sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Painel S.A. Seminário discute impacto bilionário de créditos de carbono em seguros, FSP

 A regulamentação do novo marco do mercado de carbono pode aumentar o custo de capital das seguradoras brasileiras.

A nova lei prevê que as empresas devem aplicar 0,5% ao ano dos recursos de suas reservas técnicas e provisões em créditos de carbono ou fundos que invistam em crédito de carbono.

A regulamentação da lei será feita pela Susep neste ano.

Funcionário trabalha no viveiro de mudas da re.green, empresa de restauração de florestas que gera créditos de carbono de qualidade
Funcionário trabalha no viveiro de mudas da re.green, empresa de restauração de florestas que gera créditos de carbono de qualidade - Zanone Fraissat/Folhapress

Hoje, as provisões técnicas totais das seguradoras somam R$ 1,8 trilhão, sendo que a maior parte (cerca de R$ 1,52 trilhão) se refere a PGBL, VGBL e planos tradicionais de previdência

Há, contudo, embates em torno da interpretação da lei. A Lei Complementar 109, por exemplo, estabelece que não se pode impor limites mínimos de aplicação ou investimentos compulsórios a planos de previdência.

Para grupos seguradores, não seria razoável que a regulamentação incluísse recursos dessas reservas para a compra de ativos ambientais, como prevê a nova lei.

A resolução 223 da CVM, publicada em dezembro do ano passado, diz que créditos de carbono não são ativos financeiros, aumentando a dúvida sobre a operacionalização desta nova lei para o mercado de seguros.

Debate

Incertezas como essas serão debatidas em um seminário promovido pelo Instituto de Inovação em Seguro e Resseguros (IISR) e o Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais (CEISA) da Fundação Getúlio Vargas.

O seminário ocorrerá em 6 de fevereiro, das 9hs às 18hs, no Salão Nobre da FGV EAESP.

Organizado pelos professores Gesner Oliveira e Eugênio Monteiro, os painéis contarão com a presença de Alessandro Octaviani, superintendente da Susep (agência que regula as seguradoras), Cristina Borja Reis, subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda, o advogado Ernesto Tzirulnik, um dos maiores especialistas em seguro do país, além de representantes de companhias, como Mapfre e Caixa.

Com Stéfanie Rigamonti

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