Como todo campeonato em qualquer parte do mundo, o Brasileiro mistura riqueza técnica com pobreza, mas, como poucos, oferece emoções sem parar.
Como diz o jornalista Arnaldo Ribeiro, o torneio nivelou por baixo a parte de cima da tábua de classificação e por cima a parte de baixo.
De fato, a disputa pelo título está tão acirrada que o máximo de pontos que o campeão poderá obter será a marca de 72 pontos, com o que ficará parecido ou igual a apenas outras cinco edições do campeonato de 2005 para cá.
O campeão com menor número de pontos foi o Flamengo, em 2009, com 67 pontos, única vez em que o vencedor não ultrapassou a marca dos 70 pontos.
Ao mesmo tempo, a briga para não cair também está em vias de exigir a maior pontuação de todos os tempos.
Foi o Coritiba, no mesmo ano de 2009, quem caiu com o maior número de pontos, os tais mágicos 45 pontos.
Pois eis que neste Brasileirão até quem já tem 47 pontos ainda não se sente totalmente seguro.
Estamos mesmo vendo o campeonato mais equilibrado do Planeta Bola, longe de ser o melhor, primazia disparada da Premier League, embora seja impressionante o desempenho de quatro das cinco equipes espanholas na atual Liga dos Campeões da Europa; apenas o Sevilla não é líder do seu grupo.
Temos visto sim bons jogos pelos gramados do Patropi.
Entre os mais recentes, Flamengo e Bragantino foi um deles, sem necessariamente ter sido de muitos gols, ao contrário, limitou-se a apenas um, dos rubros-negros.
Estas linhas, mal traçadas antes de Flamengo x Atlético Mineiro, acompanhavam a enorme expectativa para o clássico no Maracanã, não apenas pela rivalidade que os mineiros conferem ao jogo como, principalmente, pelo momento de ascensão de ambos os times na luta pelo título.
E estas mesmas linhas podem enfatizar quão bom acabou sendo a disputa entre Vasco e Corinthians, em São Januário, partida cuja expectativa era apenas a de ser guerreada e que acabou com ótimos momentos técnicos, principalmente no primeiro tempo, apesar da chuva forte que desabava sobre o Rio.
Excelente que o resultado tenha praticamente eliminado o risco de queda do alvinegro ao atingir 47 pontos, mas só praticamente.
Péssimo que tenha significado a possibilidade da quinta queda do Vasco, hoje com 42 pontos, dois jogos a disputar, um fora de casa, com o Grêmio, e outro dentro, com o Bragantino, quando possivelmente precisará dos seis pontos para escapar —algo que soa como hercúleo.
Enfim, "habemus campeonatum", significa dizer para a rara leitora e para o raro leitor que não apreenderam latim, como o pobre escriba, "temos campeonato"!
E será de matar do coração nas duas pontas até o fim, satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
RESSURREIÇÃO DOS BANIDOS
Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, os dois banidos do futebol e impedidos de sair do Brasil, querem voltar a mandar no futebol e escolheram Rubens Lopes, o Rubinho, presidente da Ferj, para suceder Ednaldo Rodrigues na CBF.
Tudo porque viram cortadas as fontes que ainda os abasteciam, em contratos com a Klefer de Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo que até contratou grande empresa de assessoria de imprensa para distribuir notas contra Rodrigues.
Leite foi sócio do falecido J.Hawilla, um dos principais delatores do Fifagate e mecenas para um certo tipo de gente da mídia esportiva.
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