Para você que não se lembra, em 2003, Elizabeth Holmes fundou a Theranos, que prometia exames com uma gota de sangue. A empresa chegou a valer US$ 9 bilhões , mas desmoronou após investigações que provaram que a tecnologia não funcionava. Holmes foi condenado a 11 anos por fraude .
Mas voltando pro presente… Evans é o criador da Haemanthus, empresa que quer "otimizar a saúde humana" com uma tecnologia que analisa sangue, saliva e urina usando lasers.
O plano inicial é aplicar os testes no mercado veterinário e, depois, expandir para humanos. Para isso, ele tenta arrecadar mais de US$ 50 milhões .
O momento, claro, não é coincidência: o mercado global de diagnósticos laboratoriais já gira em torno de US$ 125 bilhões . Mas, só nos EUA, fraudes no sistema de saúde causam prejuízos de mais de US$ 100 bilhões por ano. Ou seja: há muito dinheiro — e muita desconfiança — em jogo .
Comebacks estão na moda? Tim Stokely, fundador do OnlyFans, também está tentando voltar ao jogo. Ele acaba de lançar o Subs , uma nova plataforma para criadores (adultos ou não) monetizarem suas audiências.
Só em abril, a commodity teve aumento de 4,48% , depois de já ter subido 8,14% em março.
(Imagem: O Globo)
Entre os 377 itens que compõem o IPCA (indicador que mede a inflação), o café liderou com folga no ano . A explicação é uma combinação de fatores que vem afetando a produção.
Clima : Secas, pausas e ondas de calor reduzem a produtividade das máquinas. Só em 2024, o estresse climático fez com que a planta abortasse os frutos antes do tempo.
Menos café no mundo : Vietnã, segundo maior produtor global, também teve quebra de safra.
Cara logística : Instabilidade no Oriente Médio encareceu o frete internacional.
Maior consumo : Mercado chinês explodiu. A China subiu da 20ª para a 6ª posição entre os maiores compradores de café brasileiro.
Mesmo com uma safra prevista de 55,7 milhões de sacas em 2025(+2,7% em relação a 2024) , ainda estamos longe do registo de 63,1 milhões de colhidas em 2020.
Autoridades dos Estados Unidos e da China anunciaram nesta segunda-feira, 12, que chegaram a um acordo para reduzir a maioria das tarifas recentes e estabelecer uma trégua de 90 dias em sua guerra comercial, a fim de permitir novas negociações.
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Os mercados de ações subiram significativamente, à medida que as duas maiores potências econômicas do mundo recuaram de um confronto que vinha abalando a economia global.
Jamieson Greer, representante de Comércio dos EUA, afirmou que os países aceitaram suspender suas respectivas tarifas por 90 dias e dariam continuidade às negociações iniciadas neste fim de semana. Pelo acordo, os Estados Unidos vão reduzir a tarifa sobre as importações chinesas de 145% para 30%, enquanto a China reduziria o imposto de importação sobre produtos americanos de 125% para 10%.
Greer e o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, anunciaram as reduções tarifárias em uma entrevista coletiva em Genebra.
Os dois adotaram um tom positivo ao afirmar que os países estabeleceram consultas para continuar discutindo as questões comerciais.
Bessent disse, após dois dias de conversas, que os níveis tarifários tão altos representavam praticamente um bloqueio total às mercadorias de ambos os lados — algo que nenhum dos países deseja.
“O consenso de ambas as delegações neste fim de semana é que nenhum dos lados quer um desacoplamento,” afirmou Bessent. “E o que estava ocorrendo com essas tarifas muito altas... era um embargo, o equivalente a um embargo. E nenhum dos lados quer isso. Queremos comércio. Queremos um comércio mais equilibrado. E acredito que ambos os lados estão comprometidos com isso.”
O Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, à esquerda, e o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, participam de uma coletiva de imprensa após dois dias de conversas a portas fechadas entre Estados Unidos e China em Genebra, Suíça, na segunda-feira, 12 de maio de 2025 Foto: Jean-Christophe Bott/Keystone via AP
“Interesses comuns do mundo”
O Ministério do Comércio da China classificou o acordo como um passo importante para a resolução das divergências entre os dois países e disse que ele estabelece as bases para uma cooperação futura.
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“Essa iniciativa está alinhada com as expectativas de produtores e consumidores de ambos os países e serve aos interesses de ambas as nações, assim como aos interesses comuns do mundo”, afirmou o ministério chinês em nota.
O comunicado acrescentou que a China espera que os EUA deixem de lado “a prática errônea de aumentos tarifários unilaterais” e colaborem com a China para proteger o desenvolvimento das relações econômicas e comerciais, trazendo mais certeza e estabilidade à economia global.
O impacto total das tarifas e penalidades comerciais aplicadas por Washington e Pequim ainda é incerto. Muito dependerá de as duas partes conseguirem superar as diferenças históricas durante a suspensão de 90 dias.
Mas o fato de as maiores economias do mundo recuarem de medidas que poderiam causar grandes perturbações no comércio global animou os investidores.
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Os futuros do S&P 500 subiram 2,6% e os do Dow Jones, 2%. O preço do petróleo disparou mais de US$ 1,60 por barril, e o dólar americano ganhou força frente ao euro e ao iene japonês.
Jens Eskelund, presidente da Câmara de Comércio da União Europeia na China, comemorou a notícia, mas alertou para a cautela. Segundo ele, as tarifas foram apenas suspensas por 90 dias, e há grande incerteza sobre o que pode acontecer depois.
“As empresas precisam de previsibilidade para manter operações normais e tomar decisões de investimento. A Câmara espera, portanto, que ambos os lados continuem o diálogo para resolver as diferenças e evitar medidas que prejudiquem o comércio global e causem danos colaterais a terceiros”, disse Eskelund em comunicado.