sexta-feira, 20 de maio de 2022

O governo nunca gastou tão pouco com o funcionalismo, The News

 Segundo Paulo Guedes, uma reforma administrativa invisível. No ano passado, os gastos com pessoal foram de 3,8% do PIB — o menor desde 1997, quando os números passaram a ser organizados como funciona hoje.

  • Como isso foi feito? De acordo com o ministro da Economia, a mudança foi possível com baixos reajustes para servidores e menos concursos. 

Segundo ele, o atual governo foi na contramão dos anteriores, que contrataram 160 mil funcionários e deram um aumento de 50% acima da inflação aos servidores.

Para exemplificar... 🇧🇷

A taxa de reposição de servidores — as contratações para repor quem saiu — ficaram em 32%, 39% e 37% nos últimos três anosEm 2016, era de 103%. 

  • Além disso, a digitalização de serviços públicos está reduzindo a necessidade de servidores ativos.

O outro lado… Enquanto se comemora a diminuição dos gastos e a consequente redução do Estado, os servidores apontam sucateamento do serviço público — os sindicatos do Banco Central, da Receita e do INSS pedem aumento e mais concursos.

Olhando para o futuro: A previsão do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias é continuar reduzindo esses gastos, com a meta de chegar a 3,1% do PIB em 2025. 


Total de campos com fase produção prorrogada chega a 56, ANP

Total de campos com fase produção prorrogada chega a 56

 

A Diretoria Colegiada da ANP aprovou ontem (19/5) a prorrogação contratual da fase de produção de três campos produtores: Leste de Poço Xavier (Bacia Potiguar), Boa Esperança (Bacia Potiguar) e Atlanta (Bacia de Santos). O vencimento inicial dos contratos estava previsto para 05/08/2025 (Leste do Poço Xavier e Boa Esperança) e 26/12/2033 (Atlanta) e foi estendido até 31/12/2036, 05/08/2052 e 30/06/2044 respectivamente. Com as aprovações de hoje são ao todo 56 campos, em sua maioria da Rodada Zero (1998), com a fase de produção prorrogada, sendo 29 em terra e 27 no mar, nas bacias de Campos, Recôncavo, Potiguar, Alagoas, Espírito Santo, Amazonas, Santos e Camamu. 

 

Com a prorrogação fase de produção, em vez do encerramento do contrato de concessão na data originalmente prevista, a produção não é interrompida, mantendo-se, portanto, os benefícios a ela associados, tais como o pagamento de participações governamentais, a contratação de serviços associados às operações e a manutenção e a geração de novos empregos. Outro benefício é que o conhecimento detido pelo atual operador lhe permite construir modelos mais precisos sobre o comportamento do campo, maximizando a produção e gerando ganhos de eficiência. 

 

Nos próximos cinco anos, os campos que já foram prorrogados possuem previsão de investimentos de 17,3 bilhões de dólares.

 

A ANP vem trabalhando para analisar de forma ágil os pleitos de prorrogação contratual da fase de produção e tem promovido aprimoramentos contínuos, como a otimização de processos internos e a utilização do enquadramento de campos e acumulações de economicidade marginal para modelo simplificado de Plano de Desenvolvimento, na Agenda Regulatória da ANP 2022-2023. 

 

A possibilidade de prorrogação da fase de produção dos contratos de campos oriundos da Rodada Zero está prevista na Resolução 2/2016 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), entendimento que foi estendido para campos oriundos de outras rodadas pela Resolução 6/2020 do CNPE. Ao todo já foram analisados pela ANP, desde 2016, 65 pedidos de prorrogação da fase de produção de contratos.

