Latam e Gol lideram no transporte de passageiros em Congonhas (SP), mas a Azul quase triplicou sua presença no mais movimentado e rentável aeroporto do país, forçando a queda dos preços das passagens no primeiro semestre deste ano.
A Azul ampliou suas operações em Congonhas no fim de março deste ano, após a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ampliar os slots da companhia de 41 para 84 no fim de março.
Com isso, foi possível reforçar a concorrência com Gol e Latam em trechos como a ponte-aérea (Rio-SP) e oferecer mais ligações com Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e Brasília (DF). Rotas para Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS) foram reinauguradas.
O número de passageiros que embarcaram ou desembarcaram pela Azul no terminal mais que dobrou, passando de 85 mil em fevereiro (mês anterior ao início das operações) para 236 mil em setembro, segundo a Anac.
Em setembro, 22% dos passageiros da Azul no aeroporto viajaram pela ponte aérea. Em seguida, aparecem Brasília (17%) e Confins (16%).
Latam e Gol ainda lideram, com folga, em Congonhas, porque, por serem mais antigas, possuem mais slots. Contudo, ambas registram crescimento menor em passageiros.
Em setembro, a Latam transportou 818,3 mil passageiros que tiveram Congonhas como destino ou origem do voo –25% a mais que em fevereiro. No caso da Gol, foram 810,7 mil (14% a mais).
PREÇO DOS BILHETES
A chegada da Azul já começou a surtir efeito ao consumidor, forçando a queda de preço das passagens.
De São Paulo para o Rio, por exemplo, a tarifa média caiu de R$ 516,47 para R$ 448,29 (-13,2%) entre o início de março e o início de agosto, segundo a Anac.
A agência não divulga valores específicos de aeroporto a aeroporto –somente de cidade a cidade.
Não só a concorrência, mas vários outros fatores, como o preço dos combustíveis e a demanda do período, influenciam essa definição.
No mesmo trecho (de São Paulo para o Rio) e período, a passagem média teve queda de R$ 718,06 para R$ 494,95 (-31,07%) na Azul; de R$ 461,43 para R$ 437,19 (-5,25%) na Gol; e de R$ 491,57% para R$ 420,15% (-14,52%) na Latam.
Com Diego Felix e Paulo Ricardo Martins
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