sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Brasil volta ao topo do ranking de juro real após corte de taxa na Argentina, FSP

 Eduardo Cucolo

São Paulo

O Brasil retomou a liderança no ranking mundial de juros reais, após o banco central da Argentina reduzir, nesta quinta-feira (30), sua taxa básica de 32% para 29% ao ano.

Na quarta (29), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil aumentou os juros em um ponto percentual, para 13,25% ao ano.

Isso colocava o país em segundo lugar (taxa real de 9,18%), atrás apenas dos argentinos (9,36%), segundo ranking elaborado pelo Portal MoneYou.

Atualização dos dados divulgada nesta sexta (31) mostra a Argentina com juro real de 6,14% ao ano, atrás do Brasil e da Rússia (8,91%).

Há poucos meses, o país vizinho tinha taxas de juros reais negativas. Em dezembro, a taxa estava próxima de zero.

A taxa real é uma combinação da inflação projetada para os próximos 12 meses —de 5,5% considerando dados do relatório Focus do BC, no caso do Brasil— e dos juros de mercado de 12 meses à frente —utilizando o contrato de Depósito Interbancário.

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Catarina Pignato

Os dois países sul-americanos seguem distantes da taxa média entre as economias selecionadas, que é de 1,26% ao ano.

O levantamento mostra que a maioria dos 40 países cortou ou manteve os juros recentemente. Os bancos centrais brasileiro e do Japão (que subiu a taxa de 0,25% para 0,50% ao ano) foram as exceções.

Em termos nominais, o Brasil se manteve na quarta colocação. Fica abaixo de Turquia (que cortou os juros de 50% para 45% ao ano), Argentina (agora em 29%) e Rússia (mantida em 21%). A média geral é de 6,4% ao ano.

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