 

Para serem aprovados, os pedidos de prorrogação devem atender às seguintes diretrizes: a prorrogação deverá ser efetuada apenas para os campos cuja extensão do prazo de produção se mostre viável para além do período contratual original; as concessionárias interessadas na prorrogação de que trata o caput deverão submeter à aprovação da ANP o novo Plano de Desenvolvimento, indicando os investimentos a serem realizados; o prazo de prorrogação deverá ser compatível com as expectativas de produção decorrentes do novo Plano de Desenvolvimento e dos novos investimentos, limitado a vinte e sete anos. O descumprimento dos compromissos de investimento e produção, após análise da ANP, poderá dar início a um processo administrativo visando à perda de eficácia da prorrogação.


A relação de pedidos de prorrogação da fase de produção pode ser consultada em: https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/exploracao-e-producao-de-oleo-e-gas/gestao-de-contratos-de-e-p/dados-de-e-p 

Capacidade global de energia solar deve chegar a 2,3 TW em 2025. por Nayara Machado EPBR

 

A capacidade solar global dobrou nos últimos três anos, alcançando a marca de 1 terawatt, em abril de 2022 e a previsão é dobrar para 2,3 TW em 2025, mostra o Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026. 

Apesar dos impactos causados pela pandemia de covid-19 no mundo, o mercado solar continua aquecido e em menos de quatro anos deve instalar em nova capacidade o equivalente ao dobro de geração de eletricidade da França e da Alemanha somadas.

O estudo mostra que a energia solar é a renovável de mais rápido crescimento, representando mais da metade dos 302 GW de capacidade limpa instalada internacionalmente em 2021. 

Com 168 GW de adições, a fonte supera em 70 GW o próximo maior instalador – a eólica. 

China manteve sua liderança de mercado em 2021, com uma taxa de crescimento anual de 14% e uma alta histórica de 54,9 GW de nova energia – duas vezes mais capacidade do que o segundo maior mercado, os Estados Unidos. 

Nos EUA, o crescimento foi de 42% em 2021 em relação a 2020. Já a Índia recuperou sua terceira posição com 14,2 GW de instalações solares.

Enquanto a Europa alcançou 31,8 GW de capacidade solar adicional – um crescimento de 33%. 

“O impacto da guerra russa na Ucrânia e os desafios de segurança energética que a acompanham, juntamente com as metas climáticas da UE, estão impulsionando a transição renovável do continente – com 25 dos 27 estados membros da UE prontos para instalar mais energia solar em 2022 do que em 2021”, aponta o documento.

No caso do Brasil, mercado líder do segmento na América Latina, a projeção é que ele deve se tornar um dos principais mercados globais nos próximos anos, podendo atingir 54 gigawatts (GW) de capacidade solar total até 2026.

“Em 2021, o Brasil foi um dos mercados líderes do mundo na instalação de novos sistemas solares, tendo adicionado 5,7 GW ao longo do ano, considerando a somatória das grandes usinas fotovoltaicas com os sistemas de geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos”, comenta Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar.

Atualmente, a fonte solar é a quinta maior da matriz elétrica brasileira, com 15,3 GW de capacidade instalada em operação.

Cobrimos por aqui:

PUBLICIDADE

Apesar do otimismo, o Brasil vai precisar rever sua política energética nos próximos anos, se quiser se posicionar como um grande mercado de renováveis.

Na visão de especialistas que participaram nesta quarta (18/5) de um webinar realizado pelo Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura (CERI) da Fundação Getúlio Vargas, país deve fazer uma reforma institucional urgente para dar segurança aos investimentos no setor.

“Já estávamos em uma situação difícil, que precisava de uma coordenação global e agora chegamos a uma sensação que até a nossa coordenação doméstica está em xeque”, diz Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

Para a executiva, a invasão da Rússia na Ucrânia mudou a forma de pensar a transição energética, que deixou de ser uma questão específica de mudança climática e se tornou questão de soberania. 

“Os países vão pensar na segurança energética e acelerar o programa de renováveis. Vários pacotes vão surgir nesse sentido. Isso vai trazer uma pressão nos preços relativos, e nós vamos padecer a curto e médio prazo, até o mercado buscar o seu ajuste”, explica.