Um dia depois de negar em nota um acordo para dar aos militares acesso privilegiado a boletins de urna, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou a principal sugestão do Ministério da Defesa em relação às eleições de outubro. Por unanimidade, os ministros decidiram adotar um projeto-piloto para o teste de integridade das urnas. Pela proposta, de 32 a 64 urnas entre as 640 que já são testadas serão acionadas pela biometria de eleitores reais, o que não está previsto nos protocolos atuais. Elaborada pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, a minuta não constava da pauta e pegou de surpresa até os funcionários. No Ministério da Defesa, a decisão foi considerada “excelente”, e a expectativa é que o teste seja feito no maior número de urnas possível. A proposta havia sido rejeitada pelo presidente anterior da Corte, Edison Fachin, e enfrentava resistência da área técnica do tribunal, mas Moraes afirmou que a mudança não terá impacto no calendário eleitoral. (UOL) Também por unanimidade, o Plenário do TSE manteve a decisão do ministro Benedito Gonçalves de proibir o uso das imagens do 7 de Setembro na campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), decorrente de ações da candidata Soraya Thronicke (União Brasil) e da coligação encabeçada pelo PT. Nos processos, Bolsonaro e outros candidatos do PL são acusados de usar a data cívica como propaganda eleitoral. (g1) Em entrevista na noite de segunda-feira a um pool de podcasts religiosos, o presidente Jair Bolsonaro falou que, em caso de derrota, vai “passar a faixa” e se “recolher”. “Se essa for a vontade de Deus, eu continuo. Se não for, a gente passa a faixa, e vou me recolher, porque com a minha idade não tenho mais nada a fazer aqui na Terra se acabar essa minha passagem pela política em 31 de dezembro deste ano”, declarou. (Metrópoles) Meio em vídeo. No oitavo programa eleitoral, Lula, Simone e Ciro focam no problema da fome. Disfarçado entre os programas de Lula e Simone entrou um forte vídeo listando os casos de corrupção de Bolsonaro. Enquanto isso, o presidente não falou palavra em seu programa — e não à toa. Todo o foco foi em convencer as eleitoras mulheres de que é seu defensor. Afinal, começou a perder ainda mais delas, de acordo com as últimas pesquisas, mostra Pedro Doria. (YouTube) No Meio Político desta quarta, que chega aos assinantes premium a partir das 11h, o cientista político Christian Lynch faz uma relação entre a forma de Jair Bolsonaro governar o Brasil, sempre garantindo a impunidade de todos os que o apoiam — de políticos corruptos a milicianos, passando por desmatadores —, com a ameaça de arruaça que ele faz no período pós-eleições. Para Lynch, essa retórica golpista é uma maneira de barganhar uma eventual anistia, ou seja, impunidade, com Congresso e Judiciário. Não é assinante premium ainda? Assine e ajude o jornalismo do Meio. Na reta final do primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu, em encontro virtual com 6.300 comunicadores, que estes enfatizem a possibilidade de vitória no primeiro turno. “Sem desprezo a ninguém. Mas eu acho que agora é necessário a gente ganhar no 1º turno para dar uma lição de moral nessa gente que não acredita na democracia, no ser humano”, disse ele cobrando também uma linguagem mais emocional. (Meio) Com as doações de empresas a campanhas eleitorais proibidas pelo STF, alguns dos empresários mais ricos do país estão financiando como pessoas-físicas candidatos e partidos. Quatorze deles já doaram mais de R$ 1 milhão cada, segundo dados do TSE. O recordista é Marcos Ermírio de Moraes, um dos herdeiros do grupo Votorantim, e candidato a segundo suplente de senador pelo PSDB de Goiás. Ele já doou mais de R$ 3 milhões, 86,6% para tucanos de São Paulo e do estado onde concorre, mas também contribuiu para o PL e o PT – como faz a maioria dos doadores. Da lista, apenas os produtores rurais Odílio Balbinotti Filho e Oscar Cervi doaram diretamente para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). (Nexo) A despeito da generosidade dos agricultores, a campanha do presidente vem sofrendo com falta de recursos, conta Guilherme Amado. Até agora, ele recebeu R$ 21 milhões, entre doações privadas e repasses do PL, e seu filho Zero Um, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma apelo por doações. No PT o problema é outro. A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já gastou R$ 88,3 milhões, perigosamente perto do limite legal de R$ 88,9 milhões. (Metrópoles) Enquanto isso... A iniciativa de eleitores de Bolsonaro de fazerem doações de R$ 1 via PIX virou uma dor de cabeça para a campanha do presidente, diz a Coluna do Estadão. A ideia era criar uma espécie de “Datapix”, com as transferências mostrando o tamanho da base de apoio à reeleição. Porém, as mais de 300 mil doações registradas na segunda-feira congestionaram o sistema de contabilidade da campanha, o que pode atrasar a prestação de contas ao TSE. E ainda há o risco de transferências terem sido feitas por contas de empresas, o que é ilegal. (Estadão) O algoritmo do YouTube privilegia conteúdo favorável ao presidente Jair Bolsonaro (PL), indica estudo realizado pelo NetLab, da UFRJ. Para o teste, os especialistas criaram 18 perfis anônimos que acessaram a plataforma em horários diferentes usando aba anônima. Em 18 visitas-teste, os canais do grupo Jovem Pan, que apoia explicitamente o presidente, foram indicados 14 vezes na página inicial do YouTube, com um ou mais vídeos sugeridos. O YouTube diz que não teve acesso à pesquisa e não vai comentá-la. (Folha) Meio em vídeo. Usando como base recentes estudos sobre a relação do Meta com a democracia brasileira e as eleições publicados por duas organizações internacionais, Pedro Doria e Cora Rónai indagam: Facebook e Instagram são realmente uma “terra sem lei” quando o assunto é fake news? Quer saber mais? Vem! (YouTube) CabrestoAlvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL), a jornalista Vera Magalhães sofreu na noite de ontem uma tentativa de intimidação por parte do deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos-SP), que tenta uma vaga no Congresso. Na saída de um debate entre candidatos ao governo paulista, Garcia abordou agressivamente Vera, chamando-a de “vergonha para o jornalismo” e repetindo informações falsas sobre seu salário. Integrante da comitiva do candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos), o deputado foi contido por seguranças e retirado do local. Vera afirmou que vai registar ocorrência na polícia. (UOL) |