sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Geração solar começa a sentir impactos de aumento dos impostos para importação- Eixos

  As empresas começaram a sentir o impacto do aumento de 9,6% para 25% do imposto de importação para as células fotovoltaicas utilizadas em painéis solares. 

  • Apesar de a mudança no tributo estar prevista para entrar em vigor em 30 de junho, as cotas de importação dos produtos com o imposto mais baixo já acabaram
  • Segundo a Absolar, agentes do setor não têm conseguido mais trazer painéis solares pagando a antiga alíquota.
 A justificativa do governo federal para a alta nos impostos foi de que a indústria nacional seria fortalecida. 
  • No entanto, as geradoras de energia afirmam que a produção nacional é insuficiente para atender a demanda e que os módulos solares fabricados no Brasil não atendem às certificações exigidas pelos projetos. 
  • A estimativa é de um impacto médio de 8% nos custos dos projetos. 
Para completar o cenário nebuloso, o segmento enfrenta também as judicializações em torno dos cortes de geração — o “curtailment” — e a alta dos juros. 
  • Em tempo: depois da decisão judicial que acatou o recurso da Aneel para não pagar indenizações aos geradores na quarta (22/1), a Absolar afirmou que a agência promove um “sinal regulatório distorcido” e que vai continuar a buscar a compensação financeira.   
As perspectivas já estão precificadas: o setor deve atrair R$ 39,4 bilhões em investimentos em 2025, ante R$ 54,9 bilhões em 2024. 
  • Em termos de potência instalada, a desaceleração será menor, devido aos projetos em implantação: depois de acrescentar 14,3 GW no ano passado, a previsão para 2025 é de um crescimento de 13,2 GW.  
O Brasil encerrou 2024 com 52,2 GW de potência de geração solar.
  • Desde 2023, a fonte é a segunda maior em potência na matriz elétrica brasileira, atrás apenas das hidrelétricas. 
  • O ano passado também teve um intenso movimento de fusões e aquisições, com 51 operações em 2023, alta de 76% em relação ao ano anterior.

Ainda que em menor tamanho, ainda há benefícios que favorecem a expansão: o governo de São Paulo, por exemplo, passou a isentar da necessidade de licenciamento projetos de expansão de usinas existentes de até 5 MW.

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