segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Entenda por que a Groenlândia, maior ilha do mundo, está na mira de Donald Trump, fsp

 Por Fantástico

 

01:58/19:00

Fantástico explica o que Donald Trump quer ao ameaçar tomar Groenlândia da Dinamarca

Fantástico realizou uma reportagem especial na Groenlândia, um território que está na mira do próximo presidente dos Estados UnidosDonald TrumpA razão? O derretimento das geleiras devido ao aquecimento global, que está transformando o mar ártico em uma rota fundamental para o comércio internacionalVeja no vídeo acima.

O aquecimento global acontece na Groenlândia três vezes mais rápido do que no restante do planeta. Há algumas décadas, navios só conseguiam cruzar o mar do Ártico por cerca de 20 dias ao ano, devido ao risco de encontrar icebergs. Hoje, ele congela muito menos e o período de navegação se estende por até quatro meses.

"Há 20 anos, a gente nem imaginava que isso iria acontecer. Hoje a gente vê até navios de cruzeiro passando pela passagem do Noroeste no Canadá", destaca o climatologista, Birger Poppel.

O especialista estuda há décadas os efeitos das mudanças climáticas localmente. Ele explica que o mar do Ártico, que não tinha dono por ser inavegável, agora é fonte de cobiça. A perspectiva é de que no futuro seja uma rota importante de tráfego marítimo. "Eu diria que nos próximos 10 anos", afirma o climatologista.

Centro de disputa estratégica

A nova rota comercial no Ártico pode beneficiar potências como a China, uma vez que o caminho mais curto pelo Ártico reduz custos e evita mares controlados por países adversários. A rota já é chamada de “nova rota da seda”.

Outra beneficiada seria a Rússia. No Ártico, os russos exploram petróleo, que poderá ser transportado facilmente também.

Trump x Groenlândia

Em 2019, em seu primeiro mandato, Donald Trump ofereceu US$ 100 milhões pela Groenlândia. Recentemente, durante uma coletiva de imprensa, ele trouxe de volta a ideia: "Nós precisamos da Groenlândia por motivos de segurança nacional. Eu digo isso há muito tempo".

Questionado por um jornalista se descarta usar força militar, ele respondeu: "Não vou assumir nenhum compromisso agora. Mas talvez tenhamos que fazer alguma coisa".

Nenhum comentário: