de redução [do Bolsa Família] agrava a situação  social. 

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/07/23/Como-o-Brasil-saiu-do-Mapa-da-Fome.-E-por-que-ele-pode-voltar?utm_campaign=a_nexo_2017724&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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