Um grupo de economistas e advogados que integrou o governo de Jair Bolsonaro (PL) ou que apoiou o ex-presidente vai tentar barrar a privatização da Sabesp, confrontando, assim, uma das principais medidas do governador de São Paulo, o também bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
BOLSO
Um dos passos será procurar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça para abastecê-lo com informações sobre o prejuízo que a venda da participação do Governo de SP na estatal poderia, segundo o grupo, causar aos consumidores. Mendonça é o relator de uma ação movida pelo PSOL e pelo PT contra a privatização.
PÁTRIA AMADA
"Existe uma direita preocupada com a soberania do Brasil. E a Sabesp é um ativo estratégico do país, é uma das maiores empresas do mundo na distribuição de água e também na área do saneamento básico", afirma o advogado Fabio Wajngarten, que comandou a Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro e hoje advoga para o ex-presidente.
NA MESMA
"Não faz sentido sairmos do monopólio público para cair no monopólio privado", diz Wajngarten. "Não podemos deixar a população refém de grupos empresariais que mal conhecemos", afirma.
APAGÃO
Wajngarten segue: "Bolsonaro nos ensinou o conceito de soberania e a atenção aos pequenos consumidores". O ex-secretário cita a privatização da Enel como exemplo: nesta semana, parte do estado de SP ficou sem energia por mais de 50 horas depois que ventos e tempestades derrubaram árvores e danificaram a rede de transmissão.
APAGÃO 2
"Pequenos comerciantes, restaurantes, mercearias, pizzarias e padarias viram seus estoques apodrecerem em geladeiras que não funcionavam. Chefes de família que vendem no almoço para pagar a janta foram impedidos de trabalhar", diz ele.
REALIDADE
"Em teoria, a privatização é maravilhosa. Bairros inteiros de São Paulo estão no escuro há mais de 30 horas", afirmou ele no X, antigo Twitter, no fim de semana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário