quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Uber anuncia retorno do serviço de moto na cidade de SP após decisão judicial, FSP

 A Uber afirmou que voltará a oferecer o serviço de caronas em motocicletas na cidade de São Paulo a partir desta quarta-feira (22). O anúncio ocorre um dia após decisão da 8ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça paulista negar um pedido da prefeitura da capital para multar a empresa 99 por oferecer o mesmo serviço, que é proibido na capital.

Em seu anúncio, a Uber destacou que o serviço já é oferecido há uma semana pela concorrente e que a Justiça negou o pedido para suspensão do serviço. O Uber Moto já funciona em algumas cidades da região metropolitana de São Paulo.

A princípio, a modalidade de caronas em motocicletas da Uber estará disponível só fora do centro expandido —o mesmo ocorre com o 99 Moto. Segundo a empresa, essa limitação territorial "permitirá uma análise cuidadosa da sua demanda e utilização, ao passo que atende também quem mais precisa de alternativas acessíveis de mobilidade na capital".

A imagem mostra uma motocicleta em movimento à noite, com dois ocupantes. O motorista está usando um capacete e uma jaqueta com detalhes em amarelo, enquanto o passageiro também está de capacete. Ao fundo, há várias pessoas caminhando na calçada, algumas delas com mochilas. A iluminação é baixa, mas a luz da motocicleta é visível.
O terminal Grajaú, na região sul de São Paulo, é um dos principais pontos de mototáxis na capital; juiz negou multa à 99 pelo serviço de transporte de passageiros - Bruno Santos - 4.jul.22/Folhapress

Há vários anos, serviços clandestinos já oferecem o serviço de mototáxi nas extremidades da cidade, com ou sem intermediação de aplicativos.

A decisão, do juiz Josué Vilela Pimentel, é liminar —ou seja, tem caráter provisório e pode ser revista. Uma decisão final sobre a validade do decreto ficará para o julgamento do mérito. Ou seja, apenas quando a legalidade do serviço for julgada e decidida, o que ainda não tem prazo.

O magistrado considerou que há jurisprudência favorável à legalidade do serviço. A gestão Nunes também pedia pagamento de R$ 50 milhões por dano moral coletivo.

Ele também cita que as leis de outros municípios e estados que, de modo semelhante, pretenderam impedir o uso de motocicletas para o transporte privado individual já foram julgadas inconstitucionais por acórdãos dos respectivos Tribunais de Justiça.

Nunes apostava numa decisão da Justiça favorável à proibição, mesmo com jurisprudência contrária em várias cidades da região metropolitana.

A prefeitura proíbe a atividade na capital há dois anos e, desde a semana passada, já aprendeu 126 motos em fiscalizações que flagraram o serviço. Um relatório feito por um grupo de trabalho, integrado por técnicos da administração municipal e representantes de empresas, concluiu no ano passado que o mototáxi por aplicativo oferece "riscos à saúde pública", citando o alto número de mortos de motociclistas no trânsito da capital.

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